Capítulo 12

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Oi ☺️ apareci.

Não revisado.

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Aemond

Eu havia acabado de entrar em um cio repentino e fora do tempo, ômegas no geral têem o seu primeiro cio por volta dos dezessete anos, quando seu corpo já é considerado capaz de gerar um filhote, não que todos engravidem logo de primeira, isso raramente acontecia na verdade.

E o meu não chegou, durante as doze luas do ano tanto meu pai quanto os Meistres ficaram na expectativa de um cio, mas ele não veio e fui considerado um ômega infértil. O que para mim era perfeito, eu não tinha o desejo em me casar e tão pouco carregar bebês em meu ventre.

E agora depois de casado com o homem que mais odeio, esse maldito ômega decide se apresentar e me trazer esse mar de dor e uma necessidade absurdamente grande de foder, foder com Lucerys.

- Que palhaçada toda é essa? - perguntei assim que Lucerys deixou meus aposentos. - O que espera conseguir com essa falsa gentileza? - Encarei Rhaenyra, o olhar da alfa era doce e gentil e aquilo deixava meu estômago revirado. - Acha que usando sua falsa bondade eu irei aceitar seu filho? Eu só o quero por causa desse maldito cio.

A mulher se aproximou e tocou minhas mãos com leveza e cuidado, seus toques eram tão gentis quanto aos de Lucerys. Meu olhar desceu para as mãos da mulher sobre as minhas e logo me afastei de seu contato.

Rhaenyra era astuta e tinha um ótimo poder de manipulação, mas não sou bobo e jamais me deixarei ser manipulado por ela ou até mesmo Lucerys, apesar que o Alfa tem se mostrado muito fraco ao meu olhar.

Não confio em nenhum deles e sei que o único motivo para a Alfa estar aqui é para tentar me convencer a passar o cio com seu filho bastardo. Eles querem a marca, querem herdeiros e eu sou a presa mais fácil que eles possuem, claro, me casei com meu sobrinho, não é mesmo? Meu dever seria dar herdeiros ao futuro senhor de Driftmark.

Filhos são o maior tesouro dos Lordes e Reis estúpidos que servem apenas para usar nossos corpos como depósito de semente, nos tornando chocadeiras que geram bebês atrás de bebês até que nosso corpo já não aguente mais e então sucumbimos ao cansaço.

Mas não serei esse ômega, não com Lucerys sendo tão tolo em sequer acreditar em mim.

Não darei filho nenhum ao Alfa que me vê como um promíscuo impuro.

Mas claro, aos olhos de todo eu sou o marido do herdeiro de Driftmark e minha obrigação é dar filhos ao futuro Lorde, gerar bebês fortes e legítimos, mesmo eu não querendo nada disso.

Droga! Uma pontada forte atingiu meu estômago e me vi encolhendo meu corpo assim que a dor aguda se intensificou. Rhaenyra se aproximou e pude ver o semblante preocupado no rosto da alfa.

Ela finge tão bem que quase acreditei em sua tentativa de ajuda, o cheiro de jasmim impregnou o quarto e me virei em sua direção, a olhando surpreso pelo ato repentino da mulher.

Aquela era a primeira vez que sentia o cheiro verdadeiro da Alfa, minha irmã sempre soube se controlar muito bem e seu cheiro era muito bem camuflado pelo perfume que a platinada usa.

- Devo pedir desculpas. - ela começou a dizer e então a encarei confuso. A dor ainda estava presente, mas suportável. - Deixei o rancor me cegar, não queria que meus filhos se envolvessem com os filhos de Alicent.

- Acha que é uma boa hora para manipulações? - rosnei em um arfar agudo ao sentir outra pontada forte. Deuses, a dor estava começando a piorar de novo e tenho por mim que seja o estresse pela presença de Rhaenyra - Está jogando sujo vindo aqui em um momento como este em que estou tão vulnerável.

Sua Marca Em Minha PeleOnde histórias criam vida. Descubra agora