Dua e eu nos conhecemos em 2019, quando ela tinha 24 anos e eu, 20. Ficamos apenas uma vez, em uma única noite, e isso foi suficiente para que ela me ligasse dois meses depois, desconfiando que estava grávida. Sete meses depois, nasceu nossa pequena Victorinne.
Ela era a minha cara, tinha cabelos muito parecidos com os meus, era alta e até sorria igual a mim, mas tinha a personalidade de Dua: sempre alegre, adorava dançar e era simpática como algum político querendo votos. Era, de fato, a pessoa mais encantadora da minha vida e, consequentemente, minha melhor amiga.
Sempre tentei deixar claro para Dua o quão grata eu era por ela ter me dado nossa filha, por ter colocado no mundo a pessoa que ressignificou toda a minha existência e me deu vontade de viver. Eu amava Victorinne com todas as minhas veias e, por consequência, amava Dua também.
Nossa relação sempre foi pautada na coparentalidade, visando o melhor para nossa filha. Por isso, sempre fomos muito próximas.
**Flashback on:**
- E como está a sua mamãe?
Vic: Ela está namorando - respondeu, fofa, enquanto colocava os sapatos.
- Sério? - Dua não tinha me contado nada. - Com quem?
Vic: Não sei, eu ainda não o conheço - ela se levantou e colocou a mochilinha nas costas. - Já estou pronta.
- Certo - peguei a mala dela. - Vai pro carro.
Vic abraçou o cachorro, pegou alguns doces que tinha ganhado da avó e correu pro carro.
Vic: A gente pode ouvir Olivia Rodrigo? - ela estava na cadeirinha no banco de trás.
- De novo? Você ouviu isso o dia todo - eu já estava boba por ela; tudo que ela pedia eu fazia.
Vic: Mas é que eu amo MUITÃO - enfatizou o "muito".
Quando chegamos na casa de Dua, ela já esperava por nós. Victorinne mal esperou eu tirar os cintos da cadeira e já correu pros braços da mãe. Se existe uma competição de quem amava mais aquela garota, Dua e eu iríamos passar a eternidade disputando.
- E aí - cumprimentei assim que ela parou de encher Vic de beijos.
Dua: Como você está? - beijou minha bochecha.
- Tudo bem - sorri forçado. - Eu fiz a fantasia dela - tirei da bolsa.
Dua: Ela vai mesmo de Luca? - ela sorriu ao ver a fantasia.
Era uma fantasia de "monstro marinho" do filme Luca.
- É o que ela quer - sorri. - Posso falar com você? - ela me olhou, sabendo que era algo sério.
Dua: Amor - falou com Vic - vai lá pra dentro, a vovó tá lá e tem uma surpresa pra você.
Vic: O vovô também?
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Imagines
FanfictionHistórias curtas de mulheres por quem tenho uma queda (ou não). Sem a intenção de ferir ou insultar a imagem de nenhuma da pessoas citadas.