Se descontrolando

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Se descontrolando

Raquel

Assim que Adam me deixou na porta da casa do tio Ryan, Zyan estava a minha espera nela. Ele não estava de bom humor e isso era evidente em suas feições.

A forma como me olhou de cima a baixo me causou um mal-estar danado.

— Olha só quem resolveu dar o ar da graça. — falou com deboche.

Hoje o almoço de domingo era na casa dos pais dele.

— Bom dia para você também, Zyan. — devolvi o deboche.

Passei por ele e entrei em sua casa sem dizer mais nada. Eu odiava quando ele se portava assim e ultimamente isso estava se tornando frequente.

— Oi, tio Ryan, oi, tia Rana.

Beijei os dois e depois beijei meu pai e minha mãe.

— Deixei sua roupa no quarto de hóspedes. — avisou minha mãe.

Subi para o quarto de hospedes e me troquei. Já tinha tomado banho na casa do depois que fizemos sexo ao acordar. Olhei no relógio e vi que já passava das onze da manhã e devia ser por isso que Zyan soltou aquela piada de mau gosto.

— Como foi o evento de ontem princesa? — perguntou meu pai me abraçando e me puxando para me sentar ao seu lado.

— Foi muito incrível, pai. Conheci muita gente importante e Adam foi gentil ao ficar ao meu lado o tempo todo.

— Eu conheço o dono do escritório para o qual ele trabalha e a esposa do Francisco faz um belo trabalho na ONG que possui. — comentou tia Rana.

Ela é formada em direito, mas nunca exerceu a profissão.

— Sim, é incrível o trabalho e ela me convidou para ir lá visitar.

— Nossa, eu quero ir também. — disse minha mãe.

— E, na certa, Adam vai levá-la? — havia deboche na pergunta feita por Zyan.

— Sim! Ele vai me levar. Como eu disse, ele foi gentil ontem e nossa noite foi maravilhosa.

Zyan deu uma risada debochada e disparou maldoso.

— Todo homem é gentil quando quer entrar nas calcinhas de uma mulher, Raquel. — todos nós na sala focamos nele. — Vai pagar a gentileza abrindo as pernas para ele novamente?

Eu estava sem palavras mediante as quais saíram da boca dele.

— Zyan! — foi sua mãe que o repreendeu.

— Olha como fala com minha filha, garoto. — Meu pai falou furioso. — Não é porque cresceu que pode se achar um imbecil e falar com ela desse jeito.

— Desculpe, tio Vitor. — pediu sincero.

— Não é a mim que você deve desculpas.

— Deixa, pai. Quer saber, Zyan, não me importo se terei de abrir as pernas para ele para pagar sua gentileza. — disse alterada. — Se não se deu conta, tanto eu como Adam somos solteiros e podemos nos divertir como quisermos. Agora se me dão licença eu irei para minha casa. — Me levantei.

— Raquel. — Zyan me chamou tocando meu braço.

— Não me toque. — Vociferei. — Não lhe dei o direito de me tratar como uma pessoa qualquer só porque é meu amigo. Eu te amo, Zyan, te amo mesmo, mas jamais vou admitir que volte a me tratar como vagabunda.

— Me desculpe, eu...

— Foda-se as suas desculpas. Primeiro me faz se sentir mal ao se impor sobre mim, mente para mim e agora me trata como uma vagabunda?

Meu melhor amigoOnde histórias criam vida. Descubra agora