16:15, Casa antiga, North Vancouver-Canadá
Cheguei mais cedo hoje no trabalho. Agradeço muito pela minha chefe ter me liberado hoje mais cedo do trabalho. É um saco em trabalhar de segunda à sexta, desde cedo até ao entardecer.
Como Tina já tinha me falado que iria para um parque junto com alguns amigos. Aproveitei para fazer um jantar bem gostoso, e selecionar uma série na Netflix.
Enquanto a comida está no fogo, com algumas sobras que eu tinha guardado hoje do almoço. Subi para o quarto de minha filha. Encontrei Molly deitada no chão, ela encarava fixamente a varanda da janela.
— Amanhã sem falta eu te levarei para o veterinário. Você não está nada bem, Molly. — peguei a cachorra no colo que nem ao menos moveu nenhum músculo, me deixando ainda mais preocupada. Ela não está quente e para mim parece bastante saudável.
Abri a janela da varanda, indo para a sacada. Molly agora ficou atenta, parece que ela acordou de um transe e olhava de forma ameaçadora para a floresta.
— Espero que Tina pelo menos tenha levado uma roupa de frio. Tudo indica que logo, logo o tempo irá esfriar.
Levei Molly junto comigo com a mesma ainda no meu colo para dentro de casa. Decidi deixar a janela da varanda aberta para deixar pelo menos entrar um ar, essa casa é muito fechada.
Caminhei com Molly pelo corredor e só agora percebi que havia uma pintura linda de Van Gogh na parede. E parecia ser um quadro mesmo original.
(Fiquem um tempo encarando o negócio que gira e depois olhe para a pintura)
Fiquei algum tempo admirando aquela pintura, até perceber que vinha um cheiro de queimado horrível pela casa. Minha nossa! A comida no fogão!
Corri rapidamente para às escadas, descendo nelas apressada. A madeira até mesmo rangeu enquanto eu pisava em cada degrau.
Cheguei a tempo da comida ficar toda queimada. Bem, pelo menos dava para salvar um pouco.
Como o susto já tinha passado, deixei Molly no chão e a mesma saiu correndo para fora da cozinha.
Separei um pouco de comida no prato. Peguei uma taça, e um vinho que estava dentro do freezer. E fui para a sala de estar.
Eu não vi Molly, ela deve ter corrido para o quarto da minha filha. Mais será o que tanto aquela cachorra viu naquele quarto?
Assim que eu me sentei no sofá, a campainha tocou. Revirei os olhos, quem será?
A contragosto eu fui ver quem era, e me surpreendi quando vi que é Peter.
Ele está todo envergonhado, não estava fardado e sim usando roupas casuais.
— Boa tarde, Clarisse. Me desculpe vim assim tão de repente, mas pensei em te fazer uma visita. Posso entrar? — ele pergunta timidamente.
— Claro! — abro mais a porta, o deixando entrar.
Ele entrou, indo para a sala. Acompanhei atrás dele e fiquei encarando a sua bunda que é bem redonda.
— Sua casa é muito bonita, Clarisse! — disse se virando para mim sorrindo. Na velocidade da luz eu consegui a tempo parar de secar a bunda dele. Peter nem ao menos tinha percebido.
— Obrigada! Quer comer alguma coisa? — ele nega — Então vamos beber um vinho e assistir uma série. Deixa eu só pegar uma taça!
Enquanto ele se sentava no sofá de uma maneira confortável, eu fui para a cozinha pegar uma taça.
Agora na sala, eu me sentei ao lado dele grudadinha. Dei play em uma série aleatória. Eram alguns adolescentes que estavam em busca de um tesouro, acho que o nome é Outer Banks.
— Parece que saímos mais cedo hoje de nossos trabalhos. — falei depois de um tempo.
— Sim, mesmo o trabalho sendo muito corrido. Hoje pareceu está muito calmo, fui até liberado mais cedo! — disse enquanto se deitada mais confortável, eu encostei a minha cabeça em seu peito.
— Já foi casado Peter? — perguntei.
— Já, mas ela morreu por causa de uma doença. Pneumonia. — eu ergui minha cabeça, o encarando e vi que seu olhar tinha se esfriado.
— Sinto muito pela sua perda... — disse em arrependimento, não deveria ter feito aquela pergunta.
— Não tem problema, eu já superei isso. Mesmo ainda sendo muito difícil... eu perdi ela já tem cinco anos... — concordei.
Fiz uma coisa que deixou ambos surpresos. Deixei um selar leve em seus lábios, no começo ele arregalou os olhos, eu até fiquei de novo arrependida. Mas, ele abriu um sorriso sincero e me abraçou mais em seu corpo.
— Não tenho filhos, mais queria construir uma família ao lado de Débora... — suspira — Agora estou em busca de novos relacionamentos.
— Já perdi a quantidade de vezes que o meu ex-marido já me traiu. Eram tantas que eu até perdi a conta. — rir amargo — E a trouxa aqui perdoava todas as traições... pensando que um dia ele pudesse me amar... — sem perceber, eu comecei a chorar.
Peter afastou o seu corpo do meu. Dava para ver a sua preocupação enquanto ele limpava as lágrimas que desciam de meu rosto.
— Seu ex-marido não te merece. Ele não soube dá o valor incrível para a mulher que você é. — ele sorrir, e eu também. Peter deixa um beijo carinhoso na minha testa.
— Eu estou pronta para virar a página e começar uma nova vida... — mordo o lábio inferior — Você também está?
— Estou. E que essa nova vida seja ao lado de você. — abracei ele.
Ficamos assim, até ficar de noite. Peter precisou ir embora, a contragosto de nós dois.
Decidi ir dormir, amanhã seria mais um dia de trabalho e eu precisava descansar. Dei uma passada no quarto da minha filha para ver se Molly estava dormindo ou encarando fixamente a varanda. E, ela está na mesma posição que eu tinha visto daquela vez. Encarando a varanda fixamente.
Entrei para fechar a janela, depois saí para dormir no meu quarto e para a minha surpresa, Molly veio atrás de mim.
Deitamos na cama, para depois dormir bem profundamente.
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Meu Namorado é um Serial Killer - Tina e Mike
Mystery / Thriller★Dark Romance "I'm just girl" Sempre imaginei que eu viveria tranquilamente em Toronto sem problemas nenhum. Mas, tudo isso muda quando meu pai teve a brilhante ideia de trair a minha mãe. Com os papéis de divórcio assinado. Eu e minha mãe decidim...