Prólogo

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O telefone de Ariel toca insistentemente tempos depois dela chegar de mais um fatídico dia de trabalho nas Consolidações Brown. Hoje foi um dia daqueles em teve que ficar até tarde para organizar uma papelada.

Era o braço direito do CEO, o que não era nada fácil por ser amiga de seu chefe, e também ninguém precisava saber que tinha um amor platônico por ele, mas pelo fato de ser o oitavo solteiro mais cobiçado de New York, segundo a revista de fofocas que as meninas da recepção estavam lendo, fazia com que ele fosse assediado por todas e ter até fã clube, e ela sabia também que ele adorava se divertir com suas fãs.

Ariel estava confortável dentro de sua banheira e decidiu deixar o telefone tocar até a pessoa do outro lado desistir. O que não aconteceu, levantou-se contragosto de sua banheira de água quentinha e perfumada, envolveu o corpo com uma toalha e saiu pisando duro rumo à sala, não se importou pelo fato de esta encharcando o seu piso de Carvalho.
Em sua cabeça a única pessoa que gostava de ligar para o seu telefone fixo só para vê-la irritada era Willan, e se perguntou porque nunca desativou aquela porcaria. Provavelmente estava ligando só para falar que Gianna o mandou dormir no sofá da sala outra vez, por alguma merda que ele cometeu.

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Do outro lado da cidade em um motel qualquer, Benjamin desfazia os botões do vestido de Sara, a loira siliconada do RH, que adorava esquentar sua cama quando o telefone tocou insistentemente em algum lugar daquele quarto. Ela fez sinal negativo com a cabeça para Ben não atender e o beijou vulgarmente, enfiou seus dedos debaixo de sua camisa e arranhou seu abdômen com suas unhas postiças. Ele a afastou subitamente não se importando se a tinha machucado e foi em direção ao seu telefone que ainda tocava.

...

- Srta. Walker precisamos que alguém reconheçam os corpos, para darmos o processo de retirada. - Uma voz grave e rouca informava Ariel do outro lado da linha.

- O ... O que? Já avisaram os outros? - Ariel soluçava do outro lado e não conseguia acreditar em que o detetive dizia. - E a bebê? Eles tinham uma bebê... Ela estava lá? A meu Deus ... Estarei aí em alguns minutos.

- Desculpe-nos, Srta. Walker, mas não conseguimos informar mais ninguém, o seu e o do Sr. Brown eram os únicos nomes na lista de emergência. - Explicou o detetive.

- Tudo bem, - Fungou - O Sr. Brown já foi avisado?

- Sim, sim ela já está a caminho.

Ariel caiu de joelhos no chão molhado e fitou o nada, o telefone caiu de sua mão em um baque surdo no carpete. não acreditava que as únicas pessoas que restaram de sua família estavam mortos, não podia ser. Deus não faria isso - Pensou.

Willan havia ido e não cumpriu com sua promessa, havia à deixado, pra quem ela iria recorre quando o desespero batesse igual agora!?

Foi até o quarto e vestiu uma roupa qualquer, colocando por cima um sobretudo vermelho, prendeu os cabelos em um rabo-de-cavalo mal feito, pegou as chaves do carro e saiu correndo de casa, dirigiu velozmente pela cidade, que graças a Deus o trânsito já estava calmo devido a hora, por estar tarde. Não conseguia parar de pensar em Willan e Gianna. Não acreditava que tudo estava se repetindo outra vez.

Willan foi seu melhor amigo desde sempre, a amizade começou quando a bola de Ariel caiu dentro da casa dos Becker e quando a garotinha de cinco anos tocou a campainha um menininho de mais ou menos sete anos, de cabelos loiros esperados e olhos azuis profundos, abriu a porta com a bola debaixo do braço.

Unidos Pelo Destino {CONCLUÍDA}Onde histórias criam vida. Descubra agora