Capítulo 46: Armadilha Morta

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O galpão mergulhava em um caos abafado, o som dos tiros ecoando nas paredes metálicas. Damon, Vinícius, e Vincenzo estavam presos dentro da armadilha cuidadosamente preparada pelos remanescentes da máfia de Sorrentino. O ar estava pesado de tensão, e cada movimento parecia mais crucial do que o anterior.

— "Precisamos sair daqui rápido!" Vincenzo disse, mantendo a pressão sobre o ferimento do braço, que começava a latejar novamente.

Vinícius observava o entorno com olhos afiados, procurando qualquer saída. Ele sabia que cada segundo perdido poderia ser o último. Damon, sempre estrategista, se abaixou ao lado de um dos corpos inimigos no chão, puxando o rádio de seu cinto.

— "Isso foi meticulosamente planejado," Damon murmurou para si mesmo, percebendo que o adversário havia antecipado seus movimentos. "Eles sabiam que viríamos."

Vinícius se aproximou, olhando diretamente para Damon. — "Então vamos dar a eles algo que não esperam."

**No lado de fora do galpão:**

Enquanto isso, os reforços que Damon havia chamado antes de entrar começaram a se posicionar nos arredores. Alguns de seus homens, junto com aliados das máfias que se uniram a ele, esperavam por qualquer sinal de que o plano estava dando certo ou que precisariam intervir.

Mavie, Lorena e Izabel, que estavam mantendo contato de longe, começaram a sentir a crescente ansiedade. Estavam preocupadas com o silêncio vindo do galpão e a falta de notícias. Elas sabiam que algo havia dado errado, mas eram incapazes de fazer qualquer coisa a não ser esperar.

— "Algo não está certo," Lorena disse, seu tom firme, mas com a inquietação clara em seus olhos. "Não teríamos tanto silêncio se tudo estivesse indo conforme o esperado."

— "E se... e se algo tiver acontecido com eles?" Izabel murmurou, os braços cruzados, o coração apertado.

Mavie, apesar de também estar preocupada, tentou manter a calma. — "Precisamos confiar que eles vão sair dessa."

**Dentro do galpão:**

Damon encontrou um mapa rudimentar entre os pertences de um dos capangas caídos e o estudou por alguns segundos. Uma possibilidade de fuga se formou em sua mente.

— "Há uma saída pelos túneis subterrâneos," ele disse, sem hesitar, ao mostrar o mapa para Vinícius e Vincenzo. "Podemos sair por lá, mas precisaremos atravessar a base principal dos inimigos."

— "Não temos muita escolha," Vincenzo respondeu, apertando os dentes ao sentir a dor no braço. "Se ficarmos aqui, é só uma questão de tempo até nos encontrarem."

Vinícius concordou. — "Vamos fazer isso."

Com a decisão tomada, os três avançaram em direção à base, passando por corredores estreitos e mal iluminados, preparados para enfrentar qualquer resistência. O grupo estava em silêncio, cada um concentrado na missão à frente.

**Enquanto isso, fora do galpão:**

A tensão do lado de fora aumentava, e os reforços, liderados por um dos tenentes de Damon, começaram a se mover em direção ao galpão, prontos para invadir, se necessário.

Izabel não aguentava mais esperar e, determinada, pegou seu celular para tentar ligar para Damon. A ligação não completava, e o nervosismo crescia.

— "Eles vão sair dessa," Mavie repetiu, como se estivesse tentando convencer a si mesma.

Lorena observava as movimentações dos homens ao redor. — "Se isso durar muito mais, eles vão entrar. Não podemos ficar aqui só esperando que tudo acabe bem."

— "Mas o que podemos fazer?" Izabel perguntou, frustrada. "Eles nos deixaram de fora exatamente para não nos envolvermos nisso."

**No interior do galpão:**

Ao chegar na entrada dos túneis subterrâneos, Damon, Vinícius e Vincenzo se depararam com um obstáculo: guardas da máfia estavam posicionados estrategicamente, prontos para defender a área a todo custo.

— "Vamos acabar com isso rápido," Damon disse, calculando cada movimento. "Precisamos ser precisos e silenciosos."

Os três homens se posicionaram e, em sincronia, avançaram, eliminando os guardas com agilidade e precisão. Cada golpe era certeiro, sem margem para erro.

— "Estamos perto," Vinícius sussurrou. "Vamos conseguir."

Damon, sempre alerta, percebeu algo estranho quando se aproximaram do final do túnel. — "Algo não está certo…"

De repente, uma explosão sacudiu o túnel, fazendo as paredes tremerem violentamente. O impacto jogou os três no chão, cobertos de poeira e destroços.

— "Merda! O que foi isso?" Vincenzo gritou, segurando o braço ferido.

Damon se levantou rapidamente, tossindo. — "Eles sabiam que iríamos usar os túneis. Isso era uma armadilha também!"

A explosão bloqueou a saída planejada, deixando-os novamente sem opções. A situação estava ficando crítica. Com a poeira ainda caindo ao redor deles, Damon sabia que precisaria pensar em um plano de contingência — e rápido.

— "Não podemos ficar aqui. Precisamos encontrar outra saída antes que eles nos cerquem," Damon disse, sua mente correndo.

**Fora do galpão:**

Os reforços já estavam prontos para entrar. O som da explosão do lado de dentro ecoou pelo local, e o pânico começou a crescer. Mavie, Izabel e Lorena souberam que algo estava muito errado.

— "Eles precisam de ajuda," Izabel disse, decidida.

Antes que alguém pudesse impedi-la, ela começou a caminhar em direção ao galpão, determinada a encontrar Damon e garantir que ele estivesse seguro.
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