Capítulo 11

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Oie, capítulo novo.

Não revisado.

Lucerys


Deixei os aposentos de Aemond assim que notei o que estava acontecendo. Embora tenha amado os beijos e toques recebidos do ômega eu não poderia me dar o prazer de continuar ali com ele.


Esses últimos acontecimentos vinham formando turbilhões e mais turbilhões de sensações e sentimentos em mim. Meu tio me odeia e só demonstrou interesse por mim devido ao cio repentino.


Embora seja delicioso ter os lábios dele sobre os meus e suas mãos por todas as partes do meu corpo eu tenho plena consciência que é apenas o seu calor, a necessidade de ter um alfa para saciar  satisfazer os desejos insanos causados pelo momento inebriante pelo cio do ômega.


Pensar em Aemond se deitando com Daeron me causava dor de cabeça e um estresse excessivo, não que eu devesse pensar nisso ou me importa, mas era impossível não sentir raiva por imaginar meu marido com outro.

Quando ouvi o Alfa falando tão explicitamente da forma como Aemond se entrega a ele na cama, de como o ômega gemia seu nome e... Ah, pelos Sete infernos, eu só queria poder esquecer toda essa merda. Deuses como eu queria acordar e perceber que tudo não passou de um sonho ruim e Aemond é completamente puro e meu.


Talvez meu tio recorra ao irmão para saciar a necessidade de um nó.

Apenas em pensar que o homem que amo poderá vir a se entregar a outro, um nó de angústia e desespero me toma por completo. Ah como tenho vontade de matar Daeron apenas para que ele não volte a tocar no meu ômega.


Balancei a cabeça de modo que pudesse expulsar tais pensamentos da minha cabeça e me vi indo diretamente para a sala dos Meistres. Eu precisava entender o porquê o cio de Aemond havia se adiantado tanto assim, estávamos longe da próxima lua cheia e não fazia sentido um cio tão repentino e prematuro assim, não com Aemond sendo um ômega. Os cios deles eram bastante específicos e não se adiantavam assim tão repentinamente.


- Meu filho, o que houve? Onde está indo com tanta pressa? – vi minha mãe surgir do meu lado assim que cheguei as escadarias que davam para a sala dos Meistres e a encarei confuso.


- Aemond entrou no cio, vou falar com um Meistre para ir vê-lo. – respondi apressando ainda mais meus passos. – Veio de repente sem nenhum aviso, estou confuso e preocupado.


Vi a sombra do medo passar diante dos olhos de minha mãe e senti um frio gélido percorrer por minha coluna ao entender o porquê do seu medo.

- Não se preocupe, não irei passar o cio com ele. - disse a fim de acalmá-la.


- Isso é ótimo. – a voz de Daemon se fez presente e me peguei desviando o olhar para meu padrasto. Pelos Deuses, de onde esses dois brotaram? – Você pode marcá-lo e então não teremos que nos preocupar com rumores ou falsas mentiras.


- Por acaso soube de algo que não estou sabendo? – perguntei sério para o Alfa platinado, Daemon deu de ombros e o vi direcionar seu olhar para minha mãe. – É melhor parar de segredos, caso saibam de algo é melhor me dizer.


Parei de andar repentinamente forçando os dois alfas a pararem também e os encarei, olhando sério de um para o outro de modo que estava deixando claro minha impaciência.


Minha mãe e Daemon vivem de segredinhos pelos cantos e aquele costume já vinha me irritando a um bom tempo.


- Não há nada com o que se preocupar, Luke. – Luke? Daemon me chamou pelo meu apelido e ainda assim que diz que não há nada acontecendo? – É que se houvesse uma marca as coisas seriam diferentes.


- Luke? – arqueei uma sobrancelha para meu padrasto, a expressão em seu rosto mudou de relaxada para tensa numa velocidade absurda. – Acha que vou cair nesse papinho de que nada está acontecendo com você usando meu apelido? – joguei a pergunta para Daemon de forma impaciente e suspirei. – Eu te conheço e você nunca usa meu apelido por motivo nenhum, pai.


Daemon travou no lugar, vi o Alfa perder a postura diante minha última palavra e seu olhar pesar sobre mim. Eu costumava chamar Daemon de pai, o via como um protetor, um porto seguro a quem eu recorria em momentos ruins e certamente o faria nesse momento se não estivéssemos tão distantes.


Desde que expressei meu desejo em reivindicar Aemond como meu ômega Daemon havia se distanciado de mim, ele nunca apoiou meu desejo e quando ele se afastou eu apenas o deixei ir. Nunca mais havia voltado a chamar o alfa de pai até esse momento.


- Rumores sobre seu poder estão sendo espalhados. – minha mãe quem respondeu, mas meu olhar estava em Daemon e em seu olhar distante sobre mim. – O concelho convocou uma reunião para falar sobre sua capacidade em liderar as tropas e Driftmark.

Sua Marca Em Minha PeleOnde histórias criam vida. Descubra agora