De Volta

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De Volta

Zyan

Dias antes....

Hoje é o dia do meu solto solo e dizer que estou ansioso é eufemismo. Eu estou surtando de tanta ansiedade.

Caraca, eu vou saltar de paraquedas sozinho, serei só eu o céu, o vento e a sensação maravilhosa de liberdade.

A adrenalina correndo forte em minhas veias e o coração acelerado de emoção.

Depois de duas semanas de aulas teóricas e práticas, finalmente realizarei meu salto solo e estarei liberado para saltar a hora e o dia que eu quiser. Estarei certificado e só precisarei conversar com os instrutores responsáveis nos saltos que eu vier a fazer futuramente.

Já até sei com quem será meu próximo salto: com a minha paçoquinha.

— Está pronto? — meu instrutor pergunta.

Já estou vestido com o macacão que se usa para nos proteger do frio que faz lá nas alturas e não rasgar nossa roupa ou nos que venhamos a nos machucar no pouso, todo o equipamento de segurança e o paraquedas.

Estamos a 13 mil pés de altura e a porta do avião está aberta para que o salto seja feito. Há um instrutor ao meu lado me dando todas as coordenadas e verificando minha segurança. Ele irá saltar comigo, por segurança e para o caso de algo acontecer ele possa me alcançar e me prender a ele. Embora eu tenha um paraquedas reservas todo o cuidado possível é tomado para que acidentes não aconteçam.

— Sim! — respondo sorrindo e ele me dá o Ok para que eu salte.

Benzo-me e salto, sentido o a força do vento em meu rosto e me fazendo dar varias piruetas no ar. Tudo está sendo filmado para que fique guardado como lembrança. Do salto até a abertura do paraquedas dura em média 1 minuto, durante o qual é possível atingir uma velocidade de até 220 km/h. Ao chegar a 1.500 metros de altura (aproximadamente 5.000 pés), o paraquedas é aberto sendo possível desfruta-se de 5 minutos em queda livre com uma paisagem sensacional e de tirar o fôlego.

São apenas 5 minutos que passam voando e mal nos damos conta de que o pouso está próximo, mas adrenalina durante o salto é surpreendente e incrível.

— Cara, é muito bom. — comento com o Felipe que foi me ver saltar.

Assim que disse a ele que estava fazendo a aula de salto solo ele se alto convidou para assistir meu salto solo.

— Sim, maravilhoso. — ele também faz salto solo, mas hoje veio apenas me prestigiar.

— Agora que concluiu o curso vai voltar para casa? — Ele me pergunta.

Caminho com ele ao meu lado até o local para retirar o paraquedas e o macacão.

— Ainda não sei, faltam duas semanas para eu voltar e quero aproveitar esses dias para praticar novos esportes e quem sabe conseguir novos sócios para minha empresa.

— Isso é bom, tem algumas empresas que querem expandir, posso te apresentar a algumas pessoas, empresários.

— Isso será ótimo cara, quais os lugares que você tem para me apresentar?

Ficamos conversando e depois que me troquei fomos almoçar. Depois do almoço voltei ao parque onde conheci a dona Raquel e mostrei a ela o vídeo do meu salto.

Ela ficou impressionada e disse que eu era louco por fazer uma coisa dessas, que não entende como os jovens de hoje gostam tanto de se arriscar.

Sua filha e neta também viram o vídeo e a menininha disse que iria fazer o mesmo quando fosse grande.

Meu melhor amigoOnde histórias criam vida. Descubra agora