Amo o Aegon, sério, aqui ele é um neném 😍.
Não revisado.
Votem e curtem por favor ❤️
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- Não é engraçado, Aemond. – gritou Aegon com toda a força que seus pulmões permitiam.
- Tem razão ursinho platinado. – Joffrey debochou entre risos e não consegui evitar de continuar sorrindo. – Relaxa tio, se continuar assim vai ter um ataque e cair duro no chão.
Jacaerys havia presenteado Aegon com um urso grande e quando Aegon cometeu o erro de perguntar o nome para o alfa ele simplesmente respondeu que era ursinho platinado, pois era assim que ele pretendia o chamar a partir dali. A reação de meu irmão havia sido das melhores.
Aegon simplesmente surtou e começou a bater em nosso sobrinho usando a pelúcia para acertá-lo inúmeras vezes enquanto proferia palavras quem nem irei mencionar aqui.
Ver Jace correndo de Aegon havia sido muito divertido e até Rhaenyra que sempre mantinha um olhar sério em seu rosto não se aguentou e caiu na gargalhada.
Os pedidos de socorro do alfa não foram atendidos por ninguém, nem mesmo Daemon se atreveu a entrar no meio daquela pequena discussão. Aegon estava realmente furioso e por fim rasgou o presente do alfa em sua frente e jogou as plumas em seu rosto, alegando que se houver qualquer novo apelido direcionado ele iria tratar de fazê-lo ir visitar os Sete em pessoa.
- Me perdoa Bombomzinho de coco. – Jacaerys fez um biquinho e tentou se aproximar de Aegon que lançou um olhar furioso em sua direção. – Eu faço qualquer coisa que você quiser só pra ter o seu perdão.
- Eu. Quero. Que. Você. Suma. – Aegon dizia cada palavra pausadamente. Olhei em sua direção e o vi segurando uma estátua de dragão a qual ele ameaçava jogar em Jace. – Não fale comigo até que eu peça, está me ouvindo?
Jacaerys estava pronto para responder algo mas batidas na porta foram ouvidas e todos nos viramos na direção de onde elas vieram. Prendi a respiração assim que vi Lucerys escorado na batente da porta e então me vi suspirando pesadamente ao ter sua presença tão próxima. Ele me olhou e desviei o olhar no mesmo instante.
- Atrapalho algo importante? – ele perguntou para ninguém em específico mas logo vi Rhaenyra correr até o alfa e envolvê-lo em um abraço. – Oi mãe.
- Ah meu menino, fiquei tão preocupada com você. – ouvi minha meia-irmã dizer e acabei olhando para eles. – Você está machucado? – A alfa começou a analisar o filho e suspirou aliviada ao ver que ele se encontrava inteiro.
- Se acalme mãe. Estou bem, a senhora sabe. – ele se calou ao olhar em minha direção e ver que eu o observava mesmo sem olhá-lo diretamente. – Deu tudo certo por lá, não há com o que se preocupar.
- Suponho que algum beta ou... ômega o tenha ajudado, enteado. – notei que a voz de meu tio soou em um tom debochado mas o ignorei. – São dias terríveis para se passar sozinho.
Me virei para Daemon na mesma hora, simplesmente não deu para evitar de encarar meu tio. Senti seu olhar debochado me queimar e me irritei.
Senti as palmas das minhas mãos soarem ao ter a ficha finalmente caindo pelas palavras de Daemon e baixei o rosto sem voltar a olhar na direção de Lucerys.
Lucerys teve um cio e por isso ele sumiu repentinamente. Quando soube de sua partida realmente achei estranho, mas não passou por minha cabeça em nenhum momento que o motivo de sua ida fosse seu cio. Alfas não eram como ômegas, seus cios aconteciam em momentos repentinos e chegavam sem aviso prévio.
Bem diferente de nós ômegas. Nossos cios acontecem apenas uma vez no mês tendo duração de três dias, o tempo em que a lua cheia permanece no céu.
Vi quando Lucerys se afastou de sua mãe e fiquei observando quando ele adentrou a sala. Não deixei de observar seu olhar frio para seu padrasto que apenas deu de ombros e saiu da sala sendo seguido por Rhaenyra que o repreendia.
O alfa caminhou em passos firmes em minha direção e acabei sentindo aquele friozinho chato que insistia em se formar em meu estômago toda vez que ele se aproximava de mim.
O alfa parou diante de mim e me encarou. Tentei desviar o olhar mas me vi sendo obrigado a encará-lo ao ter a ponta de seus dedos pressionadas em meu queixo.
Naquele momento me perguntei se Lucerys havia tido companhia durante seu cio, será que o Alfa esteve com algum beta ou até mesmo um ômega? Bobagem, não tenho que me preocupar com nada disso. Lucerys é um homem livre e pode fazer o que quiser com quem quiser e quando quiser.
Senti minha cabeça doer e agradeci por estar escorado em uma poltrona, pois me senti tonto e minhas pernas fraquejaram com tais pensamentos. O cheiro cítrico do limão veio acompanhado de um toque leve de sândalo, o qual acabou me envolvendo e me acalmado de certa forma.
Seu cheiro suave me fez lembrar do que havia acontecido de madrugada e me senti tentado a perguntar se ele havia estado em meu aposento. Mas me vi fechando a boca assim que notei um olhar desconfiado em minha direção.
Será que Lucerys percebeu meu estado? Deuses, espero que não, pois não quero ter que sentir essas coisas estranhas que sinto sempre que o bastardo está por perto. Até porque não o amo e não sinto nada que possa ser diferente de ódio por ele.
- Será que podemos conversar em particular? – ouvi ele perguntar e engoli seco. Apenas balancei a cabeça em afirmativo e o vi sorri para mim. – Vamos dar uma volta então.
Saímos juntos e caminhamos em silêncio durante todo o caminho que fizemos até o jardim. Notei que Lucerys se encontrava mais cansado e havia marcas roxas em seus olhos, provavelmente por falta de uma boa noite de sono.
- Nosso casamento é depois de amanhã. – ele falou sem me olhar e senti um nó se formar em minha garganta. – Tenho dois presentes para você. – o alfa então se virou para mim e senti meu coração acelerar dentro do peito.
- Não desejo nada que você possa querer me dar. – minha voz sou novamente fria como em todas as vezes e me perguntei mentalmente o porque sempre agia daquela maneira com o alfa.
- Tenho certeza de que irá gostar de pelo menos um deles. – vi Lucerys enfiar a mão no bolso de dentro das vestes que usava e tirar um envelope dourado o oferendo a mim. – O documento que você exigiu assinado por mim.
Suspirei sentindo meu coração bater forte dentro do peito. Abri o envelope e tirei de lá o papel também na cor dourada. A escrita era em alto valiriano e ao ver a assinatura de Lucerys gravada ao fim da folha pude notar que ele mesmo havia escrito todo o documento.
Lucerys deixou bastante claro que não tocaria em mim sem minha permissão e ressaltou que focará longe de mim durante os cios. Além disso ele havia acrescentado uma cláusula onde diz que poderemos dormir em aposentos separados caso fosse do meu desejo.Meu olhar passou por todo aquele papel, a letra de Lucerys era delicada, claro que seria não é mesmo? Ele por inteiro é deixado, desde seu jeito de andar até sua voz exalava delicadeza. A letra era linda e vinha em tinta vermelha, algo realmente raro de se ver, no geral tinta de tonalidades diferentes como estas eram difíceis de se encontrar e bastante caras. Ele queria impressionar e havia conseguido.
Era para estar feliz, agradecido por ele estar cumprindo com sua parte do acordo. Mas porque sinto vontade de gritar e chorar? Porque sinto que estou sendo sufocado até a morte e não consigo sentir minha própria respiração? Algo dentro de mim está me sufocando, meu peito parece ter sido esmagado e meu olhar se desviou daquele papel em minha mão para algo além além daquele papel dourado.
Encarei a roseira em minha frente e recuei alguns passos sentindo pontadas agudas em minha cabeça. Voltei a guardar o documento e deixei o envelope encima da mesinha que havia ali do lado. Minhas pernas fraquejaram mas me forcei a me manter de pé.
- Ótimo, isso é perfeito. – disse em completo desdém tentando não demonstrar meu real sentimento, o qual nem eu mesmo saberia dizer qual era. – Obrigado.
- Irei respeitar seu desejo de se manter longe de mim, tio. – O alfa sorriu sem graça para mim e mantive meu olhar sério sobre ele. – Agora este aqui é um presente meu. – vi Lucerys tirar uma caixinha de madeira do bolso da camisa e oferecê-la a mim. – Mandei fazer para você, gostaria que usasse na cerimônia se possível.
Peguei a caixinha mas não abri, senti meu coração batendo forte dentro do peito e minhas mãos tremerem pela ansiedade, suspirei, parecia que meu coração iria sair por minha boca a qualquer momento.
- Não posso aceitar isso Lucerys. – disse ao oferecer a caixinha de volta para ele.
- Serei o seu marido em menos de quarenta e oito horas, Aemond. – meu nome havia sido dito mais uma vez por ele e me vi ofegante por ele ter dito de uma forma tão rouca e suave. – Você pode e deverá aceitar todos os presentes que virei a te dar.
Lucerys pegou a caixinha de minha mão com extrema delicadeza e a abriu diante de meus olhos. Minha boca se abriu em um perfeito O de tamanha surpresa que tive ao ver o que havia ali dentro.
- Combina com a safira em seu olho. – ouvi o Alfa proferir as palavras em um tom suave e não consegui desviar o olhar para seu rosto. – Tenho certeza que irá ficar perfeito em você.
Eu ouvia tudo o que ele dizia, mas minha atenção não saia daquele colar. Era todo feito em aço Valiriano e havia uma pedra de safira entalhada em forma de rosa. Será que Lucerys sabia que eu gostava de rosas? Não, claro que não. Era impossível, nunca havia dito a ninguém sobre isso então não teria como o alfa saber.
- Rosas brancas são as suas preferidas. – me virei para ele o encarando surpreso e ele sorriu novamente. – Sei tudo sobre você, tio. Se surpreenderia se soubesse de tudo o que fui capaz de descobrir.
- É muito bonito. – respondi finalmente ao desviar o olhar novamente para o colar.
Meus dedos tocaram a safira delicadamente e passei os dedos sob a rosa cravada na pedra azul brilhante. Não sei porque mas senti vontade de chorar, talvez pelo nervosismo de saber que em breve serei o marido de Lucerys ou talvez só esteja sensível nesses últimos dias, mas eu queria chorar e também queria me ver usando aquele colar.
Nunca havia ganhado nada de ninguém. Nem amor ou afeto e muito menos algo material o qual poderia admirar e dizer com felicidade que havia sido um presente de alguém especial, não que Lucerys seja especial para mim, claro.
- Posso colocá-lo em você? Gostaria de ver como ele vai ficar em seu pescoço. – o alfa se aproximou e então me vi fechando as mãos com força, me sentia nervoso e pensar que Lucerys poderia tocar em mim me deixou eufórico. – Prometo fazer o possível para não tocá-lo.
Realmente estou muito sensível, só pode ser isso ou estou ficando louco, pois ouvir Lucerys dizer que fará o possível para não me tocar me fez sentir uma pontada de tristeza.
- Não seria melhor deixar para ver no dia da cerimônia? – minha voz soou baixa e então vi um sorriso surgindo nos lábios do alfa.
- Isso quer dizer que você irá aceitar, então? – apenas balancei a cabeça informando que sim e voltei a desviar o olhar para a roseira um pouco a frente. – Aemond. – o ouvi me chamar mas não voltei a encará-lo. – Espero conseguir te fazer feliz um dia.
Suas palavras me atingiram bem no fundo, Lucerys vinha se mostrando gentil e eu me sentia cada vez mais confuso em relação a ele.
Não o respondi, simplesmente não consegui dizer nada a ele, peguei o envelope encima da mesinha e sai dali caminhando de volta para dentro do castelo.........
Até aqui está tudo muito calmo, né? Pois aproveitem, a partir do próximo só ladeira abaixo 🫣
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Sua Marca Em Minha Pele
Hayran KurguApós ser reivindicado pelo filho bastardo de sua meia irmã, Aemond prometeu nunca se deixar ser marcado pelo Alfa Velaryon. Um documento fora assinado com sangue, onde a antiga magia Valíriana cobrará um preço alto pela quebra do contrato. "Eu prome...