segurança? | um.

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Alyssa O'brien
Vegachi, Colômbia

⎯⎯ Aly, querida, levante-se! — ouço a voz de Joana adentrando as profundezas dos meus ouvidos e de alguma forma aumentando minha dor de cabeça

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⎯⎯ Aly, querida, levante-se! — ouço a voz de Joana adentrando as profundezas dos meus ouvidos e de alguma forma aumentando minha dor de cabeça.

Não sei que horas cheguei em casa ontem a noite, muito menos o que fiz ou o que tomei, apenas que sinto o peso de uma caçamba de pedras no meu corpo.

⎯⎯ Alyssa? — ela insiste e eu me sento na cama a contra gosto.

⎯⎯ Oi, Joana! O que foi? — sou grossa sem intenção, as vezes a ressaca me deixa estressada e tudo que eu quero quando acordo assim, é ficar longe de pessoas falantes.

⎯⎯ Seu pai está te esperando na mesa do café da manhã. — ela diz, quando abro a porta. Reviro os olhos profundamente e bufo, esse velho nunca me deu nenhum tipo de atenção, nem sequer a sombra vejo durante o dia, é um caso raro vê-lo em casa.

⎯⎯ Por isso que está nublado. Uma grande novidade O'brien estar em casa essa hora e ainda me convidando pra tomar café da manhã. — dei um sorriso invertido, sendo irônica.

⎯⎯ Ele não está de bom humor, já aviso. Sua saída de casa ontem a noite não lhe agradou muito.

⎯⎯ Pois o problema é dele, eu já sou maior de idade, não preciso de alguém pra me monitorar. — digo, começando a tirar meu pijama e vestindo uma roupa confortável.

⎯⎯ Querida, acho que eu nem deveria estar te contando antes dele, mas quando ele lhe disser, finja surpresa por favor! — Joana diz, sussurrante.

Paro até de escovar os dentes com esse suspense.

⎯⎯ Fala logo, criatura! — apresso-a.

⎯⎯ Seu pai tem estado muito preocupado com suas saídas à noite, chegando apenas no outro dia, sem dar nenhuma satisfação de onde ou com quem está... por isto, ele contratou um segurança para estar com você 24 horas. – ela diz, fazendo uma careta e esperando eu explodir.

Ela me conhecia muito bem.

⎯⎯ O QUÊ? Mas que porra é essa? Eu tô vivendo em um presídio por acaso? Eu não tenho que dar satisfação nenhuma pra seu ninguém, eu tenho dezenove anos, Joana!

Me altero, de verdade, quem ele pensa que é?

⎯⎯ Tenha calma querida, fale baixo!!! — ela faz uma expressão engraçada, que quase me fez rir, se meu ódio naquele momento não fosse maior. ⎯⎯ Ele já está lá em baixo, conversando com o rapaz, foi o único que ele se agradou entre os demais que fizeram a entrevista. O nome dele é Richard, se eu não estou enganada, seu pai já deu até ordem pra ele vestir o uniforme. — deu-me mais detalhes, porém estou apenas interessada em esganar esse velho rabugento.

Ele não vai agir como se eu fosse uma prisioneira, não mesmo.

⎯⎯ Eu não tô nem aí, eu vou botar esse cara pra correr daqui agora, não preciso de um guarda-costas. — me exaltei, peguei o meu celular e desci as escadas correndo, ignorando os chamados de Joana.

impostor | richard ríos.Onde histórias criam vida. Descubra agora