Capítulo 4 - Quem é ela?

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EU FUI REPOSTAR O CAPÍTULO E EXCLUI SEM QUERER QUE ÓDIO

obs.: ta notificando pra vocês esse troço?

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Miranda se levantou com um suspiro amargurado, lançando um olhar indiferente pela janela do quarto. A paisagem era inegavelmente bonita: montanhas verdes, pastos vastos, animais saudáveis e um céu limpo que Nova York não via desde tempos imemoriais. Mas, apesar da beleza bucólica, Miranda sentia-se vazia. Era tudo tão distante do seu império, da sua rotina, e, inevitavelmente, isso a fazia sentir-se fora de lugar.

Discreta, para não acordar James, ela esgueirou-se pela porta, decidindo descer até a cozinha para o desjejum. A decoração era charmosa, rústica, como quase tudo naquele lugar. No entanto, Miranda não conseguia apreciar nada corretamente. Ao menos o silêncio era agradável, sem as gêmeas correndo para todo lado e sem seu marido inútil tentando manter o clima leve.

Para sua surpresa, mesmo às 5h30 da manhã, um leve burburinho já ecoava pela cozinha.

— As crianças estão bem? — perguntou Rosalia, a cozinheira, uma mulher baixinha e simpática, com um sorriso faceiro que parecia iluminar o ambiente.

Ela estava conversando com o xerife, Bill Sachs, enquanto arrumava algumas xícaras sobre o balcão.

— Ah, como sempre, — respondeu Bill com uma risada leve. — O mais velho volta da cidade na próxima semana, Adam continua um furacão, Lucca ainda está fora na faculdade, Nicholas cuidando das finanças da fazenda, e Andrea... — ele deu de ombros, sorrindo. — Bem, você sabe como ela é. Ontem quase derrubou a cerca ajudando com os cavalos.

Rosalia riu, cobrindo a boca com a mão.

— Eu não sei como você aguenta. Cinco filhos, e cada um mais endiabrado que o outro.

Bill riu enquanto empilhava pequenas marmitas e as colocava dentro de uma bolsa térmica.

— Pegue mais, — disse Rosalia, entregando mais alguns potes. — Não posso deixar que vocês vivam de pão e ovo. Leve quanta comida precisar.

— Não sei o que seria da gente sem você, Rosa, — Bill respondeu, com um sorriso sincero de gratidão.

Quando Bill se virou para colocar a bolsa sobre a mesa, seus olhos se encontraram com os de Miranda, que estava sentada com uma xícara de café em mãos e um pequeno livro aberto diante dela. Seu olhar azul penetrante acompanhava a conversa enquanto ela fingia desinteresse.

— Bom dia, madame, — saudou Bill alegremente.

Miranda levantou os olhos, sentindo uma leve irritação ao notar o sorriso caloroso no rosto dele. Era exatamente o mesmo sorriso irritante de Andrea.

— Sim, tudo é perfeito até sua filha aparecer do nada e estragar o meu dia, não é? — disse ela, com a voz carregada de ironia.

Tanto Bill quanto Rosalia riram em resposta, o que deixou Miranda ligeiramente desconcertada. Não era o efeito que ela esperava.

— Andrea nunca foi conhecida pelos bons modos, — concordou Rosalia, sorrindo. — Mas ela tem um coração de ouro.

— Eu aposto, — resmungou Miranda, voltando a atenção para o livro, embora estivesse atenta à conversa.

Bill, sentindo um impulso para defender a filha, decidiu falar mais sobre Andrea, mesmo sabendo que Miranda provavelmente não se importaria.

— Andrea é a única menina em uma casa cheia de homens, — começou ele, acomodando-se na cadeira em frente a Miranda. — Minha esposa faleceu quando Andrea e Adam tinham oito anos, e desde então, eu fiz o melhor que pude para criá-los. Mas aqui no interior, as coisas são diferentes. Minha esposa cuidava da casa, cozinhava, e sem ela, eu criei todos os meus filhos do jeito que fui criado: na base da força, sem muita cerimônia.

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