"Conspirações"Ao retornar ao castelo, Darius foi direto para o grande salão do conselho privado, acompanhado por seus guardas. Depois da guerra, agora era o momento de se preocupar com os danos causados por ela.
Ao chegar à grande porta de madeira do salão do conselho real, Darius fez uma pausa, respirou fundo e abriu as portas, que rangeram. A visão que teve ao entrar foi de todos os seus conselheiros já sentados em seus assentos, que rapidamente levantaram, curvaram-se e sentaram-se novamente ao redor da longa mesa de carvalho.
Darius foi até sua cadeira e sentou-se, recostando-se impacientemente.
— E então, senhores? Temos muito trabalho pela frente, mas espero que todos aqui desempenhem seu papel com inteligência e não me causem mais dores de cabeça e preocupações! — ele olhou em volta.
Os conselheiros acenaram com a cabeça, agora era hora de discutir as medidas necessárias para restaurar a ordem e regressar à prosperidade na Romênia.
— A guerra afetou nossos cofres — disse Leone, o mestre da moeda — Precisamos de recursos para a reconstrução das áreas destruídas, para remédios, soldados e aldeões feridos.
— Deixem os aldeões pra lá, o importante agora são os nossos soldados! Enfim, essas pessoas sempre morrem cedo! — comentou Radu.
Vlad olhou para ele e não disse nada, logo voltando sua atenção para Leone.
— Talvez Katerina seja útil neste caso. Acredito que os cofres do Vaticano possam fazer uma... Doação generosa.
— Sinto muito, mas a fala do Radu foi um tanto infeliz. O povo mantém esse reino em movimento, precisamos cuidar de todos! — disse o grande mestre Cassius — Precisamos dar abrigo a esses pobres coitados!
— Ofereça então seus aposentos, grande mestre! — Radu respondeu, criando uma tensão estranha no ar.
— Por favor, não me faça perder a paciência. — disse Darius, em tom sério e autoritário. — Você tem algo para me dizer, mestre da guerra?
— Já estamos recrutando homens para substituir os que perdemos, senhor.
— Obrigado, Magnus. Pelo menos um de vocês já se mexeu!
Todos se entreolharam, sentindo-se um tanto inúteis.
— Algo mais?
— Antes de você chegar, Radu entrou no assunto de um herdeiro. — Cassius olhou para Vlad enquanto falava — E todos concordamos que agora, mais do que nunca, você precisa de um herdeiro, meu rei. Você tem inimigos que são aliados dos otomanos, não sabemos o que eles poderão tentar assim que acharem que baixamos a guarda.
Vlad ajustou sua postura e continuou ouvindo pacientemente, ou pelo menos tentando. Esse maldito assunto de novo, sempre o fazendo se sentir impotente.
— Além disso, um herdeiro fortaleceria sua posição e consolidaria seu legado. O povo precisa de estabilidade e continuidade, sem guerras para quem assumiria caso algo lhe acontecesse.
— Irmão, você sabe que nossa família sempre foi alvo de carniceiros traiçoeiros. Um herdeiro não só garantiria a segurança do nosso reino, mas também protegeria a nossa linhagem contra aqueles que desejam ver-nos falhar.
— Eu sei, mas não acho que Katerina possa ter filhos. Todas as nossas tentativas foram falhas, mas continuarei tentando. — ele disse.
Os conselheiros trocaram olhares preocupados, enquanto Radu franzia a testa. A sala caiu em um silêncio tenso enquanto todos processavam a gravidade da situação. Porém, Radu não escondeu o que pensava, então continuou:
— Não podemos simplesmente aceitar isso. Precisamos explorar todas as possibilidades, mesmo que isso signifique procurar ajuda médica ou considerar outras opções!
— Que outras opções! — Darius olhou para ele, agora irritado.
— Talvez outra esposa!
— Isso só seria possível se a rainha morresse e Vlad se casasse novamente. Ou se o Papa anular o casamento, mas seria necessário de um bom motivo para isso! — disse Cassius, enquanto os outros não ousaram dizer mais nada.
Após o término da reunião, Darius foi para seus aposentos e os demais retornaram aos seus afazeres.
Fora das muralhas do castelo, nas primeiras horas da noite, Petrus e Edmund estavam na taberna famosa por receber soldados, tendo muitas mulheres e bebida boa.
Enquanto Edmund desfrutava dos seios fartos de uma prostituta, Petrus apenas bebia e prestava atenção nas pessoas ao seu redor. Ele tentou relaxar e ficar longe das mulheres, nenhum desses prazeres o atraía momento.
Edmund percebeu que Petrus estava voando em seus pensamentos, então dispensou a prostituta dando-lhe um último tapa na bunda.
— O que foi, Petrus? Seu pau caiu?
— Como é? — Petrus olhou para Edmund.
— Escuta, você é o filho da puta do soldado mais bonito de todo o exército, você chama a atenção só com esses cabelo, que por sinal é muito sedoso, o que você usa?
— Vai se fude, Edmund. — murmurou.
— As mulheres sempre escolhem você primeiro, por que você não está aproveitando isso? Estamos vivos, esses prazeres da vida são maravilhosos, a gente merece, porra!
— Não estou com disposição para isso.
— Ok, mas o que aconteceu antes? Pelo que soube, você acompanhou a rainha em sua caminhada matinal.
— As notícias correm rápido, né? De onde eu venho isso se chama falta do que fazer! — ele balançou a cabeça e ergueu o copo de cerveja, tomando o último gole e batendo o copo na mesa logo em seguida, levantando e indo embora.
— Que mal humor. É falta de sexo! — disse Edmund, que quando viu sua amanada prostituta ignorou o fato de Petrus está indo embora e foi atrás dela.
De volta aos castelo, na sala privada do grão-mestre, três batidas foram ouvidas na porta de madeira. Quando Cassius abriu, Radu empurrou a porta com força e entrou, quase fazendo o senhor cair para trás. Ele fechou a porta e olhou para o mestre, que não entendia o motivo da visita inesperada.
— Que motivos fariam com que o casamento de Vlad fosse anulado? Me diga tudo e mantenha total sigilo dessa conversa, ou a garganta da puta que dorme com você será cortada na sua frente, e logo depois, a sua também! — ele sorriu.
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OBRIGADO E BOA LEITURA!!
Aviso: Sir Edmund adicionado aos cast!
(Erros ortográficos serão corrigidos)
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𝗦𝗔𝗡𝗚𝗨𝗘 & 𝗔Ç𝗢
FantasyO amor desafia o destino, a traição testa os laços mais fortes e a guerra revela a natureza oculta dos homens. Um mundo onde a fé e a espada estão em constante conflito.