ᵉˢˢᵃ ᵒᵇʳᵃ ᶠᵃᶻ ᵖᵃʳᵗᵉ ᵈᵃ ˢᵉʳⁱᵉ: "ᵗᵒᵈᵃˢ ᵃˢ ⁿᵒˢˢᵃˢ ᵉˢᶜᵒˡʰᵃˢ"
𝐆𝐢𝐨𝐫𝐠𝐢𝐚𝐧 𝐃𝐞 𝐀𝐫𝐫𝐚𝐬𝐜𝐚𝐞𝐭𝐚, meio campo do time do Flamengo, aparenta ter tudo o que todo mundo quer: fama, talento, dinheiro e uma linda esposa. No entento, no fundo do seu cor...
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Giogian estava inconsolável.
O Flamengo havia sido eliminado da libertadores.
Eles feziram jogos bem a baixo do que todos sabem que sao capazes, não conseguiram chegar ao gol e as poucas vezes que venceu o cadeado que a defesa do Peñarol fez, parou no maldito goleiro.
O camisa quatorze não havia jogado bem. Bom, quase ninguém ali, mas estavam pegando no pé dele principalmente por causa de uma entrevista onde ele disse que seu sonho era jogar pelo time uruguaio, estão dizendo no Instagram que ele entregou o jogo, que fez os dois primeiros jogos pelo clube, ainda jogando pelo Flamengo.
Isso é absurdo.
Giorgian de Arrascaeta, apesar de querer realizar um sonho de criança, não entregaria um jogo, ele é um homem bom, decente e honrado! Queria eu poder bater em todos os flamenguista que comentam esse tipo de merda nas redes sociais.
— Tú y yo sabemos la verdad, Gio. ¡El club también lo sabe, amor! [Eu e você sabemos a verdade, Gio. O clube também sabe, amor!] — acaricio seus fios ralos e platinados. Ele fecha os olhos suspirando, se aconchegando ainda mais no meu peito.
— Todavía me entristece que piensen eso, Tina. ¡Maldición! Están actuando como si cinco años jugando en el Flamengo fueran cinco días. [Ainda assim fico triste que eles pensem isso, Tina. Porra! Estão agindo como se cinco anos jogando no Flamengo fossem cinco dias.] — Ele lamenta, e eu também.
Por um lado, fico feliz que o Twitter não esteja funcionando, porque assim preserva a mente do meu namorado e dos outros jogadores. Eu entendo a torcida ficar puta com a situação, sei que são eles que mais sofrem quando mantém a esperança, fazem festa, comparecem no estádio e ainda assim, o time não corresponde com a expectativa.
Estão no direito de estarem chateados e tristes.
Mas ainda assim, as vezes eles pesam a mão e acabam adoecendo jogadores. Como por exemplo, na primeira passagem do Michael no clube, lembro pouco porque não mantinha contato com ele, mas me recordo de quando criticavam tanto ele, dizendo que ele era ruim e não sei o que lá, que ele ficou com depressão e se não fosse o Ribas, algo de pior poderia ter acontecido.
E graças a Deus não aconteceu!
Mas também porque além de serem colegas de time, eles também são uma família. Uma família grande e bagunçada, mas ainda assim, de alguma forma, estão lá um pelo outro.
