011| 𝖗𝖊𝖘𝖎𝖘𝖙𝖎𝖗?

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BLAIR RECOOU instintivamente quando Nicholas avançou em sua direção a lhe dando um grande susto, mas ele foi mais rápido. Antes que ela pudesse gritar ou reagir, ele a agarrou com firmeza. Seu toque era forte, porém calculado, como se ele tivesse feito isso antes. Blair tentou lutar, mas Nicholas, com uma força surpreendente, a imobilizou e a levou para uma cadeira pesada de madeira que estava no canto da sala.

— Não resista, Blair. — A voz dele era baixa, suave, mas com uma autoridade assustadora. — Você faz parte disso agora. Não pode fugir.

Nicholas pegou uma corda fina que estava sobre a mesa, amarrando seus pulsos com uma precisão que a deixou atônita. Ela tentava puxar as mãos, mas as amarras eram firmes. Ele se abaixou lentamente, prendendo seus tornozelos da mesma maneira, suas mãos movendo-se com uma intimidade desconcertante. Blair se sentia indefesa, seu corpo tremendo tanto de medo quanto de algo que ela não conseguia entender.

Quando ele terminou, ficou de pé atrás dela. A respiração dele era quente contra seu pescoço enquanto ele sussurrava em seu ouvido, cada palavra parecendo carregar um peso maior do que a anterior.

— Você é especial, Blair — ele murmurou, a proximidade de sua voz enviando arrepios pela espinha dela. — Desde o momento em que entrou aqui, eu soube que haveria algo mais entre nós.

Blair sentiu sua respiração acelerar, seu coração batendo descontroladamente. Por mais que sua mente gritasse para lutar, para escapar, seu corpo parecia congelado, enredado em uma mistura confusa de sensações. As palavras de Nicholas eram como um veneno doce, infiltrando-se em seus pensamentos, e cada sussurro que ele soltava em seu ouvido fazia seu corpo reagir de maneiras que ela não esperava.

— Você sente isso, não é? — ele perguntou, sua voz baixa e carregada de algo que a fez estremecer. — Essa conexão, essa força que nos une. Não lute contra isso, Blair.

Ela fechou os olhos, sentindo o calor do corpo dele tão próximo ao seu. Por mais que soubesse que algo estava terrivelmente errado, não conseguia evitar o magnetismo que ele exercia sobre ela. A proximidade, o toque, os sussurros... tudo parecia provocar uma tempestade interna de emoções conflitantes. O medo estava lá, mas misturado com um desejo crescente que a fazia sentir-se culpada e fascinada ao mesmo tempo.

Nicholas passou os dedos pelo cabelo dela, devagar, como se estivesse a confortando.

— Não há vergonha nisso — ele sussurrou novamente, seu hálito acariciando a pele de seu pescoço. — A paixão é algo divino, Blair. E eu vejo nos seus olhos... você está confusa, mas sente o mesmo.

Cada palavra aumentava o caos dentro dela. Ela queria resistir, queria gritar, mas parte de si estava estranhamente atraída por aquele momento, por aquele homem.

Blair respirava de forma irregular, os pensamentos se embaralhando entre a razão e a emoção. Cada toque de Nicholas fazia sua pele se arrepiar, e ela lutava contra a confusão que dominava sua mente. Seus pulsos ainda estavam amarrados firmemente, mas o que a prendia parecia muito mais forte do que apenas as cordas. Havia algo em Nicholas, em sua presença, que a imobilizava por completo.

Ele se inclinou mais perto, seus lábios quase roçando sua orelha enquanto falava em um tom baixo e sussurrante, o som vibrando através dela.

— Blair, você está sentindo, não está? — Ele falava com uma suavidade perturbadora, quase carinhosa. — Há algo entre nós, algo que transcende o comum. Você veio a este lugar por uma razão, e não pode negar isso.

A mistura de medo e atração que ela sentia era esmagadora. Sua mente gritava para se libertar, para fugir, mas cada palavra dele a puxava mais fundo, como se houvesse algo no próprio timbre de sua voz que a mantivesse cativa. O calor do corpo dele, tão próximo ao dela, a fazia perder o foco. Sua pele queimava onde ele tocava, e, contra sua vontade, ela sentia uma corrente de paixão crescendo.

— Não precisa ter medo — ele continuou, suas mãos deslizando suavemente pelos ombros dela. — Eu nunca te machucaria, Blair. Mas você precisa entender que está aqui por um motivo. Eu te escolhi, e isso não é por acaso.

A mente de Blair girava. As palavras "eu te escolhi" ecoavam, alimentando uma sensação de que, de algum modo, ela havia sido atraída para aquela teia muito antes de perceber. Algo maior estava em jogo, e ela sentia o peso desse mistério.

Nicholas se aproximou mais, o calor de sua respiração contra sua pele a fazia tremer, mas não era só medo. Ela lutava contra o desejo que crescia de forma indesejada. Nunca antes tinha se sentido assim, tão dividida entre sua moralidade e algo tão primitivo. Sua voz estava presa na garganta, mas, por um momento, ela se perdeu nos pensamentos. O magnetismo entre eles era inegável, e Nicholas sabia disso.

— Você quer entender, não é? Quer saber o que está acontecendo aqui, o que isso tudo significa — ele sussurrou, sua voz grave e sedutora. — Eu posso te mostrar o que está por trás das sombras deste lugar... se você estiver disposta a abrir sua mente.

Blair sentiu sua cabeça rodar. Ela queria respostas, mas ao mesmo tempo temia o que poderia descobrir. Ela sabia que estava à beira de algo perigoso, mas também não conseguia ignorar a intensidade de seus sentimentos.

— Eu... — começou ela, sua voz fraca, os olhos finalmente se abrindo e encontrando os dele. O olhar de Nicholas estava carregado de algo profundo, como se ele pudesse ver além de suas palavras, além de suas defesas.

Ele sorriu levemente, um sorriso que a fez estremecer novamente.

— Você não precisa decidir agora. — Nicholas levantou-se lentamente, sua presença ainda imponente. — Mas lembre-se, Blair... a escolha estará sempre diante de você.

Com isso, ele se afastou um pouco, deixando o espaço entre eles repleto de tensão palpável. Blair estava imersa em uma tempestade emocional, sem saber o que sentir, o que pensar. Mesmo com as mãos amarradas, ela se sentia mais presa ao que estava acontecendo do que nunca.

𝕲𝖗𝖔𝖙𝖊𝖘𝖖𝖚𝖊𝖗𝖎𝖊, Nicholas Alexander Chavez.Onde histórias criam vida. Descubra agora