Não revisado.
Votem e comentem, mores 🫶🏻
Aemond
Abri o olho e pude sentir o peso inteiro do mundo cair sobre mim.
A dor que se formou em minha cabeça veio tão rápido quanto as lembranças da noite passada. O casamento, a festa, a dança com Cregan Stark. Me sentei na cama e senti uma pontada aguda em minha cabeça, senti a mesma girar e me joguei novamente na cama.
As provocações de Daeron e minhas mãos impregnadas com o sangue do filho da puta. Lucerys não me defendendo e agindo como o estúpido que ele é.
As lembranças continuaram a invadir minha cabeça e então me vi pensando naquele pequeno, grande surto que dei assim que Lucerys e eu chegamos ao seus aposentos.
Pelos Deuses, aquilo foi humilhante. Eu me joguei em cima dele praticamente me oferendo para o bastardo que eu odeio. Onde eu estava com a cabeça para que jogar em cima de meu sobrinho completamente sem.roupa? A Se a dor de cabeça não me matar, a vergonha com certeza vai.
Nunca mais irei beber novamente. Repeti em voz alta inúmeras vezes até que aquela nota entrasse em minha mente para nunca mais sair. O maldito vinho me fez passar por dois momentos horríveis, o que me faz lembrar de meu irmão, Aegon nunca fez nada tão estúpido estando bêbado como eu.
- Bom dia, dormiu bem? – me levantei em pulo e arregalei meu olho ao ver Lucerys saindo do banheiro usando apenas uma calça folgada, ele trazia uma toalha em suas mãos a qual usava para secar seus cabelos ainda úmidos.
Vi algumas pequenas gotículas caírem em seu peito nu e respirei fundo ao vê-las descendo pelo corpo levemente másculo do Alfa e parar pouco acima do cós da calça folgada que ele vestia. Desviei o olhar rapidamente ao sentir minhas bochechas esquentarem.
- Tá tudo bem? – ouvi meu sobrinho perguntar mas não o olhei em sua direção, estou envergonhado demais para encará-lo. – Vou pedir pra alguém trazer o seu café e um chá pra te ajudar com a ressaca. – ele fez menção de sair mas parou ao notar meu olhar preso nele, não consegui enviar de olhá-lo. Droga, será que eu poderia ainda estar bêbado?
- E pretende ir assim? – minha voz saiu em um fio, mas sei que Lucerys ouviu perfeitamente pois um sorriso ladinho surgiu em seus lábios. - Sem roupa?
- Eu pretendia ir até a porta somente. – o vi me olhar com um brilho divertido em seus olhos. – Além disso eu me considero devidamente vestido, tio. - sem conseguir evitar meus olhos rolaram novamente pelo corpo dele. - Ciúmes?
- Vai sonhando. – respondi já começando a me irritar. – Eu vou... vou tomar um banho. Não precisa se preocupar em pedir café no quarto para mim. – Me levantei da cama mas logo me arrependi, só então percebi que estava nu, Deuses, aquela situação que já não era muito boa apenas piorou.
- Não quer que eu te toque mas não se importa em me provocar, não é mesmo? – Lucerys falou e aquele maldito sorriso ladinho voltou a dançar em seus lábios. – Assim eu não vou conseguir resistir, esposo. Não sou de ferro, sabia?Senti minhas bochechas aderem e senti vontade de me jogar da janela ao ouvir tais palavras. Lucerys parecia estar se divertindo com minha vergonha porque o alfa se aproximou de mim e seu sorriso se alargou ao passar os olhos por meu corpo, se fosse em outro momento eu certamente diria que seu olhar me fez parecer completamente nu, mas eu realmente estava, então...
- Se quiser ter o pau arrancado por meu irmão maluco, vá em frente. – retruquei tentando não parecer intimidado com sua proximidade. – Além disso você não é o único a poder desfilar sem roupa por aí.
- Ah claro, entendi. – ele sorriu ainda mais e se afastou, indo até a cômoda de roupa, me virei indignado para o alfa e senti uma onda de raiva repentina me cercar.
- Lucerys. – o chamei, assim que o Alfa se virou para mim eu o encarei, em nenhum momento seu olhar vacilou ou passou por meu corpo, ele sabia como ignorar quando queria. – Você precisa me marcar. – minha voz soou fraca e eu acabei desviando o olhar novamente. – Todos vão falar se não houver uma marca.
Voltei até a cama e puxei o lençol sobre meu corpo. Minha nudez podia não importar para Lucerys mas eu me sentia incomodado em estar tão exposto assim.
- Ontem eu passei do limite, não deveria ter feio o que fiz, me desculpe. – fui sincero, minha preocupação naquele momento era os rumores que poderiam e viriam a se seguir quando eu aparecesse diante a todos sem a marca do meu Alfa. – Se não quiser me dar a permanente então use sua garra, não irei me importar.
- Pra você ser visto como um rebelde? Um ômega que precisa ser controlado porque não consegue ser devidamente obediente ao seu alfa? – a veia em sua testa se moveu de forma inquieta e me deu a impressão de que ela poderia se romper a qualquer momento. – Você não é um cão, Aemond, não farei isso com você novamente.
- Sua mãe irá cobrar a marca e Daemon... – parei de falar ao me lembrar do olhar debochado de meu tio para comigo durante a festa. – Ele irá perguntar sobre... porra, ele me odeia.
- Não deixarei que ninguém fale nada sobre você, apenas relaxe. – ele diz em uma calma que era impossível de entender. – Não há motivos para temer a Daemon, sou o seu alfa e tratarei para que ninguém fale o que não deve. - seu olhar era sério e mesmo assim eu podia ver leveza ali. - Tome seu banho para que possamos descer.
- E Daeron? – droga, eu tinha mesmo que tocar no nome dele? Lucerys fechou a cara e me olhou sério. – Eu nunca dormi com ele, eu juro.
- Não estou afim de voltar a falar sobre isso, tio. – ele se aproximou, mas antes que estivesse perto o suficiente de mim ele parou, me encarando. – Já disse que não me importo com quem você decide se deitar ou não. – seu olhar sobre mim esfriou e vi as íris castanhas se tornarem mais escuras. – Só acho que esse relacionamento entre vocês seja tóxico demais. Não precisava ter batido nele daquele jeito. – Sua voz transbordou irônia e me vi irritado, Lucerys tinha a incrível capacidade de mudar da água para o vinho.
- Você é um tolo. – rosnei para ele. – Tão fácil de manipular, não é, Lucerys? – explodi em puro ódio, pelos Deuses, como ele pode ser tão cego? – Achei que você fosse um homem, mas pelo visto continua sendo um pirralho tolo e infantil.
O vi me encarar e seus olhos se tornarem vermelhos, percebi ali que talvez fui longe demais em minhas palavras. Mas porra, meu sobrinha só poderia estar completamente cego para não conseguir enxergar a verdade, ou ele não queria ver. Lucerys avançou sobre mim e pude sentir o cheiro azedo do limão invadir todo o ambiente, impregnando cada canto daquele quarto.
- É melhor tomar cuidado com suas palavras. – ele esbravejou e pude sentir seu hálito quente em meu rosto. – Não irei tolerar suas afrontas, Aemond. Elas já estão me cansando.
Meu peito acelerou e senti meu estômago congelar. Sem perceber soltei meu cheiro e o vi se acalmar aos poucos. Lucerys se afastou mas ainda assim ele tinha o olhar dominante sobre mim.
- Hum, então você vai mesmo jogar sujo, tio? – ele me perguntou e sua voz soou levemente irritada. – É melhor pensar nas consequências, ômega.
Ele deixou o quarto em seguida e me vi confuso, não havia entendido o que Lucerys tinha me dito e sinceramente não estava com cabeça para tentar entender nada. Minha cabeça estava doendo muito e eu precisa de um banho.
............
Assim que entrei no grande salão pude sentir os olhares pesados sobre mim e Lucerys. Senti vontade de dar meia volta e correr para os meus aposentos, mas me contive ao sentir os dedos do Alfa tocarem a palma da minha mão e me vi entrelaçando meus dedos aos dele.
Com o casamento eu deveria me sentar ao lado do meu marido e foi o que fiz, Lucerys puxou a cadeira para mim com delicadeza e se sentou logo em seguida. O silêncio pairava pela mesa de modo ensurdecedor e agradeci aos Deuses por aquilo.
- Bom dia, mamãe. Daemon. – Lucerys os cumprimentou com naturalidade e começou a se servir de chá. – Cadê Jace?
- Bom dia, meu doce menino. – Rhaenyra respondeu simplista enquanto olhava para todos os lugares menos em minha direção. – Não sei do seu irmão, não o vejo desde a festa.
- O bêbado número um também não está aqui. – Daemon comentou com um brilho desconfiado em seus olhos. – Só espero que não haja surpresas indesejadas quando eles resolverem aparecer. - sua voz soou debochada é senti meu estado revirar. - Um alfa e um ômega juntos na maioria das vezes resulta em sexo e marca.
Ignorei o que Daemon disse e me peguei pensando onde Aegon estaria ou se nosso sobrinho teria algo haver com o sumiço de meu irmão. Era no mínimo suspeito que os dois estivessem juntos.
- E como foi a noite dos recém casados? – meu tio voltou a falar e agora pude sentir o sarcasmo de sua voz soando em minha direção. – Não estou vendo nenhuma marca.
- Daemon... – Lucerys pousou sua xícara sobre a mesa e senti sua respiração e pesar. O alfa virou para o platinado mais velho e o encarou por longos segundos. Me mantive em meu lugar e sequer olhei para eles. – Você é o marido da minha mãe e eu o admiro e respeito muito, mas gostaria que você evitasse falar ou se referir ao meu marido de qualquer forma que fosse. – me virei para Daemon e o encarei surpreso, o olhar do homem parou em mim e ele sorriu. – Seu sarcasmo incomoda não só ao meu ômega mas a mim também.
- Mas Daemon tem razão, meu filho. Não há uma marca em Aemond. – Rhaenyra encarou seu filho, ela estava séria e seu olhar pesado sobre o alfa. – Luke você será nomeado um Lorde em breve, o senhor de Driftmark e precisa fazer Aemond ser visto como seu ômega e...
- Aemond não é um troféu a ser mostrado com orgulho, mamãe. – Lucerys enterrompeu a mulher. – O marcarei quando sentir a necessidade de o fazer, enquanto isso não quero mais ouvir falar sobre marcas ou deveres de Lordes e herdeiros. - encarei Rhaenyra completamente tomado pela surpresa, a herdeira sequer me olhou e pude sentir seu olhar enraivecido sobre o filho.
Rhaenyra não disse mais nada e Daemon também se manteve em silêncio após as palavras de Lucerys. Confesso que me surpreendi ao ouvi-lo dizer aquilo, sem perceber meu peito se aqueceu e pude desfrutar de um bom desejum.
...
Após o desejum segui para o pátio, eu estava sentindo falta de treinar e claro que minha rotina diária voltaria. Ter me casado com meu sobrinho mão me impossibilitava de continuar treinando.
- Não deveria estar aqui meu príncipe. Um ômega casado não deveria praticar atividades pesadas como essa. – Criston Cole disse ao me ver ali. – Perdão, não quero ser invasivo. - ele disse rapoidamente ao ver meu olhar sério sobre si.
- Ser ômega não me impede de treinar, Sor. – retruquei sério e logo empunhei minha espada. – Te considero um amigo, então por favor não me trate como um inferior.
- Jamais senhor. – Criston respondeu com um meio sorriso. – O senhor é mais alfa do que muitos aqui e além disso tem sido o melhor dos meus alunos. Sinto que fiz um ótimo trabalho com você.
- Realmente sou muito bom. – sorri convencido, pelo menos ali eu me sentia bem. – E deixe de formalidades, você nunca precisou me chamar de senhor ou meu príncipe.
- Se seu marido me vir o chamando pelo nome ele me matará sem temer. - respondeu o alfa moreno ao adentrar o círculo com sua espada em mãos. – Vamos ver se você ainda se lembra de como se luta.
Iniciamos um treino básico apenas para aquecer, mas logo nossos movimentos se intensificaram. A ideia de estar casado com Lucerys estava presa em minha mente e aquela dor de cabeça por causa da ressaca estava me deixando com calor, mas mesmo assim eu lutava com maestria e não me deixava cair. Criston Cole não pegou leve e fez questão de ver todos os meus movimentos, desde os mais simples até os mais ágeis e complicados.
Senti o cheiro cítrico do limão invadir meus sentidos e soube imediatamente que meu sobrinho estava ali, droga, Lucerys fazia questão de se mostrar presente e seu cheiro estava me desconcentrando, o calor do treino aumentou consideravelmente mas mesmo assim eu ainda continuava de pé.
Ao olhar atentamente para Cole pude perceber o cansaço do Alfa, sorri contente ao ver que estava o deixando cansado e logo bloqueei outro golpe, nossas espadas se chocaram acima de nossas cabeças e não tardou para Sor Cole cair de joelhos diante de mim.
- Eu me rendo. – disse o homem com uma voz cansada, o vi levantar as mãos e sorri vitorioso. – Você é realmente o melhor, Aemond.
- Fui treinado pelo melhor. – comentei divertido ao perceber a aproximação de meu sobrinho. – Na próxima tente mais, quem sabe você não consiga me derrubar.
- É melhor ir tomar um banho, você está fedendo a suor. – Lucerys falou próximo ao meu ouvido e me vi estremecer. – Gostaria de conversar com você.
Joguei a espada na direção de Cole e deixei o pátio, Lucerys me seguiu até os meus aposentos e ao entrar o ouvi trancar a porta. Ao me virar para o Alfa pude ver seu olhar preso ao meu corpo.
- Fale logo o que você tanto tem a dizer e me deixe em paz. – disse friamente ao me afastar indo rumo a porta do banheiro.
- Não quero que as coisas entre nós fiquem piores, tio. – Lucerys veio atrás de mim no banheiro. – Deveríamos tentar nos dar bem pelo bem de todos.
Comecei a me despir e logo me virei na direção do Alfa que me olhava como se eu fosse um pedaço de carne.
- Privacidade, Lucerys. – revirei o olho ao ser encarado por meu sobrinho.
- Eu sou o seu marido, querido. – disse ele ao fechar a porta atrás de si. – Você fala como se não tivesse pulado em cima de mim completamente nu ontem a noite.
- Aquilo foi um erro e já pedi desculpas. – grunhi irritado ao perceber que ele não iria sair dali. – Se soubesse como me arrependo de ontem e de todo o resto.
Terminei de tirar minha roupa e entrei rapidamente na banheira, a água estava morna o que me agradou consideravelmente, senti meus músculos relaxarem e me vi soltando um longo suspiro de alívio.
- Se arrepende de Daeron também ou ele é a sua exceção? – a voz do alfa soou baixa, fechei os olhos e tentei ao máximo ignorar meu sobrinho. – Se pudesse teria ido para os aposentos dele ontem a noite, não é mesmo? Com certeza se arrependeu de ter batido nele.
- A partir de agora deixarei que você e todos a nossa volta pensem o que quiser, sobrinho. – falei tentando me manter calmo, mas por dentro eu podia sentir o ódio me corroer. – Mas quando a verdade vir a tona peço que não tente consertar o seu erro pois será tarde demais para isso.
Percebi que minhas palavras atingiram o Alfa, Lucerys baixou o olhar e pude ouvir sua respiração pesar.
- Acredita mesmo que ousei a me deitar com o meu irmão? – minha voz saiu em um sussurro, logo me peguei brincando com a espuma que se formou com a loção de banho. – Diga-me Lucerys, olhe para mim e seja sincero. Acha que sou mesmo impuro?
Lucerys não respondeu e seu silêncio dizia tudo aquilo que sua voz não foi capaz de dizer, eu me sentia triste mesmo sabendo que nãodeveria ligar para o que Lucerys pensa de mim. Ele realmente acreditava naquilo, meu coração se apertou e uma lágrima silenciosa surgiu em meu rosto. Nosso casamento seria um verdadeiro fracasso.
....
Nos encontrávamos reunidos no jardim, coincidentemente nos encontramos ali após a hora do almoço. Rhaenyra e Helaena tomavam chá enquanto conversavam animadamente sobre penteados e vestidos e Daemon parecia distante, meu tio se encontrava preso em sua própria bolha de pensamentos, provavelmente relembrando alguma coisa do passado e sinceramente espero que seja algo ruim que tenha o faça se arrepender amargamente.
Alicent tomava chá enquanto observava minha irmã conversar alegremente com nossa meia-irmã e pelo olhar da alfa pude perceber que minha mãe não estava contente por tal aproximação.
A tarde estava tranquila mas meus pensamentos intrusivos estavam me matando, Lucerys e sua falta de confiança, Cregan Stark e suas promessas de amor e proteção. As lembranças daquela conversa vieram a minha mente trazendo conforto e uma pontada de alegria, ver como o alfa do Norte se preocupou comigo e me defendeu trazia calor para meu peito, sem perceber um sorriso genuíno surgiu em meus lábios.
- Porque desse lindo sorriso? – ouvi meu marido perguntar e me virei para ele o encarando ainda com um sorriso nos lábios.
- Nada que tenha haver com você, eu garanto. – o vi me olhar sério e sorri sarcástico em sua direção. – Já foi ao Norte alguma vez?
- Porque da pergunta? – retrucou ele de forma seca. – Há algo que te interesse por lá? – o clima de repente mudou, os olhos de meu sobrinho se escureceram e pude notar o brilho intenso em seu olhar.
- Nada que me interesse, sobrinho. Mas como você logo será um Lorde pensei que tivesse viajado e conhecido lugares diferentes. – respondi com simplicidade na voz. – O Norte se aliou a nós, não foi?
- Estive lá algumas vezes, mas confesso que não gostei muito da hospitalidade, o pai de Cregan é um homem cruel. – o olhar do alfa estava preso em mim, ele parecia querer me decifrar. – O filho é completamente diferente do pai, Cregan é gentil e leal, um homem de palavra inquebrável e opinião forte.
- Percebi. – disse ao me lembrar das palavras do alfa do Norte. – Ele será um excelente governante. - suspirei ao imaginar como seria uma vida ao lado de Cregan. - Porque todos dizem que você será coroado em breve? Corlys não está bem de saúde?- Não, ele está muito doente na verdade, os Meistres deram poucos meses de vida a ele e o tempo já está se esgotando. - senti a voz de Lucerys se embargar e meu sobrinho suspirar. - Em breve seremos nós dois comandando Driftmark, espero que venha para o mar comigo. - ele sorriu descontraído em minha direção e logo uma careta se formou em meu rosto. - Você tem tudo para ser um pirata, sabia? Até o tapa olho.
- Engraçado, se pararmos para pensar, acho que você planejou tudo isso, sobrinho. - retruquei sarcasticamente. - Sinto muito mas nunca pisarei em um barco, eles afundam e não quero virar comida de peixe. - um sorriso divertido deixou os lábios de meu sonho e me vi o retribuindo sem perceber.
- Seria trágico. - ele comentou em meio a risadas, naquele momento pude perceber o quanto o sorriso de meu sobrinho era bonito.
Onde está Aegon? – minha mãe perguntou ao olhar em minha direção. - Não o vejo desde a cerimônia de ontem.
- Jacaerys também não compareceu para as refeições. - Daemon deixou seus devaneios e seguiu até nós. - Perceberam como o clima está diferente? - meu tio desviou o olhar para o céu e logo segui seu olhar, o sol havia sumido e nuvens pesadas pairavam no ar. - Acho que aqueles dois se meteram em problemas.
Suspirei ao sentir que havia algo muito estranho rolando, Aegon e nosso sobrinho sumindo juntos me causava um arrepio estranho, espero que esteja tudo bem e que nenhum dos dois esteja morto.
.....
Desci para o jantar e ao adentrar o salão percebi que meu irmão não se encontrava ali, e meu sobrinho também não estava. Rhaenyra colocou vários homens atrás dos dois mas eles não foram encontrados em canto nenhum do castelo.
Aquela situação toda estava deixando todos preocupados e eu me encontrava nervoso por não ter notícias de Aegon, temo que algo ruim tenha acontecido a ele.
- Com licença. – ouvi a voz de Cole ecoar pelo salão e me virei para o guarda que seguiu até mim e parou de repente ao estar próximo o suficiente para que ele pudesse falar em meu ouvido sem que ninguém o ouvisse. – Aegon está em seus aposentos e exige sua presença o quanto antes.
- O que houve? – sussurrei de modo preocupado. - Ele está ferido? - Enquando Cole ainda se mantia próximo a mim pude sentir o olhar forte de Lucerys preso sobre nós.
- Algo que irá fazer sua mãe e todo o reino surtar. – ergui o olhar para o homem e o encarei preocupado, conhecendo meu irmão posso imaginar que a burrada havia sido das grandes. – Rhaenyra vai querer matá-lo, é o que posso adiantar.
Merda! Aegon não podia ter feito o que eu estava achando que ele havia feito, podia?
- O que foi? – Lucerys perguntou ao ver que Cole ainda se encontrava ao meu lado.
- Peço perdão, mas terei que me retirar. – olhei para Lucerys e o vi franzir a testa em confusão. – Tenho uma coisa importante para fazer.
Sai dali junto a Criston e segui apressado para o meu próprio aposento, sei que Lucerys não havia aceitado minha desculpa e logo viria atrás de mim, mas me resolvo com ele em outro momento. Agora eu teria que lidar com as burradas de meu irmão mais velho.
...
- Como diabos você foi deixar isso acontecer? – eu praticamente gritei as palavras assim que adentrei o aposento. – Rhaenyra vai mandar arrancar seu pescoço fora.
- Eu juro que essa não era a intenção, irmão. – sua voz saiu embargada pelo choro recente. O vi se aproximar de mim e segurar minhas mãos com força. – Jace, ele...
- O que ele fez? – perguntei sentindo o ódio já começando a me cercar.
- Não, não é isso. – Aegon se apressou em dizer. – Ele prometeu que vai falar com o Rei, inclusive deve estar com ele agora.
Olhei para a marca recém feita no pescoço de Aegon e me joguei no sofá sem acreditar naquilo. As presas de Jacaerys estavam cravadas no pescoço de meu irmão.....................
É, pelo visto Luke ainda não virou gente 🫣
Quase que ia ter um beijo nesse capítulo, mas aí o nome do Daeron entrou na conversa e... desandou foi tudo. A praga nem precisa aparecer para causar estrago, só de mencionar o Satanás a bomba explode.
Aemond: Acredita mesmo? 🥺
Lucerys:😔Mas no próximo tem beijo, talvez as coisas comessem a melhorar, não? 🙈🙊
Aegon, Aegon 🤭 amo ele 🥹
Até logo mores.
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Sua Marca Em Minha Pele
FanfictionApós ser reivindicado pelo filho bastardo de sua meia irmã, Aemond prometeu nunca se deixar ser marcado pelo Alfa Velaryon. Um documento fora assinado com sangue, onde a antiga magia Valíriana cobrará um preço alto pela quebra do contrato. "Eu prome...