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"Quem está acima de quem!"

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"Quem está acima de quem!"

Com o passar dos dias, a Transilvânia voltou a ser o mesmo lugar de antes. O apelo de Katerina por ajuda ao pai foi ouvido, e agora os plebeus tinham algo para comer, algo para cultivar, e homens e meninos fortes eram aos poucos recrutados para se juntarem ao exército da ordem do dragão.

Katerina ficou à frente de tudo o que dizia respeito aos pobres e às crianças. E agora todas as manhãs, em frente a muralha que guardava o castelo, pão e leite quente eram distribuídos às crianças, e ela fez questão de estar presente em todas elas, com a sua Dama ao seu lado.

— Aqui, pegue com cuidado — disse ela, entregando o copo de leite para a criança que estava à sua frente. Era um menino, um pouco sujo, com roupas velhas e cabelo bagunçado.

— Obrigado! — ele agradeceu, dando um sorriso e depois mordendo o pão fresco e macio.

— Obrigado, majestade! Tenha boas maneiras! — Minerva repreendeu, fazendo os olhos do garoto se arregalarem.

— Me desculpe, my Lady! Obrigado, majestade! — ele se corrigiu rapidamente, com a boca cheia de pão. Ele curvou-se e saiu da fila rapidamente.

— Minerva! — Katerina olhou séria para ela — Não precisava disso, é só uma criança! Entendo que boas maneiras devem ser aprendidas desde cedo, mas definitivamente não é hora para isso!

— Perdoe-me, majestade. Não foi por mal, só fiz o que sou paga para fazer.

— Tudo bem —  disse ela, afastando-se dos outros servos que continuavam a servir as crianças. — Vamos entrar — ela segurou o vestido e caminhou até os portões, adentrando a grande muralha — Pretendo mandar doar roupas novas para essas crianças, e que água seja liberada para que elas possam tomar banho. É o máximo que posso fazer, Darius está meio que tentando me barrar porque segundo o seu conselheiro de confiança, Radu, eu gasto muito com o que não é necessário.

— Sua ideia é ótima! Não creio que ele negará nada se Radu não estiver por perto. — disse Minerva, que caminhava pelo jardim ao lado da rainha.

O ar estava fresco novamente, o cheiro podre não estava mais presente, e tudo pareciam estar ganhando cor novamente.

Katerina usava um vestido vermelho, de mangas flair compridas, com um decote em v e um cinto dourado de tecido que ajustava a peça em sua cintura. Seu cabelo estava solto, ondulado e preso nos lados em duas pequenas tranças. Ela era graciosa, inspirava recomeço!

— Radu virou um problema, ele faz a cabeça de Vlad com essa historinha de família. Mas para mim, é apenas teatro barato. Ele quer mais, muito mais. —  Ela juntou as mãos enquanto caminhava.

— De fato, você deve ficar esperta! Mas então, Katerina, preciso te pedir uma opinião! Sobre Sir Petrus! — ela sorriu, olhando para frente.

— É? Me conte, ele fez alguma coisa? — Ela olhou para Minerva, que estava prestes a falar, mas uma voz familiar soou logo atrás.

— Olha como você está diferente! — Ele disse.

Katerina olhou para trás e encontrou Fergus, seu primo favorito. Um sorriso se formou em seu rosto e ela não pôde deixar de ir até ele lhe dar um abraço.

— Oh céus, quando você chegou?

— Há algumas horas, mas ouvi dizer que a rainha estava entre os pobres — brincou — Brincadeira, o seu gesto é gentil e bondoso! — Ele disse se afastando do abraço, agora podendo olhar melhor para ela.

— Alguém tem que cuidar dos mais necessitados! — ela sorriu — Vamos, vamos entrar! Ah, tantas coisas que quero te contar! Minerva, me desculpe, conversamos em outro momento, tudo bem? — ela olhou para a Dama, e Fergus sorriu e acenou.

— Claro! — ela assentiu.

Katarina entrelaçou o braço ao de Fergus e eles caminharam em direção à porta do castelo.

Já nos corredores, enquanto caminhavam e conversavam sobre os últimos tempos, os dois se depararam com Radu, que estava saindo do escritório de Darius.

Katarina juntou as mãos, colocando uma em cima da outra, e esperou Radu se aproximar. Fergus assistiu em silêncio, pois não se dava muito bem com o soldado. Radu fez uma reverência cortês e pegou a mão de Katarina, dando um beijo sem tirar os olhos dos dela.

— Majestade — disse ele, sorrindo — Mais que surpresa agradável!

— Receio não poder dizer o mesmo, querido cunhado! — Ela puxou a mão bruscamente. Radu olhou para Fergus, analisando o homem de cabelos e olhos castanhos.

— Eu não sabia que agora a rale podia circular pelos corredores do castelo. — disse Radu, com ar de deboche.

— Então você deseja parar de frequentar o castelo? — perguntou Katerina, entrelaçando os dedos.

— Um soldado que joga contra o seu próprio lado? Isso é um tanto suspeito, querida prima. — Fergus respondeu, como sempre fazia com qualquer comentário desagradável do irmão bastardo do rei.

— Como é? — o soldado levantou um pouco a voz e deu um passo à frente em direção a Fergus, que recuou um pouco assustado.

Katarina entrou na frente de Fergus, ficando cara a cara com Radu. Ela olhou para ele com uma expressão relaxada, não disse uma palavra e esperou para ver o que o cunhado faria. Radu olhou para Fergus por cima do ombro da rainha, depois olhou para ela e deu um passo para trás.

— Excelente. Acho bom você ter noção de quem está acima de quem aqui. Não provoque mais meu primo, ele é meu convidado e merece respeito! Agora volte ao trabalho, soldado. — ordenou.

Radu, como sempre, não teve palavras para responder, então simplesmente saiu, seguindo seu caminho original.

— Nossa, que clima mixuruca! — disse Fergus, colocando a mão no peito e dando um suspiro de alívio. O que ele tinha de inteligente, tinha de medroso.

— Deixe de ser medroso, ele não vai te fazer mal nenhum! Em fim, irei à igreja em algumas horas, então venha, vamos voltar ao assunto anterior! — ela sorriu, entrelaçando seu braço com o de Fergus novamente.

— Tudo bem, vamos, mas acho que você deveria ter cuidado. — alertou o primo Fergus.

No estábulo do castelo, Sir Petrus conversava com seu cavalo, terror negro, enquanto penteava sua crina. Ele falava como se ele fosse entendê-lo e comentou sobre as poucas noites que passou conversando com Katerina na torre abandonada.

Minerva, depois de tanto procurar, finalmente encontrou o soldado. Ela certamente estava animada ao entrar estábulo, mas quando ouviu o nome de Katerina sendo dito pelo soldado, recuou e se escondeu, ouvindo atentamente o que Petrus dizia.

 Ela certamente estava animada ao entrar estábulo, mas quando ouviu o nome de Katerina sendo dito pelo soldado, recuou e se escondeu, ouvindo atentamente o que Petrus dizia

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(Erros ortográficos serão corrigido)

𝗦𝗔𝗡𝗚𝗨𝗘 & 𝗔Ç𝗢Onde histórias criam vida. Descubra agora