molho picante | dez.

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Alyssa O'brien
Vegachi, Colômbia

O filme acabou e nenhum sinal de Richard

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O filme acabou e nenhum sinal de Richard. Ele simplesmente evaporou, e quando achei que o encontraria no estacionamento, percebi que estive pensando errado. Nenhum sinal dele e muito menos da minha Ranger.

Tudo isso porque não alimentei seu ego? Que pena.

⎯⎯ Não acredito. — um riso irônico sai de minha boca.

⎯⎯ Qual foi? — Gabriel me analisa.

⎯⎯ O imbecil do Richard foi embora e me deixou aqui plantada. — bufo, arriscando mensagens e ligações. Todas foram ignoradas.

⎯⎯ Segurança eficiente esse seu, ein? — o sarcasmo era nítido em suas palavras.

⎯⎯ Ele adora me fazer de palhaça, mas isso não vai ficar assim. — digo determinada, apesar de não saber como fazê-lo pagar.

⎯⎯ Não vale a pena quebrar a cabeça com esse cara, confia em mim. Vou chamar um Uber e eu te acompanho até em casa, sem problemas. — o moreno propõe e eu não hesito, até porque, além de estar fazendo muito frio, o tempo fechou de repente e parece que vai chover.

⎯⎯ Obrigada por hoje, adorei o filme. — recordo-me de dizer, a tempos não vinha ao cinema.

⎯⎯ Obrigado você por me acompanhar. — pisca o olho pra mim, abraçando-me de lado e eu o agradeci mentalmente por isso, pois estava sem casaco e muito frienta.

Permanecemos assim por um tempo, até que o motorista de aplicativo chegou e nós não demoramos a entrar no carro, os pingos de chuva já se faziam presentes. A última coisa que eu precisava nesse frio, era de um banho de chuva.

O percurso não foi tão longo, o cinema é próximo de minha casa e não levamos tempo demais para chegar. Dividi com Gabriel um fone de ouvido, e juntos ouvimos a sua playlist, que é a coisa mais aleatória da vida.

A primeira coisa que noto quando chegamos em minha casa, é que Richard não estava fazendo a guarda. Mas o meu carro se encontrava na garagem. Saio do uber pouco apressada, curiosa, talvez.

⎯⎯ Calma ai, apressadinha. — Gabriel pronuncia, fazendo-me lembrar que devia me despedir dele direito. Ele me segue até a porta de entrada.

⎯⎯ Foi mal, Gabi. Você quer entrar um pouco? — pergunto, me virando para encará-lo.

Ele está estupidamente lindo hoje.

⎯⎯ Não, não, obrigado. Preciso ir, já está tarde. Nos vemos amanhã na faculdade. — me abraça, esquentando meu corpo gélido com sua pele quente. Respiro seu perfume gostoso.

⎯⎯ Até amanhã. — respondo e, involuntariamente um sorriso se fez presente, quando ele beijou minha testa.

Observo ele voltar para o carro e só entro em casa, quando vejo o mesmo ficar longe do meu campo de visão. Avisto Weverton e Rony na guarda e não hesito em fazer perguntas.

impostor | richard ríos.Onde histórias criam vida. Descubra agora