ᵉˢˢᵃ ᵒᵇʳᵃ ᶠᵃᶻ ᵖᵃʳᵗᵉ ᵈᵃ ˢᵉʳⁱᵉ: "ᵗᵒᵈᵃˢ ᵃˢ ⁿᵒˢˢᵃˢ ᵉˢᶜᵒˡʰᵃˢ"
𝐆𝐢𝐨𝐫𝐠𝐢𝐚𝐧 𝐃𝐞 𝐀𝐫𝐫𝐚𝐬𝐜𝐚𝐞𝐭𝐚, meio campo do time do Flamengo, aparenta ter tudo o que todo mundo quer: fama, talento, dinheiro e uma linda esposa. No entento, no fundo do seu cor...
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Acordo, ainda meio zonza. Aos poucos, abro meus olhos me acostumando com a claridade e a primeira pessoa que vejo é a Yasmim e as paredes brancas, do que eu imagino ser o hospital.
As lembranças de como parei aqui se tornam confusas. Era dia de mídia e eles sempre costumam ser mais longos, estava todo mundo a mil, correndo de um lado para o outro como se o CT estivesse pegando fogo. O dia estava sendo tão corrido que mal tive tempo de sair para almoçar, simplesmente esqueci.
E estava tudo bem, até minha visão ficar turva e eu simplesmente cair dura no chão. Antes de tudo ficar completamente escuro. Levo a mão até a cabeça, lembrando de sentir uma dor, como se tivesse batido em algo duro.
Yasmim está sentada em uma poltrona, lendo um livro, mas assim que percebe minha movimentação, pula da poltrona aliviada.
— Como você está? — Yas sorri preocupada, sentando ao meu lado. Sua mão toca a minha.
— Bem... — dou de ombros sorrindo, tentando transmitir que estou bem. Seus olhos descem até minha barriga em uma pergunta silenciosa. — Estamos bem, na verdade! — corrijo.
Ela suspira aliviada, e mesmo que tente esconder, seus olhos demonstram o medo de que eu sofra o mesmo que ela sofreu.
— Mas como relação a gravidez? Já aceitou? — Engulo em seco, forçando um sorriso.
— Claro!
Mas ela não acredita em mim, seu olhar desconfiado analisa até a minha alma me fazendo encarar o teto.
— Tina, ei... Olha para mim, vai! — pede. Seu tom gentil e doce me faz olha-la. — É um processo longo. Você não precisa se preocupar com nada agora, as vezes, aceitar que está gerando uma vida, leva tempo. Não precisa se sentir culpada.
Hormônios idiotas.
Engulo o bolo que se forma na minha garganta, segurando o choro que insiste em vir, quando ouço suas palavras amigas.
Me sinto culpada por sentir que estou atrasando minha vida com essa gravidez, me sinto culpada por pensar que não vou realizar meus sonhos, me sinto culpada por não estar animada como Giorgian está. Porra! Óbvio que me sinto culpada. Tenho medo de que, com todos esses pensamentos, eu não consiga amar o bebê quando nascer.
