conquistar | dois.

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Alyssa O'brien
Vegachi, Colômbia

⎯⎯ Tá me zoando que aquele cara ali embaixo é seu guarda-costas? — Aurora questionou chocada, olhando nada discretamente para Richard pela janela, que estava escorado a minha espera no carro

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⎯⎯ Tá me zoando que aquele cara ali embaixo é seu guarda-costas? — Aurora questionou chocada, olhando nada discretamente para Richard pela janela, que estava escorado a minha espera no carro.

O homem é realmente um espetáculo, até distraído consegue ser lindo.

⎯⎯ Pois é, amiga. Meu pai tem sérios problemas. – digo entediada, me jogando em sua cama.

Bufei, fitando o teto de pvc do quarto, pensando no quanto as atitudes do meu pai me assusta as vezes. Não compreendo por qual razão devo ter um segurança particular, achei que todo o sistema de segurança de nossa casa já fosse o suficiente.

Tudo bem que nossa família contém muitos bens materiais, mas também não é para tanto. Não é como se fossem sair por aí me sequestrando e pedir tudo que ele tem em troca de mim.

⎯⎯ Ele acertou em cheio na escolha hein mana, porque olhe.. que homem! Esse aí podia até me trair que eu falava que a culpa é minha.

Ela pronuncia e dou uma risada sincera. Observo-a fechar as cortinas e voltando para sua mesa, estudando sei lá o que, enquanto devoro os sanduíches de presunto que ela havia trazido para mim. Muitos livros e ela literalmente não parava de escrever.

⎯⎯ Eu tô literalmente surtando porque agora não posso fazer nada sem ter essa muralha me seguindo por aí e você faz piada? Ridícula. — rolo os olhos, engolindo minha vontade de rir.

⎯⎯ Você tá reclamando de barriga cheia, tá? — me olha, como se eu tivesse dizendo a pior barbaridade.

⎯⎯ Ele é um gato sim, eu admito, Richard é um cara que eu certamente daria um belos amassos, porém, todavia e entretanto, ele não deixa de ser um porre! Além de ser um chato, vai ficar por aí me seguindo pra todo lugar, tem noção da gravidade do problema? — confesso.

⎯⎯ Mas amiga ele não tem culpa, seu pai quem o contratou e ele só tá fazendo o trabalho dele. — enfatiza ela, arrumando os óculos a altura dos olhos.

⎯⎯ Eu sei, Aurora, porra! Mas qual a necessidade disso tudo? — bufo longamente, pela milionésima vez naquele dia.

⎯⎯ Por um lado é até que bom, pensa comigo. Você vai ter alguém pra te proteger de literalmente tudo, inclusive do babaca do teu ex. Já tá na hora de alguém dar uma lição no Veiga, Alyssa. — ela diz, enquanto tenta estudar algo, mas impossível comigo tagarelando.

⎯⎯ Pensando por esse lado... — pensei alto. ⎯⎯ Mas e você, o que tá fazendo aí ein? Desde que cheguei não paro de tagarelar e nem perguntei se 'cê tá bem, nem nada. Péssima amiga.

⎯⎯ Relaxa, Aly. Eu tô bem, estou estudando pra prova da Lauren. Matemática, cálculos, função trigonométrica.. esqueceu?

⎯⎯ Porra! Eu tinha esquecido desse pequeno grande detalhe. Obrigada por me lembrar, ainda bem que vim aqui, se não você nunca me lembraria. — digo apressadamente, havia sido pega de surpresa. ⎯⎯ Tô vazando, beijos. Te encontro a noite na faculdade.

⎯⎯ Mas já? Mal chegou, doida. Fica, eu te ajudo a estudar um pouco. — pede, jogando perto de mim, um livro enorme que só de olhar me deixa entediada.

Suspiro longamente fundo, começando a folhear toda aquela coisa que parecia estar escrito em japonês. Graças aos céus, tenho uma amiga nerd super inteligente que vai me ajudar a entender tudo, por mais que seja literalmente impossível.

*

Meia hora se passou e Richard já estava enchendo meu saco com mensagens, dizendo que está cansado de esperar.

Sendo que o problema é dele? Ninguém mandou aceitar o cargo de segurança.

⎯⎯ Amiga, tenho que ir. Obrigada pela ajuda, você sabe o quanto sou péssima em matemática, principalmente se o assunto for função trigonométrica. Vou tentar enfiar alguma coisa na minha cabeça nas 6 horas que me restam. — choramingo.

⎯⎯ Tudo bem, vai dar certo, relaxa. Te vejo mais tarde. — me dá um abraço, antes que eu pudesse sair.

Beijei o ar e desci as escadas da sua casa correndo, tinha cerca de 6 horas para estudar, e eu realmente esperava aprender mais alguma coisa de função trigonométrica durante esse tempo.

⎯⎯ Já estava ficando dormente de tanto esperar! — Richard diz piadista, quando me vê.

⎯⎯ Aceitou o emprego por que quis, meu bem. — pisco em sua direção e ele sorri de canto.

⎯⎯ Você tem razão, senhorita. Pra onde vamos agora?

⎯⎯ Eu sempre tenho, e me poupe do senhorita, me chame de Alyssa. Vamos para casa, rápido por favor, estou com pressa.

⎯⎯ Como quiser, morena. Aconteceu alguma coisa? — pergunta, meus olhos encontram os seus.

⎯⎯ Aconteceu que eu esqueci completamente da prova de matemática da faculdade, e eu tô literalmente fodida porque não estudei nada. — faço um desabafo, choramingando. Ele deu risada.

⎯⎯ Se eu soubesse alguma coisa de matemática eu até tentaria te ajudar, mas eu só conclui o ensino médio por causa de uma garota super inteligente, que sempre deu um jeitinho de me passar as respostas das provas. — me olha de canto, com aquele sorrisinho idiota no rosto.

⎯⎯ E como ela aceitou isso? Se eu fosse ela não ajudaria. Certeza que você fazia parte do grupo do fundão, cê tem muita cara de que era um adolescente pirracento.

⎯⎯ Digamos que usei um pouco do meu charme, era muito fácil conseguir qualquer coisa. As garotas eram malucas por mim. — o moreno diz convencido e eu semicerrei os olhos em sua direção.

⎯⎯ Quer dizer então que você quebrava coraçõezinhos? — havia sarcasmo em minha voz.

⎯⎯ Eu não diria isso, na verdade, nenhuma garota conseguiu conquistar o meu coração ainda. — me encarou por um breve segundo, voltando a atenção para a estrada.

Richard é o tipo de cara que eu curto, engraçado, boa aparência, sorriso cafajeste, tatuado. Esse é o tipo que me atrai muito, não tenho como fugir.

Apesar de eu não concordar com o fato de que ele vai andar comigo pra todo lugar, sinto que não vou ter problemas com ele, mesmo que ele seja chato pra um caralho, não é motivo suficiente para que tenhamos conflitos maiores.

Ríos não falou mais nada, nem puxou mais assunto durante o percurso até minha casa.

Ríos não falou mais nada, nem puxou mais assunto durante o percurso até minha casa

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01. capítulo 2!
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impostor | richard ríos.Onde histórias criam vida. Descubra agora