Vollteiiiii
Sou suspeita pra dizer, mas amo essa fic aqui ❤️
Só um aviso rápido: Esse capítulo era maior e tinha uma cena onde a Rhaenyra é muitooo má com o meu neném, Mond. Porém, decidi fazer ela boa aqui e então deixei apenas por alto o que aconteceu mais "cedo" como Aemond cita.
Não revisado.
...............
Aemond
Faltava menos de uma hora para a cerimônia e eu me encontrava aos prontos em meus aposentos.
Aegon e Joffrey fizeram de tudo para que eu me acalmasse mas era impossível. Tentei me jogar da janela mas Jacaerys me impediu, o alfa era forte mesmo parecendo um fracote. Sua ousadia lhe rendeu um olho roxo, soquei aquele bastardo só por ódio, mas queria que tivesse sido Lucerys em seu lugar.
- Eu não quero esse casamento. – minhas lágrimas escorriam em abundância pelo meu rosto, merda, porque fui tão idiota de querer desafiar meu sobrinho? – Onde aquele alfa filho da puta está?
Senti Aegon me abraçar mais forte e só consegui chorar mais.
A lembrança do que havia conversado mais cedo com Lucerys veio forte em minha mente e eu só conseguia pensar no quão ruim seria aquele casamento.
O Alfa sequer acreditou em mim e para piorar Daeron fez exatamente o que eu temia, quando o desgraçado acordou ele veio até mim e me ameaçou, logo depois foi falar com Lucerys e deve ter enchido a cabeça dele com suas mentiras.
A visita de Rhaenyra ao meu aposento havia sido a gota d’água para mim, ouvir de sua boca que eu era um ômega sujo e impuro doeu demais, ser um ômega já era ruim e ter todos aqueles insultos direcionados a mim foi muito pior. Ela jogou em minha cara o quanto me repudia e deixou bastante claro seu desgosto por essa união.
Nunca irei esquecer seu olhar de desprezo por mim, cada uma de suas palavras parecia uma adaga afiada perfurando a carne de meu corpo até que chegasse ao osso.
A alfa me humilhou ao ponto de me fazer desejar a morte, se não fosse por Jacaerys eu teria me jogado sem medo ou remorso.Deuses, nunca pensei que Lucerys fosse acreditar em tamanhas mentiras a meu respeito.
Sinto o peso enorme em meus ombros e meu único desejo é acordar e descobrir que tudo aquilo não passou de um pesadelo. Só quero minha antiga vida pacata e tediosa de volta, era pedir muito?
Lucerys havia saído após a conversa com Daeron e nem sei se ele já voltou para o castelo ou não, espero que tenha morrido e ido para o inferno, não tenho o desejo de vê-lo e muito menos caminhar por um altar onde ele está me aguardando para se unir a mim.
O que vou esperar de um Alfa que sequer acredita em mim e em minhas verdades? Não poderia esperar muito vindo dele e após aquele maldito incidente envolvendo Daeron e meu cheiro de ômega. Sinto meu corpo se arrepiar apenas em pensar que serei obrigado a ser marcado pelo Alfa, Lucerys faria questão de me tomar como seu ômega e me verei obrigado a me entregar a ele.
Só espero que quando ele vir o sangue escorrer de mim ele perceba o quão tolo ele foi em acreditar em falsas verdades. Farei questão de lembrá-lo de sua covardia todos os dias de nossas vidas.
Batidas na porta foram ouvidas e me vi me encolhendo ainda mais nos braços de Aegon. Meu irmão mais velho era o meu porto seguro, e Joffrey também.
Vi Rhaenyra entrar e vir até nós, seus olhos continham um brilho frio e autoritário, continuei agarrado a Aegon e sequer olhei em sua direção.
- Quero falar com você. – sua voz saiu alta o suficiente para ser ouvida por todo o castelo e suspirei irritado. – Saiam todos, agora.
- Você não vai perturbar meu irmão de novo. – Aegon esbravejou na direção da herdeira. – Ele quase se matou por sua culpa, deixe Lucerys saber disso pra vermos o que irá acontecer.
- Nada, não irá acontecer nada. – Rhaenyra respondeu friamente ao encarar meu irmão. – Lucerys nãobanda confiando muito em Aemond depois do acontecido dessa madrugada. - Ela se aproximou de nós. - Agora Saiam daqui.
A alfa disse em uma voz de comando e senti meu estômago revirar. Aegon me soltou contragosto e olhou feio para mulher em nossa frente, mas ele nada disse e ele apenas saiu sendo acompanho por Joffrey e Jacaerys que eu nem percebi que ainda se encontrava ali.
- Posso ajudá-lo a fugir, este casamento não acontecerá e todos voltamos a nossas vidas de antes. – Ela se sentou ao meu lado e me vi recuando. – Você sabe tanto quanto eu que Lucerys só o quer porque sente um desejo sádico por você. – sua voz saiu em um sussurro baixo e percebi que Rhaenyra se encontrava nervosa. – Meu filho te vê como um peso morto.
Suas palavras me atingiram de tal modo que eu me sentia ainda mais humilhado e rebaixado, Lucerys era um doente, estou começando a achar que ele é mais monstruoso que Daeron.
- Ele me revelou que ter você em sua cama é uma maneira de humilhá-lo ainda mais. – suas palavras pareciam sinceras mas eu não podia ou não queria acreditar que ela estivesse dizendo a verdade. – Veja bem, Aemond. Lucerys arrancou o seu olho, te deu essa cicatriz horrorosa o qual te faz parecer uma aberração, acha mesmo que ele, como o futuro senhor de Driftmark iria te amar genuinamente?
Rhaenyra estava mentindo, não sobre tudo, mas a parte onde ela dizia me ajudar a fugir era mentira. Sou um ômega, mas estou longe de ser ingênuo. Ela estava me testando, a alfa queria ver até onde eu iria para me ver livre daquele casamento.
Não irei dar o gosto a ela de ter Lucerys me odiando ainda mais, ela terá que conviver com o fato de que serei o marido de seu filho e seu futuro Lorde Consorte.
Me levantei do sofá e enxuguei minhas lágrimas afim de me livrar daqueles sentimentos ruins que me cercavam. Encarei a alfa e respirei fundo, sentindo o ar ir diretamente para meus pulmões.
- Eu posso ser um ômega, Rhaenyra. Mas não sou tolo. – a encarei com ódio, meu olho ardia em fúria na sua direção. – Agora saia por favor, devo me arrumar para o meu casamento. Não posso deixar meu futuro marido esperando por mim no altar.
Aquele era um jogo muito perigoso e eu sabia perfeitamente bem com quem estava jogando. Mas não iria permitir que continuassem me humilhando em minha própria casa, ainda mais sendo um legítimo Targaryen.
Lucrrys terá a guerra que ele tanto almeja com nossa união, o farei se arrepender por sua escolha, era uma promessa.
- Você está perdendo a oportunidade de ainda sair com alguma dignidade disso tudo. – ouvi a Alfa rosnar em puro ódio ao se levantar e me encarar. – Deveria aceitar minha proposta e ir embora enquanto ainda leva honra em seu nome. – ela suspirou irritada e se pôs a caminhar rumo à porta. – Você sairá desde casamento com fama de um qualquer e eu juro que farei todos o verem como um ômega promíscuo e vadio.
Ouvi a porta sendo fechada em um baque forte e me joguei no sofá novamente, mas desta vez não me permiti chorar. Iria entrar por aquele maldito altar de cabeça erguida e não me permitirei ser rebaixado por Rhaenyra e muito menos por seu filho bastardo, Lucerys iria se arrepender amargamente por ter me reivindicado.
...
- Deuses, você está lindíssimo, Mond. – Helaena comentou animada assim que me viu e eu sorri para ela. – O ômega mais belo que já vi.
- Não exagere. – disse Aegon logo atrás, seu olhar transmita admiração. – Na verdade sim, Hel tem toda razão, Mond. – Ele me analisou de cima abaixo e então sorriu para mim. – Se eu fosse um alfa o roubaria.
Ele brincou e pude sentir uma pequena pontada de felicidade ao ouvir suas palavras. Joffrey entrou no aposento em seguida e trazia uma coroa de rosas brancas em sua mão. Sorri ao vê-lo se aproximar com um sorriso no rosto e ficar nas postas dos pés de modo que pudesse colocar a pequena coroa em minha cabeça.
- Pode por favor. – ele pediu e sua voz soou ansiosa, sorri e me abaixei para ele poder colocar o arranjo em minha cabeça. – Agora sim, se eu pudesse te roubava e fugia com você para bem longe daqui.
- Ainda bem que em breve esse mato será substituído por uma coroa de verdade. – Aegon comentou em uma careta e vi Joffrey olhar feio em sua direção. – É bonito, só não vale muita coisa, ué. – Aegon deu de ombros.
- Ela tem muito mais valor sentimental do que uma coroa de ouro. – o ômega menor resmungou chateado. – Eu fiz com muito carinho, Mond.
- Eu sei, pequeno. – sorri alegre, pela primeira vez nesses últimos dias pude me permitir sorrir genuinamente e me sentir amado. – Ela é linda e combinou coma trança.
- Quanto sentimentalismo. – Aegon revirou os olhos, mas no fundo ele concordava. – Vou morrer com toda essa melação de vocês.
Caímos na gargalhada e então vi Helaena seguir até a cômoda do lado do espelho e voltar com uma pequena caixinha de madeira em suas mãos. Parei de sorrir assim que ela abriu a pequena caixa revelando o colar ali dentro.
Meu coração errou algumas batidas e me vi olhando para o objeto na mão de minha irmã. Havia prometido a Lucerys que iria usar o colar na cerimônia, mas devido a todos os acontecimentos recentes eu decidi que não iria usá-lo.
Me peguei olhando para aquele colar desde que Rhaenyra havia saído de meu aposento de manhã e por fim apenas o deixei de lado sobre a cômoda. Não poderia dar a Lucerys o gosto de aparecer usando o seu presente depois de tudo o que havia acontecido.
- Você deveria usar. – disse minha irmã em um tom suave. – vai ficar lindo e combina com o seu terno.
Me virei para o espelho e me vi refletido ali, eu havia escolhido um terno preto todo adornado em dourado, meu cabelo havia sido arrumado por Aegon que insistiu em fazer uma trança e o brasão de nossa casa se encontrava preso ali. Agora com a coroa de flores de Joffrey eu me sentia levemente agradável, não bonito, isso eu jamais poderia ser, ainda mais tendo aquele tapa olho em meu rosto e aquela cicatriz horrenda.
- Tudo bem, Hel. Coloque apenas para que eu possa ver como vai ficar. – falei e me virei para a ômega, Helaena tinha um sorriso em seu rosto e não pude deixar de sorrir de volta.
Ela o colocou com extrema delicadeza e voltei a me olhar no espelho, havia ficado realmente lindo.
Logo uma ideia surgiu em minha mente e me arrepiei em preocupação, já havia tido uma ideia antes e acabou dando em muita merda. Valia a pena seguir o mesmo caminho novamente?
Foda-se! Minha vida já estava sendo um verdadeiro inferno, uma merda a mais ou a menos não mudaria muita coisa.
- Ok, vou usá-lo. – disse finalmente após longos minutos olhando para aquele colar em meu pescoço. – Vamos?
Saímos todos juntos e seguimos para a sala do trono, a cerimônia iria acontecer ali com Viserys sentado no trono de ferro. O banquete seria servido logo em seguida no grande salão e a festa se seguiria até o fim da noite.
Minhas mãos estavam soando e meu coração parecia querer sair da boca, não estava conseguindo conter meu nervosismo e minha ansiedade.
Vi Helaena e Joffrey entrarem salão adentro e respirei fundo ao sentir o toque suave de Aegon sobre minha mão suada. Me virei para meu irmão e o encarei assustado, aquela era a ficha finalmente caindo. Eu iria me casar... com Lucerys!
- Eu não sou o seu pai, mas fiquei com a função de te levar até o altar. – Aegon riu zombeteiro e me vi querendo surrar a cara bonitinha dele, piada em uma horas dessas, onde estou sentindo minhas pernas falharem e o pânico tomar conta de mim, sério? – Estou me sentindo pai do meu irmãozinho.
Pelos Deuses, estou prestes a desmaiar ou pior, estou prestes a sair correndo dali e ele vem com essas piadas sem graça.
Me virei para meu irmão e fechei a cara. Ele estava me deixando ainda mais nervoso e aquilo não ajudava em nada.
- Posso anunciar, meu príncipe? – Sor Cole perguntou e senti meu coração errar duas batidas, havia chegado a hora mas eu não estava pronto.
- Espere um momento, Sor. – levei a mão até meu tapa olho e o tirei diante o olhar surpreso do alfa e de meu irmão. Ajeitei a coroa em minha cabeça e logo entreguei o objeto para Criston. – Agora você já pode anunciar.
Endireitei minha postura e ergui a cabeça em um semblante fechado em meu rosto. Aegon me olhou e parecia admirado ao ver minha atitude. Ouvi Sor Criston anunciar nossa entrada e me mantive firme em minha postura.
As portas foram abertas e me vi andando em direção a Lucerys. Embora minhas pernas ameaçassem fraquejar eu me mantive firme em meus passos, eram lentos, mas ainda assim, firmes.............
Próximo capítulo teremos casamento, festa e treta. Afinal, um casamento Targaryen não é um casamento se não houver sangue. 👀 chega 🙊.
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Até breve ❤️.
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Sua Marca Em Minha Pele
FanfictionApós ser reivindicado pelo filho bastardo de sua meia irmã, Aemond prometeu nunca se deixar ser marcado pelo Alfa Velaryon. Um documento fora assinado com sangue, onde a antiga magia Valíriana cobrará um preço alto pela quebra do contrato. "Eu prome...