Capítulo 7.

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Oi amores, olha quem apareceu, mas não ia aparecer 🙈 isso mesmo, senhora Talita.

Amores, é o seguinte: o capítulo deu 6.400 palavras e não consegui trazer ele inteiro 🥺. Muito grande e sei lá, talvez cansativo demais. Então dividi ele e prometo trazer a outra parte no domingo ou segunda, sorry 😭.

Temos um pouco da visão do Luke aqui e confesso: tô sentindo uma raivinha do boy, melhore viu? Eu tenho o poder de te matar 👀 ó as idéia kkkkkk

Aemond todo gostoso com safira, eu vou roubar pra mim 🤦‍♀️.

Revisado mais ou menos.

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Lucerys


Os últimos acontecimentos foram extremamente cansativos e me encontro absolutamente aborrecido. Não me conformo em saber que Aemond vinha mantendo relações com o escroto do Daeron, logo ele, um alfa de merda.

Saber que Aemond não é mais puro me deixou em extrema fúria, mas decidi manter nosso casamento. Afinal já estava tão próximo e eu queria evitar a má reputação que recairia sobre Aemond e a mim. Em breve serei nomeado o novo Senhor das marés e coroado Lorde de Driftmark.

Me encontro agora no centro do altar, meu avô Viserys está bastante inquieto no trono e minha mãe me lançava um olhar preocupante sempre que nossos olhares se cruzam. Ouvi a entrada de Daemon ser anunciada e olhei na direção de minha mãe mostrando confusão, onde meu padrasto estava ou o que ele estava fazendo logo na hora do meu casamento?

Era no mínimo suspeito.

Olhei para o alfa e o vi desviar o olhar e falar algo no ouvido de minha mãe. Tive minha atenção roubada ao ver as portas se abrirem novamente e meu irmão mais novo entrar de braços dados com nossa tia Helaena e respirei fundo ao ter a certeza de que o próximo anúncio seria de Aegon e Aemond.

Sentia meu coração acenado e minhas mãos soarem, estava muito a ansioso por aquele momento.

Por um breve momento me lembrei da última conversa que havia tido com meu tio.  Eu disse que ele podia se deitar com qualquer alfa que quisesse, mas apenas os Deuses sabem o quanto doeu dizer aquelas palavras.

Amo Aemond ao ponto de me rebaixar diante do ômega, e se necessário aceitarei sua infidelidade apenas para tê-lo ao meu lado. Não me importo com sua pureza mas dizer que aceitei fácil o fato dele já não ser mais virgem é mentira, em todo caso isso já passou e não é possível voltar atrás.

Queria ter sido o seu primeiro.

Deuses, como imaginei a cena completa desse dia em minha mente. Nós dois entregues aos desejos mais insanos de nossas almas, Aemond gemendo meu nome e clamando por mais de mim. E saber que Nada disso irá acontecer me causa angústia e uma pontada de raiva.

E mesmo que Aemond ainda fosse virgem não iria resolver muita coisa, afinal dei minha palavra por escrito ao ômega que jamais o tocaria sem sua permissão e irei cumprir com minha palavra.

Além disso o documento é muito mais do que apenas palavras escritas , fiz questão de selar minha promessa usando meu próprio sangue, foi o que meu avô Corlys fez uma vez e sabendo que eu jamais conseguiria cumprir com minha palavra eu usei aquela magia antiga para me forçar a cumpri-la .

Serei um Lorde em breve e Aemond estará ao meu lado nessa nova jornada de minha vida, isso me faz pensar que talvez estando longe de Porto Real e do controle de Alicent, as coisas entre nós melhore, mesmo que não seja da maneira como desejo.

A vivência no Reino é bastante conturbada e cheia de regras idiotas, sei que vivendo aqui Aemond nunca irá ter a chance de me ver com outros olhos. O ar de Driftmark é mais puro e meus avós não são tóxicos como Alicent e até mesmo Daemon e minha mãe.

Talvez meu tio possa me ver como um amigo um dia, ou até alguém mais próximo, talvez. O rancor que Aemond sente por mim  vem se estendendo por mais de dez anos, e sinto que enquanto vivermos neste castelo ele irá continuar me odiando.

Driftmark é minha esperança de poder finalmente quebrar a distância que há entre nós, se não funcionar e eu ver que Aemond ainda continua me odiando e me rejeitando eu mesmo darei sua liberdade e sumirei de sua vida para sempre.

Mas não sem antes tentar e fazer o possível para ter meu amor retribuído, quero que Aemond me ame, que ele veja em mim um porto seguro a quem possa recorrer sempre que algo o afligir, que ele venha até mim e deseje minha presença, que ele sinta que minha companhia o faz bem e que ele veja a pureza do meu amor por ele.

- Lucerys. – a voz de Jacaerys se fez presente em meus ouvidos e me virei para ele, afim de entender o que estava se passando. – Aegon e Aemond serão anunciados, vê se sai do mundo da lua onde você se encontra e ajeite sua postura.

Concordei com meu irmão em um aceno de cabeça e me vi endireitar meu corpo. A voz de Sor Criston soou do outro lado do salão e então as portas se abriram. Senti minha respiração falhar e sabia que poderia desmaiar ali mesmo.

Ele estava lindo, sempre foi, mas naquele momento em minha visão Aemond estava mais do que belo, radiante eu diria. Meu olhar rolou desde seus sapatos até a coroa de rosas brancas em sua cabeça, Deuses, ele é o homem mais perfeito já vi na vida.


A cada passo que ele dava eu sentia meu coração acelerar mais rápido, sentia como se ele fosse sair por minha boca a qualquer momento.

Minha respiração falhou ao olhar para seu rosto e ver que o ômega não estava usando o tapa olho, a safira em seu olho mutilado o deixava sexy e extremamente gostoso. O brilho da pedra era intenso e não consegui decifrar o que aquilo poderia significar.

Um sorriso genuíno brotou em meus lábios de uma forma sutil e olhei para seu olho bom, Aemond não transmitia nenhum olhar intimidante, raivoso ou odioso em minha direção, o que me preocupou, a postura reta e passos firmes do ômega que vinha em minha direção me tirou um longo suspiro.


Seu olhar era leve e eu poderia dizer que Aemond estava de certa forma feliz, nossa, ele é muito bom em fingir. Mas no fundo eu sabia que ele estava transbordando em uma fúria contida. Seu semblante sereno certamente estava enganando a todos os convidados, até mesmo minha mãe e Daemon se encontravam surpresos de alguma forma, já eu me sentia curioso e aflito, não irei mentir, sinto que Aemond possa ter planejado algo e a falta do tapa olho em seu rosto só me dá a certeza disso.

Aemond se achava um monstro e tentava ao máximo esconder seu olho mutilado e aquela cicatriz que eu mesmo lhe dei a anos atrás, e com ele exposto diante a todos me causa uma sensação de medo e insegurança comigo mesmo, algo que um alfa jamais deveria sentir.

Ao fundo eu podia ouvir os burburinhos que se formaram e fofocas sobre Aemond, seu olho mutilado e também nosso casamento, os membros da casa Stark pareciam inconformados sobre nossa união, sobretudos, Cregan. O príncipe do Norte tinha um olhar descontente sobre mim e hora ou outra seu olhar pairava sobre meu tio.

Já Aegon, não se deixava esconder seu descontentamento em estar ali, seu olhar era frio e marcante. Sério, ainda não sei como Jacaerys se apaixonou por alguém com ele.


Quando pararam próximo a mim pude olhar melhor para meu tio, seu olhar ainda era pleno embora distante e a safira em seu olho mutilado brilhava mais do que o comum. A intensidade parecia ter aumentado consideravelmente e me peguei admirando seu rosto.

Aemond usava um terno preto inteiramente adornado em dourado e seus cabelos sempre tão lisos e soltos se encontravam em uma trança delicada e muito bem feita, confesso que achei muito fofo. A coroa de rosas em sua cabeça me fez pensar que talvez ele quisesse mostrar ingenuidade e pureza.

Meu coração se apertou com o pensamento e meu tio percebeu a mudança de semblante em meu rosto, seu olhar se prendeu a mim e pude notar o ar de irritação vindo dele. O verdadeiro Aemond estava começando a aparecer diante de mim.


Desviei o olhar por um segundo e então vi o colar que havia o presenteado a dois dias atrás, quando retornei de Pedra do Dragão. Senti vontade de sorri ao vê-lo finalmente em seu pescoço mas me contive, naquele momento já não fazia mais sentido ele estar usando aquele presente. Seu olhar sobre mim agora era duro e pesado.


Soltei um suspiro frustrado e me peguei desviando o olhar de meu tio mais novo para o mais velho, Aegon não fazia a mínima questão em esconder sua raiva por mim.


- Se não cumprir com sua palavra eu juro que eu mesmo arranco seu pau fora. – ouvi meu tio Aegon sussurrar em meu ouvido e me virei para ele assim que ele se afastou. Seu olhar tinha o brilho travesso de sempre, mas eu podia sentir algo a mais ali. – É uma promessa de irmão mais velho, então se liga e pense mil vezes antes de cometer qualquer estupidez.


Aegon se afastou e então meu olhar correu por todo a sala do trono. A decoração estava impecável, minha mãe fez um ótimo trabalho e adorei cada uma de suas escolhas. Os convidados não tiravam os olhos de mim e Aemond e pareciam sussurrar baixinho entre si, provavelmente falavam sobre a rapidez do casamento ou coisas desse tipo.


- Deem as mãos por favor. – disse o Septão assim que meu tio e eu ficamos frente a frente.

...

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