A Lenda de Tarzan. -Minha Versão

Evolução

P.O.V. Jane.

Ele aprende e aprende muito rápido. Já tem uma semana que Tarzan está ficando conosco no acampamento, saímos da tribo e estamos indo cada vez mais fundo na selva. Nesta uma semana ele já está sabendo falar, formular sentenças e caminha um pouco. É claro que preciso segurar nas suas mãos já que ele não tem muito equilíbrio. Passa a maior parte do tempo correndo de quatro como um gorila. É algo realmente único. Um homem que se move e por vezes se comporta como um animal.

P.O.V. Lorde William.

Jane está fascinada com o seu novo bichinho. Passa todo o seu tempo observando-o, ensinando-o, cuidando dele. O maldito homem macaco. Até hoje quero saber onde foi que este energúmeno encontrou aquela Opala imensa com a qual presenteou Jane. Mas, ele não sabe falar direito. Me aproximei do primata.

-Sabe, ela está empolgada com você. O homem macaco. O novo projeto de ciências da Jane, mas você não é homem para ela. É tão inculto, mal fica em pé. Jane é uma Lady, veio de uma família distinta, é uma mulher culta e elegante. Jamais olharia para uma fera como você. Maldita besta ignorante.- Falei para aquele ser.

Jane e sua irmã haviam ido até o rio para lavar as roupas. O homem macaco já é capaz de usar roupas, nada além de um par de calças. MINHAS Calças!

P.O.V. Tarzan.

Eu não gosto dele. Clayton. William Clayton. Ele é mau. Estávamos na selva quando ele fala um monte de coisas ruins sobre mim, ele pensa que eu não entendo. Então me levantei e agarrei no pescoço dele.

-Essa é minha casa. Minha selva e você não é convidado. Você besta ignorante, Clayton. Você... fraco Clayton. Se você malvado com Jane... Tarzan mata Clayton.- Falei olhando bem no fundo dos olhos dele. O rosto ficou vermelho, Clayton não respira. Vi os olhos... Clayton com medo.

Quando soltei, ficou quieto. Parece que Clayton não tão ignorante. Depois de Jane e Lucy voltar continuamos caminhando, caminhamos dia todo, mas não podemos mais caminhar.

-Precisamos de abrigo. Tempestade vindo.- Falei.

Nós fomos andando pela selva, estávamos quase chegando no abrigo, mas tempestade chegou primeiro então tivemos que avançar. E Jane encontrou abrigo, Casa na Árvore.

P.O.V. Jane.

O lugar está caindo aos pedaços, está em ruínas, as cortinas estão rasgadas, a madeira está podre. Esta casa na árvore está aqui á muito tempo e á muito foi abandonada, mas vai servir para nos abrigar da chuva. Entramos e já lá dentro eu vi móveis e outros objetos. Caminhando pela casinha eu vi um retrato pendurado na parede e quase tive um filho pela boca. 

-Meu Deus!- Falei olhando o porta retratos. 

Peguei-o na mão e reconheci aquelas pessoas de imediato. Estes são Lorde John Clayton II, sua esposa Lady Alice Clayton e no retrato ela tinha nos braços um bebê. Seu filho Lorde John Clayton III. Olhei atentamente para a figura do bebê, que coisinha linda ele era. Prestei atenção nos olhos e os olhos, aqueles olhos. Na hora tive um estalo. Lentamente virei a minha cabeça e encarei o homem da selva. Senti minha boca abrir num O perfeito.

-Meu... Deus!- Exclamei novamente.

Deixei o retrato de lado e fui até a escrivaninha onde haviam diversos papéis já gastos, mal se lia qualquer coisa lá. Mas, continuei remexendo naquilo, até acidentalmente acionar um mecanismo que abriu um compartimento secreto da escrivaninha e lá dentro do compartimento eu encontrei um diário com capa de couro e na capa já gasta estava escrito o nome Lorde John Clayton II. Abri o diário e comecei a ler. Lá o Lorde escrevia para seu filho, contando-lhe sua história, a verdade sobre sua ascendência, sua família, seu título. E dentro do diário estavam os documentos para provar tudo aquilo.