Viva La Escrita : "Flor de East End" mergulha em um cenário muito rico e complexo. O que inspirou você a escolher o East End como o palco para sua história?
Vi : Não há como recorrer a East End sem se lembrar dos casos de Jack, o Estripador, pela qual a região acabou ganhando fama. Embora Flor de East End não se passe na mesma época em que estes crimes ocorreram, este cenário era interessante para mim porque traz o oposto da opulência e glamour idealizado em muitos romances de época, o que me permitiria trabalhar em um pano de fundo de exploração, pobreza e repressão moral tão presente na Era vitoriana.
Viva La Escrita : Seu protagonista, Edward Walker, inicia a história em busca de prazeres carnais, mas acaba se envolvendo em uma trama muito mais profunda e pessoal. Como você desenvolveu a transformação do personagem ao longo do romance?
Vi : Edward começa a história como qualquer outro homem em sua posição de privilégio. Mas por ter uma família que já não era formada exatamente pelo que a sociedade da época julgava ser o modelo exemplar, ele já carrega uma mentalidade mais aberta a entender que o mundo em que vive compreende outras realidades muito mais duras que a sua. E é ao inserí-lo nestas realidades que consigo fazê-lo compreender esse mundo tão distinto e aos poucos ele vai refletindo sobre como há aspectos da vida muito mais valiosos que aqueles ditados pela sociedade.
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