P.O.V. Jane.
Sou Lady Jane Parker Gray filha mais velha da Lady Sophie Anne Gray e do Lorde Tristan Gray. Parker era o sobrenome de solteira da minha mãe, ela insistiu em colocá-lo em todos os seus filhos e como meu pai sempre fazia todas as suas vontades é claro que assim foi feito. Minha mãe faleceu ontem á noite e hoje é seu funeral. A casa parece mais silenciosa, mais triste sem ela é como se a mansão soubesse que ela partiu.
Minha mãe não era nobre, nem rica. Ela era como nenhuma outra, isso porque ela nasceu dia 31 de outubro de 1997. Ela assim como meu pai era uma viajante no tempo, a diferença é que meu pai nasceu neste nosso século e enquanto minha mãe veio do futuro. Mamãe era uma mulher a frente de seu tempo e nos ensinou a sermos como ela. Tenho mais dois irmãos, Lucinda Parker Gray a filha do meio com seus longos cabelos escuros iguais aos de ambos os nossos pais quando eram jovens e olhos cor de jabuticaba. E o meu irmão mais novo John Patrick Parker Gray que foi nomeado em homenagem aos nossos dois avôs paternos.
E agora estamos todos reunidos para velar e enterrar a nossa mãe. O cortejo seguiu pela rua e nós acompanhamos até chegarmos ao cemitério onde nos sentamos para ouvir a missa juntamente com nossos empregados e amigos mais próximos. Meu pai estava num estado que era de dar pena, parecia completamente alheio a tudo o que se passava ao seu redor de tão absorto que estava em sua tristeza. Todos choramos e lamentamos, deixamos cada um uma rosa branca no túmulo de mamãe. Rosas brancas eram suas favoritas porque significam Sou Digno de Você.
Pode-se dizer muitas coisas de minha mãe, mas não que ela era fútil. Ela era tudo menos fútil. Mamãe era do tipo que preferia o conteúdo á forma. Gostava de assistir á Óperas, nos ouvir tocar o piano, ler bons livros. E ela sempre tratou os empregados com a maior gentileza e cortesia, acho que nunca a ouvi dar uma única ordem á eles. Ela sempre pedia por favor. E como ela não queria que nós fossemos... "pentelhos mimados e cruéis" pelo menos uma vez por semana éramos obrigados a ajudar os empregados com suas tarefas.
Lavar a louça não vai fazer cair a mão- Ela dizia. Apesar dela nos ter treinado em artes marciais, mamãe jamais admitiu que batêssemos nos empregados. Eu me lembro de quando ela pegou John batendo na filha de uma das criadas da casa. Nossa! Naquele dia minha mãe ficou realmente furiosa. Ela agarrou John pelo braço e disse olhando no fundo dos olhos dele que não admitiria que um filho seu levantasse a mão para uma mulher, disse-lhe que apenas homens covardes e mau caráteres batiam em mulheres e perguntou á meu irmão se ele era covarde. Ela o fez pedir desculpas á Joana. E como castigo ele teve que ajudá-la nas tarefas domésticas por uma semana inteira.
Apesar das excentricidades ela sempre foi uma boa mãe, muito gentil, carinhosa e presente. Quando ficávamos doentes ela deixava de ir a bailes para ficar em casa cuidado de nós, nos amamentou a todos de seus próprios seios recusando-se a nos entregar para a ama de leite. Brincávamos juntos, dançávamos, cantávamos. Nossa infância foi feliz por causa dela. E como uma mulher vinda do futuro ela tinha vários conhecimentos específicos sobre anatomia, medicina, astronomia, ervas, eventos históricos que fez questão de passar para nós.
Após o sepultamento tivemos que praticamente arrastar nosso pai para longe do túmulo de mamãe e para fora do cemitério. Foram semanas sombrias as que se seguiram, guardamos luto pela morte dela e todos ficaram tristes com seu falecimento. Entretanto convenci meu pai a me deixar ir a uma viajem de pesquisa para a África, mas papai impôs uma condição. A de que nós três fossemos juntos. Como uma família e sem ter muita escolha aceitamos. Partimos para a África amanhã com o raiar do dia. Vamos viajar de primeira classe.
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A Lenda de Tarzan. -Minha Versão
FantasyEsta fanfic é uma continuação da minha história original SEPARADOS PELO TEMPO. Após a morte de sua mãe, Lady Jane Grey e sua família vão á uma viagem de pesquisa na África, mas ela não esperava encontrar lá um homem selvagem e muito menos se apaixon...