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"Meu guerreiro"

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"Meu guerreiro"

— Seu imundo! Quem te mandou aqui? —  gritou o carcereiro, intimidando ainda mais o agressor da rainha.

— Não sei, não sei! Tudo que me lembro é de acordar em meio aos gritos e os guardas me arrastando para fora dos aposentos da rainha! — choramingou o homem, acorrentado no meio daquela sela suja, úmida e pequena.

— Mentiroso! — o carcereiro lhe deu um tapa — Você será decapitado por ordem do rei! — ele gargalhou de modo grosseiro, encarando a figura do homem condenado à morte.

Rumores sobre o que havia acontecido já circulavam por toda a Transilvânia, especialmente o que o prisioneiro falava.

Eram por volta de 13h30 e Katarina ainda estava em seu quarto. Ela não saiu nem recebeu ninguém durante toda a manhã, apenas ficou sentada com suas vestes de dormir, observando o horizonte além das muralhas do castelo. Seus longos cabelos estavam soltos e voavam para onde o vento levava.

Fergus e Minerva tentaram fazê-la sair, mas naquele dia tudo que ela precisava era de paz. Precisava dar à sua mente o privilégio do silêncio, e então retornaria às suas tarefas como se nada tivesse acontecido. O ataque assustou a jovem rainha, mas não lhe tirou a coragem. Quem estivesse por trás disso seria pego.

— Como é que ele não se lembra de nada? — Edmund questionou enquanto observava Petrus treinar seus jovens alunos.

— Não sei, essa história não tem sentido. Ele deve estar mentindo para tentar se manter vivo, todos sabem que Katarina é piedosa. — disse Petrus.

— Logo ele será executado.

- De onde eu venho as bruxas fazem magia negra para que os homens façam coisas por elas... E aí eles não lembram. - disse o menino James, aproximando-se timidamente do general e do soldado. - Não lembram de nada o que fizeram, a não ser que acordem do transe no meio.

Petrus e Edmund se entreolharam e depois olharam para o menino.

— E de onde você é? — perguntou Petrus.

— Eu morava em uma pequena aldeia antes de vir pra cá. Que como a maioria, se desfez aos poucos. Mas pelo pouco que sei, no Valle Sombrio ainda existe quem mexa com essas coisas também.

— Hum. Escute James, não comente isso com mais ninguém, certo? — o general tocou o ombro do menino, que balançou a cabeça em concordância.

No salão do grande conselho, todos discutiam o evento recente. Todos tinham opiniões sobre as motivações para tal ato e todas as opções tinham interesses políticos por trás. A Romênia ainda estava se recuperando e, com a guerra, pessoas de todos os cantos voltaram a olhar para aquele lugar, rico em mistérios que muitos adorariam desvendar.

— Isso é um sinal de alerta, por Deus! Eles estão tentando nos desestabilizar e nos assustar! Tentando nos fazer suspeitar de quem mora sob nosso teto! - disse Radu.

𝗦𝗔𝗡𝗚𝗨𝗘 & 𝗔Ç𝗢Onde histórias criam vida. Descubra agora