Capítulo 2: O Caos da Invasão
Acordar com o som ensurdecedor de tiros e explosões não era novidade para Renan Almeida, o "General", mas desta vez havia algo diferente no ar. Ele sabia que a invasão policial havia começado. O medo e a adrenalina pulsavam em suas veias enquanto ele se levantava, colocando rapidamente o colete à prova de balas e pegando sua arma. O fuzil, seu companheiro de todas as horas, estava pronto para a luta.
Antes de sair, Renan foi até a sala, onde sua mãe, Marta, já estava alarmada. Ela olhou para ele com os olhos cheios de preocupação, sabendo que os riscos que ele corria eram reais e perigosos.
“Segura isso, mãe. Coloque no cofre”, ele disse, entregando-lhe um pequeno pacote com dinheiro,Ele não queria que nada acontecesse a ela.
“Cuidado, meu filho! Volte para mim, tá? Que Deus te abençoe. Eu não quero perder você, meu amor”, Marta disse, as lágrimas escorrendo por seu rosto. Seu coração estava apertado com a possibilidade de perder o filho.
“Eu vou voltar, sim, mãe. Fica tranquila”, Renan respondeu, sua voz firme, tentando acalmá-la. Mas dentro dele, a preocupação também crescia. Ele sabia que o morro estava prestes a se transformar em um campo de batalha.
Renan saiu de casa, mergulhando no caos. Os gritos, os tiros e o cheiro de pólvora preenchiam o ar. Ele se movia rapidamente, coordenando os homens sob seu comando, liderando-os na resistência contra a polícia. O morro era seu território, e ele não permitiria que o invadissem sem lutar.
Enquanto ele se movia, disparando contra os policiais que se aproximavam, seus olhos se fixaram em um jovem policial que estava entre os invasores. Era Rafael Costa. O olhar de Renan encontrou o de Rafael, e por um momento, tudo ao seu redor desapareceu. Os gritos, as balas, o fogo—tudo se tornou irrelevante. Eles trocaram olhares intensos por longos dez minutos, um silêncio ensurdecedor entre eles, apesar do caos que os cercava.
Renan sentiu algo inusitado. Uma mistura de raiva e desejo. Era a primeira vez que olhava para um policial e via algo mais do que uma ameaça. Havia algo em Rafael—sua postura, o jeito como se movia, a determinação em seus olhos castanhos profundos—que o atraía de maneira inexplicável.
Rafael também sentiu a conexão. Em meio ao barulho e à violência, havia algo no olhar de Renan que o fez hesitar. Ele nunca imaginou que um dia poderia se sentir atraído por alguém tão ligado ao que ele considerava seu inimigo. Mas ali estava ele, em meio à batalha, sentindo o coração acelerar.
As balas continuavam a voar ao redor deles, mas por aquele breve momento, apenas os dois existiam. A atração era palpável, e o mundo ao seu redor parecia distante.
Renan sabia que precisava voltar à realidade, que a luta ainda não havia acabado, mas a imagem de Rafael ficou gravada em sua mente. Ele se virou, preparado para enfrentar a batalha, mas a imagem do policial—aquele olhar intenso—não sairia de sua cabeça. Era a primeira vez que ele sentia algo além da ira e do ódio, e isso o deixava mais confuso do que nunca.
Enquanto o tiroteio continuava, a vida de Renan estava prestes a mudar de maneiras que ele nunca poderia imaginar. O amor e o ódio estavam prestes a se entrelaçar em um caminho perigoso, onde a lealdade e o desejo seriam testados ao máximo
Continua....
Esses dois são loucos só pode ne o tiro comendo solto eles tocando olhares
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Atração Perigosa
Fiksi PenggemarSinopse Em meio à agitação e à violência do morro do Chapadão, Rafael Costa, um policial de 23 anos, se vê preso entre suas obrigações e seus próprios sentimentos. Com um pai advogado que sempre impôs altas expectativas e uma mãe que faleceu quando...