Entrevista com Leo, vencedor de Poesia VLE3

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Viva La Escrita : Primeiramente, parabéns pelo sucesso de "Sob Luz do Farol", Leo! Como você se sente ao ver seu livro ganhar tanto reconhecimento, especialmente com as vitórias de TOP 1 nos concursos Different Blue e Viva La Escrita?

Leo : Muito obrigado! É uma sensação indescritível ver meu livro ganhar tanto reconhecimento! Quando comecei a escrever, minha intenção era apenas compartilhar um pouco do que estava guardada dentro de mim, sem muitas expectativas. Vencer os dois concursos mais organizados e respeitados foi uma grande surpresa! Eu me sinto honrado e isso também me lembra da responsabilidade que tenho como escritor de sempre buscar melhorar e inspirar as pessoas.

Viva La Escrita : A sinopse do seu livro menciona uma "viagem pelas profundezas das suas noites solitárias". Pode nos contar mais sobre como essas experiências pessoais influenciaram suas poesias?

Leo : Claro! Eu acredito que a escrita é uma forma poderosa de traduzir nossas experiências e emoções mais profundas. A sinopse representa exatamente o meu estado de espírito, meus momentos de introspecção e reflexão que foram muito significativos. Sempre fui um cara solitário e isso me deu a oportunidade de observar o mundo ao meu redor e trazer à tona memórias de tudo que vivi.

Essas experiências pessoais foram a base de muitas das poesias no livro, trazendo uma honestidade crua e emocional que eu espero que toque a quem for ler.

Viva La Escrita : A metáfora do farol é bastante evidente em sua obra. O que levou você a escolher essa imagem como o fio condutor de suas poesias?

Leo : A escolha do farol surgiu de uma profunda fascinação pela dualidade que ele representa. Um farol é ao mesmo tempo um símbolo de orientação e de solidão. Ele está ali, firme, na escuridão, guiando e oferecendo esperança para aqueles que estão perdidos ou navegando em mares turbulentos, mas também é isolado, enfrentando sozinho as tempestades e a vastidão do oceano.

Essa imagem ressoou em especialmente durante os momentos difíceis da minha vida, quando me sentia perdido ou enfrentava desafios aparentemente insuperáveis.

Viva La Escrita : Em suas poesias, você fala sobre a solidão se transformando em uma jornada de autoconhecimento. Como foi o processo de traduzir essas emoções tão pessoais para o papel?

Leo : Olha, Joy levar essas emoções tão pessoais para o papel foi um processo complexo e, ao mesmo tempo, profundamente libertador! Ao escrever, tentei ser o mais sincero possível, sem filtros ou máscaras. Queria que minhas poesias fossem uma janela aberta para a alma, entende? A solidão, para mim, não foi apenas um estado de estar sozinho, mas um espaço onde pude me confrontar e explorar minha própria essência. Colocar isso em palavras exigiu uma grande dose de vulnerabilidade e honestidade.

Viva La Escrita : A descrição das suas poesias como "estrelas cintilantes que perfuram a escuridão da alma" é muito evocativa. Você pode falar sobre a importância da luz e da escuridão em seu trabalho?

Leo : Acredito que ambas são essenciais para entender a profundidade das nossas emoções. A escuridão representa os momentos de desafio e dor, enquanto a luz simboliza a esperança, a clareza que emergem desses momentos difíceis. Esse confronto é necessário para que possamos entender quem realmente somos e o que nos motiva.

Se a gente parar pra pensar, luz não pode existir sem a escuridão, e vice-versa. É essa dualidade que dá essa força pra viver.

Viva La Escrita : Seus poemas são descritos como uma expressão pura das suas emoções. Você acredita que essa autenticidade é o que mais ressoa com seus leitores?

Leo : Sim, acredito! E reforço o quanto é fundamental que a criação de meus poemas tenha esse impacto emocional em meus os leitores. Quando escrevo, Joy, meu objetivo é ser o mais verdadeiro em relação aos meus sentimentos e experiências. Não tento esconder minhas vulnerabilidades ou maquiar minhas emoções, muito pelo contrário! Tento buscar uma conexão genuína com os leitores, porque todos nós, em algum momento, sentimos tristeza, alegria, solidão, amor e medo.

Portanto, acredito que é essa autenticidade, essa vontade de ser vulnerável e expor minhas emoções mais profundas, que permite que meus poemas toquem os leitores de maneira tão significativa.

Viva La Escrita : Como você vê a relação entre poesia e autoconhecimento? Escrever poesias ajudou você a entender melhor a si mesmo?

Leo : E como! Kkkkk. Para mim, a poesia serve como uma ferramenta poderosa de descoberta pessoal. Escrever poesias me obriga a enfrentar sentimentos e pensamentos que, de outra forma, poderiam permanecer nebulosos ou inexpressivos.

Muitas vezes, descubro aspectos de mim mesmo que não tinha percebido antes. Ela me ajuda a entender melhor quem sou, a processar minhas emoções e a encontrar significado nas minhas experiências e espero que os leitores também encontrem essa mesma oportunidade pra refletir sobre suas próprias jornadas.

Viva La Escrita : Quais são os autores ou livros que mais influenciaram sua trajetória literária e por quê?

Leo : Foram muitos autores e livros que influenciaram minha trajetória literária e cada um foi deixando sua marca. Posso enumerar alguns. Fernando Pessoa, Clarice Lispector, Carlos Drummond de Andrade e não posso esquecer aquele que mais me inspirou, Mário Quintana.

Bom, porque de todos eles, posso resumir a simplicidade, intensidade, a entrega total em suas obras maravilhosas, a paixão com que criavam, sem esquecer a leveza. Aprendi com eles e muitos outros a me inspirar e explorar as minhas próprias emoções.

Viva La Escrita : Quais seus livros ou escritores de poesia favoritos?

Leo : São tantos! Alguns dos meus escritores e livros de poesia favoritos incluem:

Fernando Pessoa, com o livro "O Livro do Desassossego". Tem Pablo Neruda com o livro"Vinte Poemas de Amor e Uma Canção Desesperada". Tem Albert Camus, que embora não seja poeta, quem me conhece sabe a grande admiração que tenho pelas obras filosóficas dele, principalmente "O Mito de Sísifo", que teve um impacto profundo na minha forma de pensar e escrever. E por último e não menos importante, o poeta passarinho, Mário Quintana, com seu livro "A Rua dos Cataventos".

Viva La Escrita : Como você vê o papel da poesia no mundo literário contemporâneo? Acredita que ela ainda tem o poder de impactar e transformar vidas?

Leo : Acredito, Joy. A poesia continua a desempenhar um papel vital no mundo literário contemporâneo, mesmo em um cenário tão diversificado e rápido quanto o atual. Em um mundo em constante mudança, ela continua a ser uma fonte de beleza, reflexão e transformação.

Viva La Escrita : Quais suas obras ou projetos para o futuro?

Leo : Estou atualmente focado em alguns projetos que estão em rascunho e obras futuras que estão muito próximos ao meu coração. Embora eu ainda esteja desenvolvendo algumas das ideias que logo, logo vou poder mostrar aqui na plataforma.

Viva La Escrita : Deixe um recado para seus leitores e seguidores do Viva La Escrita.

Leo : Queridos leitores e seguidores, quero expressar minha profunda gratidão por todo o apoio e carinho que vocês têm demonstrado ao longo da minha jornada literária. Cada leitura, comentário significa muito para mim e me inspira a continuar explorando e compartilhando minhas palavras. Espero jamais decepcionar àqueles que tanto admiro e amo.

Muito obrigado a cada um de vocês por fazer parte dessa caminhada e por contribuir para o mundo literário com sua presença e apoio. 

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