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**Capítulo 10: A Falsa Morte**
A tensão no **Albuquerque Palace** atingiu seu ápice. O ataque da máfia de Sorrentino transformou o ambiente em um caos. Os tiros eram abafados pelos gritos dos convidados e pela correria dos seguranças. Izabel, Mavie, Lorena e os homens que estavam ao seu lado tentavam encontrar uma rota de fuga em meio ao desespero.
Maya e Filippi estavam perto, observando com atenção. Eles sabiam o que estava por vir. Filippi olhou discretamente para Maya, e ela assentiu quase imperceptivelmente. O plano estava em movimento.
Filippi se aproximou do grupo com um ar de urgência. — “Precisamos sair daqui agora! Não vamos aguentar se continuarmos expostos assim.”
— “Concordo,” Vincenzo respondeu, sua voz carregada de determinação. “Para a saída dos fundos, rápido!”
Todos começaram a correr em direção à saída, mas Filippi desacelerou o passo deliberadamente. Ele sabia que a hora de agir estava próxima. Assim que estavam a poucos metros da porta, os homens de Sorrentino apareceram, e o som de mais disparos ecoou pelo salão.
O momento chegou.
Filippi tropeçou para trás, como se tivesse sido atingido no peito. O impacto foi teatral, mas convincente. Ele caiu no chão com um gemido abafado, segurando a lateral do corpo, onde uma pequena bolsa de sangue falso começava a se espalhar pelo tecido de sua camisa.
— “Filippi!” Mavie gritou, a voz carregada de desespero.
Izabel e Lorena correram para ele, as lágrimas já surgindo nos olhos. Vinícius tentou se aproximar, mas o tiroteio o manteve distante.
— “Não... Filippi, aguente firme!” Lorena suplicou, se ajoelhando ao lado dele.
Filippi tossiu fracamente, seu rosto torcido em uma máscara de dor falsa. — “Eu... eu sinto muito... não consegui... proteger vocês...”
— “Não! Não fala isso, Filippi!” Mavie chorou, segurando sua mão. O peso da suposta perda já caía sobre o grupo.
Do outro lado do salão, Maya assistia à cena com olhos marejados, sua atuação impecável. Ela sabia que precisava parecer devastada. — “Filippi... meu Deus...” ela murmurou baixinho, a mão tremendo enquanto cobria a boca, como se estivesse em choque.
— “Precisamos tirá-lo daqui!” Izabel insistiu, a voz trêmula de medo. “Ele pode sobreviver, só precisamos de ajuda!”
— “Não... é tarde demais...” Filippi sussurrou, os olhos semicerrados. O momento dramático foi calculado com precisão. Ele sabia que logo os homens de Sorrentino viriam “recolher o corpo”, como planejado.
Vincenzo, olhando ao redor, sabia que não poderiam ficar. O perigo era grande demais. Ele se aproximou e puxou Mavie, que resistia a sair do lado de Filippi.
— “Temos que ir! Agora!” Vincenzo ordenou, sua voz grave.
Com lágrimas escorrendo pelo rosto, Mavie finalmente cedeu. Izabel e Lorena, em choque, também seguiram. Vinícius hesitou por um segundo, olhando para o corpo de Filippi antes de correr atrás do grupo.
***
Assim que o grupo estava fora de vista, os homens de Sorrentino se aproximaram de Filippi. Um deles se ajoelhou ao lado do corpo “sem vida” e verificou os sinais vitais.
— “Boa atuação,” disse o homem, baixinho, enquanto ajudava Filippi a se levantar.
Filippi abriu os olhos e sorriu levemente, respirando fundo ao ser erguido por seus aliados. — “Isso foi intenso, mas funcionou. Agora, a máfia de Petrov acha que estou fora de jogo.”
— “Sorrentino ficará satisfeito. Vamos levar você para um lugar seguro, curar seus ‘ferimentos’ e planejar nosso próximo movimento,” o capanga respondeu, enquanto outro homem ajudava a carregar Filippi para fora do cassino.
Filippi, apesar da encenação, sabia que aquela era uma jogada arriscada, mas uma jogada necessária. Agora, ele estava livre das suspeitas da máfia de Petrov e poderia trabalhar mais secretamente ao lado de Sorrentino, traçando os próximos passos para tomar o controle.
***
Do lado de fora, o grupo estava em choque. Mavie soluçava, seu corpo tremendo de tristeza. — “Ele não merecia isso... Ele sempre foi o mais otimista de todos nós...” ela murmurou, sendo amparada por Vincenzo.
Lorena e Izabel também estavam devastadas. Filippi havia se infiltrado de forma tão profunda nas vidas deles que sua morte parecia uma perda insuportável. Vinícius, em silêncio, estava sombrio, mas por dentro sentia um incômodo que ele não conseguia explicar.
Maya, por sua vez, continuava a encenar perfeitamente seu papel. Ela se aproximou de Mavie, abraçando-a. — “Eu não consigo acreditar... Ele sempre fazia piadas, sempre sorria... Isso é tão injusto...” Sua voz estava repleta de tristeza falsa, e as lágrimas em seus olhos pareciam genuínas.
— “Ele... nos salvou,” Vincenzo disse, tentando trazer algum consolo ao grupo. “Foi corajoso até o final.”
Maya assentiu, forçando um sorriso amargo. — “Sim, foi.”
Com o grupo de luto pela perda de Filippi e Maya cumprindo seu papel de espiã infiltrada, a noite se encerrava em um sentimento de derrota e tristeza. Ninguém ali suspeitava da verdade. Para eles, Filippi estava morto, um herói que havia caído na linha de fogo.
Mas, para Sorrentino e seus homens, o jogo estava apenas começando.
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**Continua...**
No próximo capítulo, as meninas e os homens de Petrov tentam lidar com a perda de Filippi, enquanto a máfia de Sorrentino continua a preparar seus planos, agora com seu espião protegido e ainda mais próximo do poder.
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Beijinhos da Garota da fanfic e da Garota do blog 💋 💋
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Noite de Apostas
FanfictionEm meio às luzes brilhantes e ao glamour de Las Vegas, Izabel Albuquerque, uma ambiciosa e destemida dona de cassino, cruza o caminho de Damon Petrov, o impiedoso chefe de uma poderosa máfia, movido por um único desejo: vingar a morte de seus pais...