*Não revisado.*
*Aegon aqui é meu protegido 😍.*
*📢 Gatilhos a seguir, não entrei muito no assunto pois não é algo que me sinto a vontade em escrever.*
*Aqui os casais principais são todos maiores de idade.*
*Mas o Joffrey tem apenas 14 enquanto o odiado Daeron tem 18 💔🥺.*
*Enfim, deixe seu voto e seu comentário se gostar.*
*Lumos.*
...
Aemond
As horas se passaram devagar e já me sentia a beira de um abismo. Após a hora do almoço combinei com Joffrey de irmos dar uma volta na praia para tentar fazer com que o tempo passasse mais rápido, porém o pirralho sumiu e cá estou eu contando estrelas imaginárias enquanto olho para o teto de meu aposento.
Ouvi batidas na porta e vociferei um “pode entrar” em um tom entediado. Me virei na cama e vi meu irmão mais velho se aproximar, pela expressão séria em seu rosto algo ruim deveria ter acontecido. Aegon era transparente, um livro aberto que se deixava ser lido por qualquer um que quisesse, tão patético e desanimador.
- Eu vou matar aquele bastardo desgraçado. – ouvi meu irmão dizer em uma voz irritada e o encarei afim de observá-lo melhor. – Ele gritou, não, não, ele berrou aos quatro ventos que irá me cortejar.
Aegon se jogou em minha cama e suspirou irritado. O olhei sem acreditar no que havia acabado de ouvir e franzi a testa confuso.
- Lucerys? – perguntei sentindo um nó se formar em minha barriga. Será que o irritei tanto ao ponto do Velaryon desistir de mim? – Fala Aegon, abra a boca.
Meu irmão riu, sua risada era alta e esganiçada e aquilo me irritou.
- Lucerys? – Aegon disse em deboche e revirei os olhos. – O bastardo é louco por você, Aemond. – ele me olhou sério e bufou se jogando novamente na cama. – Tô falando do outro bastardo, o mais velho que se acha dono de toda a beleza do mundo.
Jacaerys!
Suspirei pesado ao olhar para meu irmão, se ter Lucerys como alfa era ruim, ter Jace era muito pior. Meu sobrinho mais velho era pegajoso e irritante, adorava deixar claro sua superioridade e tinha um ego enorme, não havia ninguém melhor do que ele segundo suas próprias palavras.
Ele era um mimado que se achava melhor do que todos. Estou vendo a vida de Aegon se tornando um verdadeiro inferno caso ele se case com Jacaerys.
- Vamos fugir, Mond. – a voz de meu irmão era chorosa e suplicante, dando a entender que ele estava falando sério. – Você pega Vhagar e eu fujo com Sunfyre, podemos ir para longe.
- Daí eles vão atrás da gente e nos trazem de volta a força ou até mortos. – Respondi o encarando, não duvido que Lucerys possa realmente fazer isso. – É só não aceitar o cortejo.
- Como se fosse fácil fugir daquela pulga. – Aegon bufou irritado. – O que foi isso em seu pulso? – ele me perguntou mudando bruscamente de assunto.
Sua postura mudou e recebi um olhar intrigado de meu irmão. Encolhi minha mão e afim de escondê-la, mas Aegon foi mais rápido e a puxou, segurando com delicadeza, seus toques eram delicados e me trazia conforto. Talvez o fato de Aegon ser o mais velho e sentir que deveria ter necessidade de proteção ou pode ser apenas o fato dele também ser um ômega.
- Foi aquele bastardo não foi? – Aegon passou o dedo indicador suavemente pela marca roxa em eu pulso e gemi baixinho quando seu dedo tocou o pequeno corte feito pela garra de Lucerys.
- Como ele foi capaz de fazer isso? Vocês nem se casaram ainda. – Aegon dizia em pura indignação e eu suspirei. – Isso é errado, Mond. Deveria falar com o Rei. – A voz de Aegon soou aborrecida e eu desviei o olhar para algo além de seu rosto sério. – Ele não pode querer te adestrar, você não é um animal para estar preso em uma coleira.
- Eu o provoquei, disse coisas que não deveria ter dito e essa foi a resposta dele. – ponderei ao olhar o pequeno corte em meu pulso. – Foi um aviso claro de que não devo ir contra ele, não devo afrontá-lo.
Quando um alfa usava suas garras para marcar um ômega queria dizer que ele era uma fera a ser domada. Qualquer um que visse aquela marca em meu pulso veria o poder que Lucerys teinha sobre mim. Eu estava marcado como um ômega afrontoso que não respeitava seu alfa. Aquela marca ficaria em meu pulso até que a marca verdadeira de Lucerys estivesse cravada em meu pescoço ou ele a removesse.
Através daquele corte minúsculo o alfa poderia sentir minha presença e conseguiria me controlar, me forçando a ser submisso diante a ele. Se essa é sua forma de mostrar gentileza tenho medo de conhecer sua versão monstruosa.
Marcas como essa eram na maioria das vezes proibidas e um ômega só a carregava quando não mostravam nem o mínimo de respeito por seu alfa. Aquela era a forma de nos mostrar qual era o nosso lugar. Sendo assim podendo ser controlados por nossos alfas. Lucerys poderia usá-la para me manipular e conseguir de mim tudo o que ele quiser.
Não acredito que Lucerys irá tentar me controlar. Na verdade acho que ele só me marcou pelo calor do momento. O irritei, bati de frente com ele como se fosse um igual, mas na verdade não sou e ele queria deixar claro que nunca serei um.
Todos me veem como um alfa, minha postura e maneira imponente de me portar confunde a todos, além disso o meu cheiro é amadeirado e forte, contendo um toque suave de amêndoas que se passa despercebido ao olfato da grande maioria das pessoas.
Também há o fato de que treino pesado e me porto como um alfa diante as pessoas, não me permito transparecer a ninguém, guardo meus pensamentos e minha vida somente para mim, o que me torna um livro fechado e incapaz de ser lido por qualquer um que tente me desvendar.
- Apenas não se permita ser marcado como eu fui. – disse encarando Aegon. – Jacaerys não será tão bondoso como Lucerys. – comentei baixinho. – Você o afronta demais, muito mais do que eu. – Vi Aegon sorrir e me permiti sorri de volta para ele. – Sua sorte é que seu casamento não é um fato como o meu.
Aegon suspirou e logo me abraçou. Amo o lado protetor que ele possuí, mesmo que meu irmão seja na grande maioria das vezes um grande babaca, Aegon era gentil e carinhoso com as pessoas que ele ama.
...
- Ouvi Luke e mamãe discutindo sobre você. – Joffrey comentou assim que notou que já estávamos longe da fortaleza. – Ela brigou com ele pela marca em seu pulso, disse que não precisava chegar a esse extremo.
Rhaenyra havia saído em minha defesa? Me perguntei enquanto acompanhava os passos de meu sobrinho mais novo.
- Ela disse que você não era um animal para ser domado e pediu ao meu irmão para remover a marca de você. – Vi Joffrey parar de caminhar e se virar para mim, seus olhos castanhos estavam presos em meu rosto. – Ela disse que ele não conseguirá o seu amor agindo feito um idiota.
Eu ri. Aquela era uma verdade incontestável, essa marca em meu pulso só me fez sentir mais ódio pelo meu sobrinho.
- Seja sincero comigo tio Aemond. – O garoto disse assim que nos sentamos próximo ao mar, a água fria tocou meus pés descalços e eu sorri divertido. – Acha que algum dia você irá conseguir perdoar Luke por ter tirado seu olho?
- Eu não sei. – fui sincero, não sei se conseguia perdoar Lucerys por isso. – As vezes o perdão pode ser dito da boca pra fora sem ser sincero. – peguei uma pedrinha pequena e joguei na água vendo ela afundar. – Palavras assim podem ser ditas quando a outra pessoa anseia por ouvi-las. Você fala e a pessoa do seu lado finge acreditar e então a vida segue.
- Você está com medo do casamento? – Joffrey tinha um graveto entre seus dedos e o balançava freneticamente. – Lucerys pretende levar você pra Driftmark.
- Tenho medo de que seu irmão perca o controle. – revelei em meio a um suspiro. – Tenho medo que ele me obrigue a me entregar a ele.
Meu olhar parou sob o sol acima de nós e logo em seguida desviei o pilhar para meu sobrinho. A expressão no rosto de Joffrey mudou e soube naquele momento que algo havia acontecido.
- Quem foi o desgraçado? – perguntei sentindo a raiva tomar conta de mim. – Joffrey?
- Daeron. – vi as lagrimas escorrerem por seus olhos e senti a fúria tomar conta de mim. – Ele me marcou com sua garra e vem me controlando. Exige minha presença em seu aposento todas as noites sem exceções. – senti as lágrimas embaçar meu olho e só consegui abraçá-lo, não podia acreditar que meu próprio sangue vinha cometendo tamanha monstruosidade.
Daeron que sempre se mostrou o filho mais doce e gentil era na verdade o pior dos monstros.
De repente as lembranças do campo de treino veio a minha mente e então pude perceber o porquê o ômega havia se irritado quando Lucerys comentou sobre cios. Eu achei esse tempo todo que Joffrey era verdadeiro e sincero, mas aquela era apenas a máscara que ele usa afim de esconder sua dor e tristeza.
- Nunca entendi o que fiz de errado para acabar desse jeito. Sequer tive um cio para que suas ações fossem justificadas. – Joffrey dizia em meio as dificuldades em respirar. – A culpa é minha por ser um ômega estúpido.
- Ei, não fale assim. Você não fez nada de errado e não se sinta culpado. – senti Joffrey se aprximar de mim e se aconchegar em mim e fechei o olho com força, sentindo vontade de me levantar e correr até meu irmão e arrancar sua cabeça fora com minhas próprias mãos – Nada justifica a monstruosidade de Daeron, nada.
- Ele não é nada gentil e me machuca muito. – o peso daquelas palavras me atingiram com força, senti meu estômago embrulhar e não consegui evitar de vomitar. Me levantei e corri alguns passos me afastando de meu sobrinho e então coloquei todo o meu almoço para fora. – Ele me fez tomar o chá da lua duas vezes.
Eu sentia que não iria aguentar mais ouvir nada e então me virei para Joffrey, seu olhar estava frio e distante e aquilo estava acabando contigo. Não conseguia compreender tamanha monstruosidade.
- Eu só te contei porque me sinto sufocado. – ele me olhou, seus olhos estavam vermelhos e seu rosto inchado pelo choro. – Confio em você tio.
Ouvir Joffrey dizer que confia em mim acendeu uma chama de proteção em meu peito, a necessidade de abraçá-lo se fez presente e eu apenas o fiz, o abracei e pude sentir toda a dor que emanava do meu sobrinho. Joffrey era apenas um menino, doce e gentil .
O ouvi soluçar e meu coração se apertou ao vê-lo me abraçando de volta com uma força maior, pude sentir seu coração batendo acelerado e me vi fechando os punhos em puro ódio.
Onde está a marca? – minha voz saiu embargada e senti minha cabeça doer. – Me mostra.
Joffrey se afastou com uma certa relutância e levantou a camisa. A marca da garra de Daeron se encontrava pouco abaixo do peito direito do garoto. Era muito maior do que a que Lucerys havia deixado em mim.
Ao ver aquela marca percebi que ele havia enterrado a garra toda ali, ela já estava cicatrizada e senti meu estômago se revirar novamente.
- Quanto tempo faz? – perguntei ao desviar o olhar para seu rosto. Notei que o garoto se resetou e insisti. – Quanto tempo, Joff?
- Pouco tempo depois que me revelei um ômega. – Ele suspirou ao se afastar de mim. – Tentei te contar várias vezes mas só senti que nossa amizade era verdadeira ontem quando Lucerys disse todas aquelas baboseiras sobre cios. – ele me olhou e sorriu amarelo, eu tentei retribuir, mas não consegui esboçar nenhum mísero sorriso, mesmo que falso. – Agora você vai embora e eu vou ficar sozinho.
- Eu não vou a lugar nenhum e se for levarei você comigo. – rosnei me sentindo com raiva. Estava louco para ir até Daeron e amassar aquela cara bonita e falsa dele e era exatamente isso que iria fazer.- Vamos voltar, já esta tarde.
- Aemond, promete que não vai contar a ninguém? - Joffrey pareceu ler em olho qual era minha intenção e então senti o ômega mais novo segurar meu braço com delicadeza, apenas para que eu pudesse olhá-lo de volta. – Jura pela confiança que te dei.
- Não farei nada. – respondi simplista, mas a fúria em meu olho dizia outra coisa. – Eu prometo. – abracei meu sobrinho e senti seu calor me envolver, ele cheirava a cerejas, era um odor fresco e agradável. – Mas precisamos dar um jeito nessa situação, isso não pode continuar.
...
Desci para o jantar mas não consegui comer nada. Ver Daeron comendo e se divertindo como se nada acontecesse me deixava furioso, minha vontade era de ir até ele e matá-lo ali mesmo. Joffrey também não havia tocado em sua comida e vez ou outra me olhava desconfiado. Quando sua mãe o questionou sobre a falta de apetite ele apenas disse que se encontrava com dor de cabeça e a mulher apenas aceitou sem mais questionamentos.
A alfa parecia estar cega, como podia não ver a dor e o medo estampados no rosto de seu próprio filho? Minha vontade era de gritar com Rhaenyra e forçá-la a abrir os olhos. Ainda mais a alfa tendo Daeron como seu preferido, patético.
Minha mãe não estava na mesa e isso me fez pensar que talvez meu pai estivesse piorado. Havia várias dias que Viserys não comparecia as refeições e eu nem ligava. Mas saber que ele poderia vir a morrer a qualquer momento me deixava triste de certa forma.
- Então. – Aegon se pronunciou após longos minutos de total silêncio. – Meu sobrinho decidiu que irá me cortejar. – me virei para meu irmão e pude perceber que Aegon estava completamente bêbado. – Propus ao meu irmão para fugirmos, mas agora Aemond é um ômega preso por uma coleira.
Todos os olhares vieram para mim, droga. Odeio ser o centro das atenções mas Aegon não ajudava muito nesta questão. Sóbrio meu irmão é maravilhoso, o problema era quando ele bebia, ele se tornava insuportável estando bêbado.
- Meu sobrinho bastardo, um covarde, o marcou com sua garra. – me vi tapando meu rosto com uma das mãos assim que sussurros começaram a ecoar pela mesa e respirei fundo me controlando ao máximo para não ir até Aegon e sufocá-lo até a morte. – Espero que não invente de fazer o mesmo comigo, bastardo número um. Ou juro que arranco o seu pau fora.
Ouvi a risada debochada de Daemon e desviei meu olhar para ele. Ao ser encarado de volta fechei a cara e bufei irritado. Daemon me olhava com desdém e tinha um riso ladinho em seus lábios, o qual me fez revirar os olhos e desviar o olhar para Rhaenyra.
A mulher trazia uma expressão descontente em seu rosto mas não direcionada a mim. Seu olhar estava preso em Lucerys. Ela estreitou os olhos ao ser encarada de volta pelo filho e rosnou baixinho.
- Falando em marca, o casamento de vocês foi marcado para daqui uma semana. – Daemon soltou as palavras no ar em um tom ameno, mas no fundo pude sentir a ironia em sua voz. – Lucerys deverá voltar para o mar, em breve ele será coroado o novo Senhor das marés então deverá estar casado para que seu ômega tome seu lugar de direito como Rei Consorte.
Droga! Havia me esquecido completamente desse detalhe, eu seria coroado Rei junto de meu sobrinho. De repente me vi pensando na proposta de Aegon, será que ainda dava tempo de fugir?
- Não quero ser coroado. – disse por acaso, prevendo os próximos burburinhos que viriam a se seguir. – Odeio barcos e água, não há combinação mais desastrosa em minha opinião.
- Devo te contradizer irmão. – Aegon disse e bufei em resposta, lá vem ele com seus comentários indesejados. – você e seu futuro marido combinam menos e ainda assim irão se casar. – ouvi a risada de Aegon e em seguida a risada de Daemon também. – Pelo menos você será rei.
Me virei para meu irmão e apontei o dedo do meio para ele. Sério, Aegon irá aparecer morto qualquer dia desses e nem irei negar que fui eu quem o matou.
- Você está saindo no lucro. – ele continuou e eu fechei mais a cara, o encarando sério. – Eu terei que me casar com o filho inútil o qual o único título que ele possuí é ser bonito e gostoso.
- E precisa mais do que isso para quê? – Jacaerys se pronunciou com um sorriso divertido em seu rosto e vi meu irmão revirar os olhos. – Amor não irá te faltar, neném. Eu garanto.
- Não dá pra se viver apenas de amor, Strong. – Aegon enfatizou o sobrenome e riu quando Jacaerys o olhou feio. – Ficou irritadinho, neném?
Aquele jantar se tornou um verdadeiro caos e não demorou muito para Rhaenyra nos expulsar do grande salão. A alfa estava muito nervosa e confesso que nunca havia a visto daquela forma. Estava indo para meus aposentos quando senti a marca em meu pulso arder mas apenas ignorei a dor e segui meu caminho.
Uma semana
Dentro de uma semana estarei casado com meu sobrinho e serei coroado como seu Rei Consorte. E ainda havia a situação preocupante de Joffrey, não que a minha própria situação não fosse complicada. Mas a de meu sobrinho era mais preocupante e urgente. Preciso ajudá-lo, fazer algo para parar Daeron. Não posso ir embora e deixar meu único amigo aqui totalmente a mercê de meu irmão mais novo.
De repente me vi pensando em falar com Lucerys e pedir a ele que levasse Joftrey para Driftmark quando a mudança chegasse.
Senti a marca queimar ainda mais forte em meu pulso e gemi sentindo o local formigar. Entrei em meu aposento e tranquei a porta indo para o sofá, onde me sentei e olhei para aquele pequeno corte que queimava minha pele como brasa ardente.
- Vim remover a marca. – me levantei em um pulo assim que a voz de Lucerys se fez presente em meus ouvidos e me virei assustado para o Alfa. – Me dê sua mão, por favor.
Sua voz era doce e senti meu peito se apertar. Ômega idiota.
- E se eu não quiser? – sem perceber minha voz soou alterada e Lucerys suspirou. – Você a colocou aqui por um motivo e sendo sincero acho que deveria mantê-la aqui. – minha voz soou afrontosa. – Aliás, como diabos entrou aqui?
- Não vamos complicar mais essa situação, Aemond. – Lucerys me olhou, seus olhos mostravam que ele não havia ido até ali a procura de confusão. – Eu sou um alfa, vou onde quero sempre que quero.
- Saia de meu aposento, ainda não somos casados e você não é bem vindo aqui, sobrinho. – nem eu mesmo estava me entendo, Lucerys se mostrou gentil durante os dois encontros que tivemos e não havia necessidade de tratá-lo dessa forma tão fria, mas sua presença me irritava e as palavras apenas saiam da minha boca. – Não o quero aqui.
- Não tive a intenção de marcá-lo. – ele disse suavemente, sua voz era baixa e rouca, suspirei. – Nosso casamento deveria trazer paz para nossa família.
- Terá paz desde que me deixe em paz. – Respondi de forma fria e me virei dando as costas para o alfa. – Aliás. – limpei a voz mas não me virei para ele novamente. – Acho que deveria me deixar aqui e partir sozinho para Driftmark. Nossa união não possuí amor ou desejo e logo não vejo motivos para te acompanhar em sua mudança.
- Você consegue ser muito frio quando quer, ômega. – o alfa comentou ainda calmo e então me virei para olhá-lo. – Sinto desapontá-lo, mas isso não será possível. Você viverá comigo mesmo que me odeie.
- Já parou para pensar no quanto seremos infelizes com este casamento? – suavizei meu tom de voz afim de tentar convencê-lo de que este casamento não irá funcionar. – Lucerys, pelos Deuses. Entenda, eu não o amo e nunca irei te amar.
- E você, Aemond. – O encarei afim de observá-lo melhor e ver o que ele diria a seguir. – Alguma vez você já parou para pensar que todo esse rancor é ódio que você sente por mim pode se transformar em amor, algum dia?
- Eu nunca vou te amar, entenda isso de uma vez por todas. – respondi rapidamente. – Ódio é o único sentimento que você terá de mim.
- Farei o possível para que você me ame um dia, Kepus. – Lucerys se aproximou de mim e me vi recuando um passo. – Eu prometo que se você ainda continuar me odiando eu devolvo sua liberdade e sumo da sua vida. – Senti o toque suave de seus dedos na palma da minha mão e fechei o olho com força ignorando qualquer coisa que meu ômega viesse a sentir. – Eu só preciso tentar primeiro, e se ainda assim não der certo eu sumo.
Abri o olho novamente mas Lucerys já não estava ali, ele sumiu tão depressa quanto apareceu e um frio assustador percorreu por minha coluna. Ergui a mão e a marca deixada pelo alfa já não se encontrava mais ali. Porém, ainda podia sentir seu toque em minha pele e seu cheiro a minha volta.
Forte, marcante e profundo....
*É isso, perdoem os erros grotescos e até logo.*
*Nox.*?
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Sua Marca Em Minha Pele
FanfictionApós ser reivindicado pelo filho bastardo de sua meia irmã, Aemond prometeu nunca se deixar ser marcado pelo Alfa Velaryon. Um documento fora assinado com sangue, onde a antiga magia Valíriana cobrará um preço alto pela quebra do contrato. "Eu prome...