10 . Noite mágica.

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esse capitulo contem 2 narrações, se atentem... 

-narrado por Apollo- 

Depois de tirar uma foto com a folhinha após vencer o Guri caminhei em direção ao grupinho de mc que estava lá do lado do palco. A adrenalina da batalha ainda corria nas minhas veias.

— Finalmente vocês vão se conhecer! — gritou Barreto, em seu estilo escandaloso. Eu ri, negando com a cabeça,  ele tinha me falado que hoje eu finalmente ia conhecer a estilita do jota.

— E aí, pessoal, tranquilo? — cumprimentei, um por um, até chegar a ela. — E você é a famosa estilista do Jota, né? —  Quando nossos olhares se encontraram, tudo ao meu redor sumiu. O brilho nos olhos dela me fez sentir como se tivéssemos viajado para outro planeta  e só despertamos com o Guri.

— Desculpa, é que você parece uma pessoa que conheço... — falamos juntos e rimos, quebrando a tensão.

— Eu sou a Letícia e você? — ela disse, e eu quase não acreditei, seria possível ela ser a Letícia que eu conheci naquela viagem? Que por tantas vezes me deixou pensativo? Minha leninha? 

— Letícia Helena? Sou eu, o Rogério Caui! - falei ainda em choque - Como pode, você, aqui, com os meninos? — as palavras saíram quase sem pensar. A surpresa no rosto dela era tudo o que eu precisava para saber que esse momento era especial.

Quando a puxei para um abraço, uma onda de emoção me invadiu. Ao sentir suas lágrimas em meu ombro, meu coração se apertou. Era confuso e bonito ao mesmo tempo. Os meninos ao redor nos observaram, confusos, mas eu só conseguia sentir a conexão intensa entre nós.

— O que tá acontecendo? — perguntou um deles, preocupado.

— Desculpa, é só... — Letícia tentou explicar entre soluços. Eu queria que ela soubesse que estava ali, presente para tudo.

— Ai gente, eu conheço o Rogério desde nova — ela disse, e meu coração se aqueceu ao ouvir isso.

A felicidade em seus olhos me fez sentir que, talvez, o tempo não tivesse passado. Barreto, sempre pensativo, comentou sobre a improbabilidade do reencontro, e eu só conseguia sorrir.

— Quer que eu te dê uma carona? Assim a gente pode conversar melhor — ofereci, segurando seu braço com delicadeza. O desejo de estar mais perto dela era irresistível.

— Claro, eu aceito — ela respondeu, e enquanto me despedia dos amigos, um misto de alegria e nervosismo se instalou em mim.

Enquanto caminhávamos até o carro, perguntei onde ela morava. Quando me disse que era em Pinheiros, uma coincidência a mais surgiu, e eu me senti empolgado.

Entramos no carro e o clima parecia leve. Enquanto dirigia, olhei para ela, tentando processar tudo o que estava acontecendo.

— Eu nem imaginava que um dia ia te ver novamente, mas tanta coisa mudou... — comentou pensativa.

— Eu tinha certeza, eu nunca deixei de sonhar com você. Parece até mesmo um feitiço, você sempre me hipnotizou, sereia — respondi, a nostalgia inundando minha voz. O apelido a fez sorrir, e isso me encheu de alegria.

— Ah, Rogério, eu também senti a sua falta, meu solzinho — ela respondeu, e isso fez meu coração disparar.

A conversa fluiu naturalmente, e quando mencionei que meu nome artístico, Apollo, tinha a ver com o apelido, vi a surpresa em seus olhos. Era uma conexão que parecia se fortalecer a cada segundo.

— E como anda sua vida? — perguntei, genuinamente curioso.

— Muita coisa mudando em pouco tempo... mas algumas coisas nunca mudam, né? — respondeu, e eu sentia que ela estava revelando uma parte profunda de si mesma.

Memórias de Verão |  Apollo MC Onde histórias criam vida. Descubra agora