Epilogo

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Varian abriu lentamente os olhos, sentindo o calor suave da areia e o frescor das ondas que tocavam sua pele. O céu acima estava claro, e algumas árvores próximas balançavam com a brisa. A princípio, ele não compreendia onde estava, mas à medida que se levantava, com o rosto ainda sujo de areia, a realidade o atingiu: ele havia sobrevivido. Depois de nadar até a exaustão, finalmente tinha chegado a terra firme.

O alívio começou a se espalhar por seu peito, e um riso involuntário brotou de seus lábios.

— Pfff... hahahahaha! — ele riu, deitado de costas na areia, olhando para o céu, com os braços esticados nas areias.

"Eu escapei!" pensou, tentando conter o riso. A sensação de liberdade era quase indescritível. O cansaço que até então o consumia parecia ter desaparecido, substituído por uma energia renovada. Ele havia visto o céu azul depois de quase 15 anos, preso em uma cela de pedra. algumas pequenas gotas de lágrimas se formaram em seu rosto

Ele se levantou, seus pés afundando na areia pela primeira vez em sua vida. A nova textura, macia e desconhecida, o fez hesitar por um momento, mas logo ele estava em movimento, caminhando pela praia, o sorriso se alargando de orelha a orelha.

A alegria era incontrolável. Varian começou a correr pela praia, rindo para si mesmo, o som de sua risada ecoando entre as árvores e o mar. Tudo parecia perfeito naquele instante: ele estava livre.

— Hahahaha! — Varian gargalhava, com o corpo vibrando com a euforia.

No entanto, de repente, como se o tempo tivesse congelado, o sorriso de Varian desapareceu. Seus olhos se fixaram à frente. Ali, não muito longe, estava um grupo de homens. Eles o observavam à distância, com expressões de surpresa e até mesmo desconfiança. Varian examinou rapidamente suas roupas; não pareciam soldados. Talvez fossem guardas de alguma vila próxima. Tambem havia um homem amarrado com a cara esfregada na areia assim como uma cova ao lado dele.

Seu coração disparou.

—Hm...merda... — murmurou, sentindo sua realidade azarada voltar.

A alegria que o preenchia momentos antes agora evaporava, substituída pela apreensão. Varian havia acabado de escapar de um pesadelo, e a última coisa que queria era ser capturado novamente.

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Varian olhava ao redor, ainda tentando processar o que havia acontecido. Ele escapou da prisão de Tártaros, mas agora se via em uma situação inesperada. Não muito longe dele, um homem de aparência feroz o observava com interesse. Vestia uma armadura incomum e possuía olhos verdes penetrantes e cabelos dourados com tons de marrom. Embora sua aparência sugerisse um guerreiro ou soldado, sua postura era quase elegante como viu muitas vezes no velho Nathan.

— Olá, estranho. — O homem falou com uma voz confiante. — Normalmente, eu perguntaria quem é você, mas, julgando pelas roupas rasgadas e pelo fato de a prisão de Tartarus não estar muito distante daqui, eu o pergunto: o que pretende?.

Varian não respondeu de imediato, ainda absorvendo a situação. O homem à sua frente parecia bem articulado, apesar de sua aparência intimidadora. Após alguns segundos de silêncio, ele continuou:

— Quanto a mim, sou William, mercenário e capitão. — Ele disse, sua voz calma, mas cheia de autoridade.

William falava com uma elegância surpreendente para alguém com uma expressão tão feroz. Varian, ainda processando a situação, continuava em silêncio. Arthur, no entanto, parecia confortável com a falta de resposta e prosseguiu, como se contasse uma história casual.

Honra: A História Do Primeiro GuardiãoOnde histórias criam vida. Descubra agora