Capítulo 13

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- Ariel Megan Walker - Sua voz estava partida, sua respiração acelerada - Você aceita ser minha para o resto de nossas vidas? Ele fez uma pequena pausa para perguntar aquilo que mudaria nossas vidas para sempre. - Quer casar comigo?

Um bolo se formou em minha garganta, os soluços saltaram e meu corpo começou a tremer quando eu respondi.

- Não.

ELE

O NÃO, pronunciado pela moça linda, de lábios vermelhos e olhos tristes banhados em lágrimas, ainda zumbiam em meus ouvidos.

Fiquei estacado no lugar e não sei por quanto tempo permaneci assim.

NÃO

NÃO

NÃO

Como assim não?

Sai de meus devaneios com o som da babá eletrônica, observei o corpo de Ariel debruçado nos travesseiros. Meu cérebro informava meu corpo para se mover e fazer alguma coisa, mas ele não respondia a seus comandos.

O barulho foi ficando cada vez mais alto e o meu instinto me obrigou a correr para onde minha filha chorava desesperadamente em seu berço, com sua chupeta inseparável largada no chão.

Aproximei e vi seu rostinho de anjo, molhado pelas lágrimas. Rapidamente a peguei no colo, abracei seu corpinho quente, e permiti que minhas grossas lágrimas rolassem também.

Sentei com ela na poltrona de amamentação, sussurrando palavras doce em seu ouvidinho, ela foi se acalmando aos poucos.

Sua respiração já estava lenta e ritmada quando coloquei-a no berço novamente, seus olhos se abriram e um biquinho se formou. Peguei-a outra vez e procurei uma chupeta nova, liguei o som em forma de urso que ficava em seu quarto e comecei balançar o corpo em uma dança lenta.

O que estava acontecendo com minha outra garota? Ela dificilmente acorda durante a noite. Acho que ela está sentindo toda essa tempestade que se formou em nossas vidas.

Talvez tenha se passado horas, quem sabe, quando Emmy dormiu de verdade.

Sai de seu quarto quando Emily já ressonava tranquila agarrada ao seu coelhinho de pelúcia, e fiquei parado no corredor.

A luz do nosso quarto ainda estava acesa e nenhum sinal de movimento veio de lá.

Deve ter dormido!

Adentrei devagar e um par de olhos azuis me fitava intensamente.

- Ela conseguiu dormir? - abraçou os joelhos...

- Hum, rum. - não consegui falar mais do que isso.

Passei pela cama cabisbaixo e senti o peso do de seu olhar em minhas costas. Entrei no closet e apoiei as mãos na parede, suspirei segurando o bolo que se formava em minha garganta. Troquei de roupa e já estava saindo do quarto quando ela falou.

- Eu não posso! - Encarei-a enxugar uma lágrima solitária com as costa da mão - Eu não posso ser essa mulher.

- COMO NÃO? - gritei exasperado, foi mais forte, tinha que gritar aquele bolo que estava em minha garganta, puxava meus cabelos descontrolado, o ar em meus pulmões era pesado, não conseguia ficar parado, tinha que ficar em movimento, minha cabeça fervia - VOCÊ JÁ É MINHA MULHER.

Meu coração doia tanto ver ela chorando. Ela ficou de joelhos agarrada ao lençol.

- Porque não? - minha voz não passava de um sussurro.

Unidos Pelo Destino {CONCLUÍDA}Onde histórias criam vida. Descubra agora