Acordou amarrada, estava com cordas em volta do seu pulso e uma corrente no seu tornozelo. Conseguiu ver que estava num porão, o desespero a tomou conta, levantou rapido e tentou de tudo para se soltar das amarrações, no entanto era tão forte que era capaz de quebrar seus pulsos se continuasse tentando se desamarrar. Sentou frustada no chão se pondo a chorar, chorar tanto que soluços eram ouvidos durante todo o cômodo e o pavor lhe tomou quando percebeu que tinha alguém no escuro daquele porão.
ㅡ O-o que você quer! ㅡ gritou chorosa e com raiva, com medo, com todas as sensações ruins. ㅡ Me solta desgraçado ou desgraçada.. É você que pediu para te ajudar a achar a rua?
Ele ou ela não respondia nada, apenas observava se machucando tanto psicologicamente quanto fisicamente enquanto tentava desamarar a corda. Sem sucesso, Soyoon sentou no canto da parede se encolhendo toda sem cessar o choro, a sensação agonizante de ser observada e que logo aconteceria algo ruim consigo, era horrível. Queria só estar em casa, comendo alguma coisa, com seu namorado abraçada, talvez no avião fora da coreia ou até abraçada com sua mãe, qualquer lugar que não fosse aquele.
O terror se apossou nela quando ergueu a cabeça vendo quem menos imaginava, ele segurava uma faca e uma camisinha na mão esquerda e uma sacola na direita. O estado de choque não passou despercebido por ele, que riu sádico daquela situação.
ㅡ Minho.. ㅡ o nome dele saiu baixo, incrédulo e com medo. ㅡ N-não é hora para brincadeiras..
ㅡ Acha que estou brincando? ㅡ deixou tudo no chão ao lado dela.
ㅡ E-então era você o infeliz.. maldito..ㅡ xingou ainda tremendo de medo, vendo seu olhar calmo mudar para um sério. ㅡ E-espero que seja uma brincadeira.. se não..
ㅡ Se não o que? ㅡ segurou o rosto com força, a fazendo gemer fraco. ㅡ Você que estava brincando de pique esconde esse tempo todo, envolvendo a polícia. Vadia estúpida..
ㅡ Vadia!? Você é um desgraçado de merda. Era você que me perseguia..ㅡ explodiu de raiva e o olhar dele ficou ainda mais sombrio. ㅡ Você é.. Hm! ㅡ tomou um susto dele tampando sua boca e sinalizando com o dedo um "shii".
ㅡ Se fosse você, tomaria muito cuidado com as suas malditas palavras. Elas podem te custar a sua vida, a vida do seu namorado, a vida da sua mãe..ㅡ sussurou as últimas palavras em tom de ameaça e Soyoon sentiu pela primeira vez pavor dele. ㅡ Você achou mesmo que iria ficar com aquele australiano? Ou viver o sonho perfeito com o seu namorado..
Soyoon sentia cada vez mais temor, a respiração descompensada e as lágrimas voltando sem parar. Olhou rapidamente para a faca ao lado do seu corpo e foi tão rápido que Minho não notou, sentiu o aperto em volta do seu cabelo puxando com força para o olhar fixamente nos olhos, gemeu abafado pela mão dele impedindo de falar.
ㅡ Olha pra mim quando estiver falando vagabunda. A vida não é um conto de fadas, e você não escolhe com quem fica.. ㅡ cuspiu as palavras de forma rude. ㅡ A sua vida medíocre tem que servir de alguma coisa.
Enquanto ele falava conseguiu pegar a faca e iria golpea-lo, se o mesmo não tivesse impedido com a mão segurando e a fazendo sangrar. Minho empurrou seu corpo com a mão desocupada e ela soltou a faca que voou longe no chão, os gemidos frustados dele e doloridos foram ouvidos, ela o viu pegar a faca e colocar na mesinha distante dali enquanto respirava fundo.
Mas o que a deixou pasma e arrepiada - não de um jeito bom - foi a risada que soltou, rindo alto e em bom som, ele voltou perto dela manchando a sacola de sangue ao puxa-la para pegar um curativo, voltando para perto da mesinha e enrolando sua mão no curativo branco, acalmando o riso psicopata.
ㅡ Soyoon, Soyoon.. Você tá tão fudida. ㅡ soltou mais um riso fraco enquanto cortava com os dentes o curativo. Ele tirou uma luva de pano preta do bolso e vestiu. ㅡ Mas tão fudida, que eu estou ficando com dó antes mesmo de te fazer algo.
ㅡ D-desculpa..ㅡ acovardou-se com medo e ele pegou a faca se aproximou, ela se acolheu em um canto. ㅡ P-perdão..
Ele a encarou por alguns segundos e o estralo do tapa ecoou no porão todo, a ardencia se fez presente no rosto dela que nem sabia de onde vinha as lágrimas mais. Já tinha chorado tanto e mesmo assim continuava a derrama-las, ele abriu aquele famoso sorriso de coelhinho inocente que dava na sala de aula.
ㅡ Eu juro que eu tentaria ser gentil pra não assustar, mas você começou a me xingar.. ah eu odeio garotas com boca suja. ㅡ disse enquanto admirava a faca e o que faria no corpo dela.
ㅡ M-me desculpa.. vamos recomeçar, eu não faço mais. ㅡ se convenceu que brigar com o seu sequestrador não era a melhor opção, então tentaria pensar antes de agir.
ㅡ Tudo bem, eu vou recomeçar sendo mais... pacífico mesmo que você não tenha sido uma boa garota. ㅡ ele entendeu bem o joguinho dela, então entraria nele apenas por diversão. ㅡ Fique sabendo que não fui eu que te persegui.
ㅡ Mentiroso..ㅡ não se aguentou falando informalmente com ele e as lágrimas continuaram rolando.
ㅡ Eu estou falando a verdade, sou assassino mas a parte de perseguir.. ai me dá tanta preguiça. ㅡ garantiu a vendo ficar palida e sorriu com isso. ㅡ Sabe quantas garotas eu matei apenas por me chamarem de forma informal? ㅡ segurou o rosto dela fazendo um bico de peixe e sorriu mostrando os dentinhos de coelho. ㅡ Várias Soyoon, a polícia não vai fazer nada. Você mesmo viu..
Ele tinha razão, por mais que fosse doloroso saber disso. Ela não sabia o que ele queria dela, mas lembrando da camisinha que havia trazido tinha uma noção e isso causava nojo nela só de pensar. Minho não era bobo, só pelo olhar dela na embalagem sabia que Soyoon não queria aquilo e deu um riso incredulo.
ㅡ Você tem uma oportunidade de fugir daqui.. mas pra isso, você tem que me agradar. ㅡ Mentiu obviamente e ela viu no olhar dele alguma verdade mentirosa, ele era bom nas mentiras. ㅡ Entendeu? Ou quer que desenhe.
ㅡ Vai me forçar a fazer isso. ㅡ os olhos de Soyoon marejaram com tal pesadelo e ele tocou no rosto dela, limpando mesmo com a sua aversão ao toque.
ㅡ Não.. nunca faria isso. Mas pode ter certeza que ficaria muito feliz se isso acontecer, seria como um pedido de desculpas por ter me esfaqueado. ㅡ deixou claro a opção que ele queria, a Lee apenas começou a chorar o deixando entediado. ㅡ Eu volto mais tarde.
ㅡ Me solta porfavor! ㅡ gritou enquanto ele caminhava para fora e batia a porta. ㅡ Minho! Me solta!
[ 🥀]
A noite havia caído e com ela as forças da pobre Soyoon, sua boca estava seca e sua barriga roncava por alimento pois estava sem comer desde as duas de ontem a tarde. Suas pulsos e tornozelos tinham marcas roxas por estarem amarrados, ela já tinha se rendido.. faria qualquer coisa para comer algo e beber água, talvez estivesse sendo ingênua se dando tão pouco, um humano consegue sobreviver pelo menos por três dias sem comida mas ela não aguentava mais.
Nem raciocinar conseguia, o som daquela porta rangendo foi ouvida e por ela passou o Lee agora com outra roupa. Para provocar ainda mais, um cheiro extremamente gostoso de comida pairou pelo porão e o olhar dela nem mesmo parecia ter vida, ele trancou a porta com a mão enfaixada direito mostrando que foi ao médico, antes de se aproximar ele colocou luvas pretas.
ㅡ Então querida. ㅡ chegou perto dela, vendo seu estado tirou as amarras. Ela não iria longe desnutrida e desidratada. ㅡ Olha só como esta, deixa eu cuidar de você.
ㅡ Não faria isso.. você só está me machucando..ㅡ expressou piscando devagar, seus pensamentos se misturavam. Sua cabeça doía.
ㅡ Eu posso ser bom, se você deixar..ㅡ se aproximou aproximando seus rostos e dando um beijo na sua bochecha. ㅡ Hm?
ㅡ Me deixa beber água primeiro. E eu faço o que quiser..
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Notas da autora; Para a dúvida de muitos eu estou viva. O que acharam dessa versão do Minho 👀
Eita que esse Minho tá perigoso kkkk
Próximo capítulo tem Hot! Ui ui.
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Manipulação - Stray Kids
FanfictionOnde a vida de Soyoon muda quando percebe que tem homens obcecados por ela e não estavam dispostos a deixa-la em paz.. [...] Soyoon era apenas uma estudante normal, quando sua vida mudou de cabeça pra baixo. Perseguições, tentativas de sequestros e...