ligação | quatro.

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Richard Ríos
Vegachi, Colômbia
— uma semana depois

⎯⎯ Por que demorou para me atender? — Animus me questionou, pós me ligar 15 vezes e eu atender somente na 16

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⎯⎯ Por que demorou para me atender? — Animus me questionou, pós me ligar 15 vezes e eu atender somente na 16.

⎯⎯ Perdão senhor, acontece que essa mina tá me fazendo de gato e sapato, não tive como atender sua ligação. — respondo.

⎯⎯ Não me interessa, quando eu ligar, atenda. Você acha que está falando com quem?

Franzi as sobrancelhas. Eu sei lá com quem tô falando, porra.

⎯⎯ Na verdade não sei. — digo naturalmente, dando de ombros.

⎯⎯ E nem precisa, apenas faça seu trabalho. Quero que encontre algo para mim.

⎯⎯ O que seria?

⎯⎯ Uma pasta. É do meu total interesse e não devia estar com o O'brien, portanto, quero que você me traga. — aquela voz sinistra me dá nos nervos, um arrepio percorre por minha espinha.

Agora deu o caralho mesmo, como eu vou entrar naquele escritório sendo que quando meu chefe não está enfurnado lá dentro, está trancado a sete chaves?

⎯⎯ Mas qual o conteúdo da pasta? Não tenho como encontrar algo se não tenho nenhuma informação concreta sobre. Eu nunca entrei no escritório dele, mas o que não falta ali com certeza, são pastas. — pronuncio, pensando nos milagres que eu certamente não poderia fazer.

⎯⎯ Todas as informações sobre um
homicídio, que foi arquivado em 2008. — responde.

⎯⎯ Posso tentar.

⎯⎯ Descobriu algo sobre ele? Como vai sua relação com a garota?

Tirando o fato de ela estar me subornando? Está ótima.

⎯⎯ Não senhor, tô tentando me aproximar o máximo possível dela. Nessa semana pude perceber que o chefe quase não vive em casa, e quando está é trancado no escritório. Assim que possível, irei procurar a pasta, pois ele deixa o escritório trancado quando não está nele. — suspiro nervosamente ao dizer.

⎯⎯ Típica garotinha que não recebe atenção e amor do pai. — sua risada sádica me assusta.⎯⎯ Ta demorando demais, Richard. Eu observo você e tenha certeza de algo: eu não sou alguém que você queira ter como inimigo. — ele diz por fim, de forma ríspida, o humor mudando da água pro vinho, antes de literalmente desligar na minha cara.

Suspiro, não somente por isso, mas também porque eu estava no shopping no pingo do meio dia, com cerca de umas quinze sacolas nas mãos e Alyssa caminhava em minha direção com mais cinco.

⎯⎯ Vamos Ricardo, seja educado e abra a porta do carro pra mim. — pede, sorrindo.

O que tem de linda, tem de cínica.

impostor | richard ríos.Onde histórias criam vida. Descubra agora