Novas Escolhas

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Novas Escolhas

Raquel

Saio do banheiro apertando o cabelo com a toalha para secá-lo. Hoje eu acertei com o Adam para ele me levar a ONG de Ayna, esposa do seu chefe. Já tinha se passado três dias desde a, viajem do Zyan e eu estava tentando preencher minha mente com outras coisas.

Ele me manda mensagem todos os dias perguntando-me como estou e pedindo desculpa pelo que me falou no domingo. Confesso que ainda estou magoada com ele e não respondi nem uma de suas mensagens. O que deve estar matando-o. Nunca ficamos sem nos falar ou se ver. Mas ainda estou muito magoada com que ele me disse e fez. Eu o queria aqui comigo e não longe curtindo férias.

Pego a roupa que está em cima da cama e me troco. É uma roupa leve e simples, até. A visita será pela tarde e o clima hoje está bem agradável. Já pronta, pego minha bolsa e saio do meu quarto.

— Olá! – cumprimentei Adam que me esperava na sala da minha casa.

— Oi, Raquel, boa tarde. Está linda. — disse gentil me dando um beijo no rosto.

— Obrigada. Até mais tarde, mãe. — Ela estava fazendo companhia ao Adam.

— Até, princesa. — Ela me deu um beijo e saímos de casa.

Meu pai está trabalhando em sua loja de motos. Teremos uma corrida de Motocross no próximo final de semana e está tudo bem corrido para ele. Adam abriu a porta do carro para mim e o agradeci. Ele deu a volta e entrou no carro. Pusemos o cinto e ele deu partida nos levando para a ONG.

— Nossa! Aqui é tudo muito bonito e organizado. — disse olhando ao redor ao entrar na ONG.

Via-se ao longe como tudo era bem-organizado. Cuidado e que possuía uma gama de recursos para ajudar todas as crianças que a ONG se propunha.

— Sim, as crianças são bem tratadas e tem de tudo. Desde as aulas para as que não podem ir à escola a acompanhamento médico e psicológico.

— É um trabalho incrível, realmente. Estou encantada. — falei sorrindo amplamente ao ver cada cantinho do prédio bem decorado.

Assim que chegamos em uma área aberta, ouvimos as risadas e gritos das crianças. Cumprimentamos algumas pessoas no caminho e seguimos para a sala da Ayna.

Antes mesmo que chegarmos até a sala dela, ela veio até nós.

— Que bom que aceitou meu convite. — falou sorrindo.

Nós nos abraçamos, eu e ela, Adam e ela, e começamos a andar.

Ela iria me mostrar todo o ambiente e onde as crianças ficavam.

— Eu estou encantada com tudo. É tudo bem aconchegante, organizado e com uma estrutura que se vê ao longe que foi feita para o bem-estar e o cuidado de cada criança.

— Sim, fiz tudo pensando nelas. Desde muito nova sonhava em ajudar as crianças menos favorecidas e quando cresci coloquei meu sonho em prática.

— Eu pensei que você tinha criado a ONG depois do casamento.

Ela riu.

— Não, muitos acham isso por meu marido ser rico, mas não ligo mais para as fofocas.

— Me desculpe. — Pedi sem graça.

— Tudo bem. Quando eu me casei com Francisco eu já tinha a ONG, foi assim que nos conhecemos, através dela. Só que ela não tinha a estrutura que tem hoje, era algo mais simples. Ele se encantou com meu trabalho e começou a fazer doações recorrentes. Passamos a conviver e nos apaixonamos.

Meu melhor amigoOnde histórias criam vida. Descubra agora