Hoje, temos o privilégio de conversar diretamente com Agatha C. Almedia , enquanto ela nos conta mais sobre as inspirações por trás de "Dragões de Cristal", as complexidades de seu mundo imaginário e os desafios de criar personagens cativantes e enredos repletos de mistério. Preparem-se para uma entrevista emocionante, cheia de insights sobre a criação de um universo fantástico que promete encantar leitores de todas as idades. Segue sinopse de ''Dragões de Cristal'' :
"Lapidados, Ryuu! Estão sendo lapidados a sangue frio...".
Há tempos, um reino colheu para si os melhores entre os Dragões, Silfos e demais espécies mágicas, deixando aqueles que sobraram e foram considerados "manchados" para o reino inimigo. Ambos prosperaram a seus modos, uns dizem que um melhor que o outro.
Naquele onde os seres mais fracos foram deixados, Akira, uma meio-Dragão, nasceu e foi criada, seguindo a vida com o pensamento de que deveria ter pequenos desejos na vida e quase nenhuma ambição.
Trazendo com ele a movimentação que ela precisava, um Dragão puro se esconde pelo terreno de sua casa em fuga de soldados invasores do reino inimigo, amargurado pela falta de atitude que poderia ter mudado o rumo de futuras investigações...
Os dois, que estranhamente se veem soltando farpas entre si, se colocam juntos para caçar informações de desaparecimentos ao redor do reino, conhecendo a vida da sua dupla aos pouquinhos e descobrindo coisas nas entrelinhas.
Suas entrelinhas e as do reino onde vivem.
E, se estiveram atentos, aprendendo que pessoas se aproximam para espreitar.
ENTREVISTA
Viva : Aggy, como você desenvolveu a ideia da divisão entre os reinos baseada na seleção dos melhores seres mágicos? Quais foram suas inspirações para criar esse cenário de competição e rivalidade?
Aggy : Acho que o clássico "reinos em guerra" que temos nas fantasias, sejam elas antigas ou atuais. É muito comum irmos para esse lado, para dar um histórico mais aprofundado sobre nossos enredos, um conflito pré-atualidade na obra me trouxe a esse momento de inimigos e ex-melhores amigos. Há Game of Thrones sendo um dos pioneiros sobre isso (mesmo que minha obra não chegue nem ao mindinho desse universo, é claro!), uma das inspirações.
Viva : A personagem Akira é descrito como uma meio-Dragão que foi criada com uma mentalidade de ter pequenos desejos na vida e quase nenhuma ambição. Como você explorou essa dinâmica de personalidade ao longo da história e quais foram os desafios de desenvolver um protagonista com essa mentalidade?
Aggy : Akira não foi criada para ser aquela personagem que nasceu para isso, para ser "personagem de fantasia fodona". Com ela, pretendi que pessoas que planejavam viver um dia após o outro com a prioridade sendo possuir paz se identificassem, ainda mais ao se depararem com um cenário onde isso poderia mudar, onde desafios os tirassem da zona de conforto. Aki passou por isso e passa nesse livro 2 que está sendo escrito, ela se depara com momentos onde precisa sair da bolha que tentava se manter. O maior desafio foi justamente por na cabeça dela que ela poderia desejar mais, que planos mudam e tudo bem seguirmos outros caminhos.
Viva : Um Dragão puro que se une a Akira parece carregar um fardo emocional por sua falta de ação no passado. Como você abordou o tema do arrependimento e da redenção em sua narrativa?
Aggy : Ryuu é um personagem sério, na dele. Ele se preocupa zero com pessoas de fora e mil com quem está dentro, porém sempre tentando se manter de mente limpa. O desenvolvimento dele é lento, é discreto e seria até super normal pensarem que ele não o tem. Mas sendo um personagem com dor internalizada, com um foco sobrepondo o outro sempre em sua vida, ele acaba tentando buscar uma forma de ser perdoado, mesmo sem saber exatamente por quem. Então, ele vai atrás de investigar coisas que podem ajudar seu reino, que pode acalmar seu coração sobre seus amigos mortos, independente de não ter conhecimento sobre isso tudo.
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