Provocação

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Provocação

Raquel

Assim que Zyan entrou no banheiro da academia para tomar banho, eu saí de lá e caminhei até seu carro. No caminho ainda pude ver Adam que estava malhando e Denis que estava passando as instruções de uma série de abdominais para uma aluna.

Confesso que a atitude do Zyan mexeu comigo e não foi de um jeito bom. Ele sai por aí pegando geral, não para com uma mulher sequer. Dorme quase todos os dias com mulheres diferentes e fica reclamando porque dei atenção aos seus amigos? Pois que se foda ele.

Decidi que deixarei de lado o que sinto por ele e viver a minha vida. Estou gostando muito dessa minha nova versão e trabalhando a minha mente para eu me aceitar e me achar bonita. Estou seguindo a dieta que Vinicius me passou e até que gostei do meu primeiro dia de exercícios.

Já marquei o cabeleireiro para hoje após encerrar meu expediente e minha dentista tirará o aparelho daqui a dois dias. Já faz dez anos que uso aparelho e já está mais do que na hora de eu me livrar dele. Com relação aos óculos, não tirarei, só passarei a usar lente quando for a alguma festa e escolhi uma armação mais estilosa que combine com meu rosto.

Assim que chego ao estacionamento desligo o alarme do carro e o destravo. Entro, me sento no banco do carona e fico mexendo no celular até que Zyan chegue e nos leve para a empresa. Distrai-me lendo um novo livro que baixei no meu Kindle e não notei a presença de Zy ao meu lado.

— Lendo putaria?

— Que susto, Zyan. — Reclamei com a mão no coração e o sentindo acelerado. — Quase me mata.

Ele sorri e dá a volta entrando no carro.

— Isso porque você estava entretida nesses seus livros safados. Aposto que é uma cena de pegação bem quente pela forma como você mordia os lábios.

Ele fala enquanto coloca o cinto de segurança.

— Era uma cena boba. — Desconverso, mas aposto que meu rosto está vermelho como um tomate maduro.

— Então deixa eu ver. — diz já pegando meu celular das minhas mãos.

— Me dá isso, Zy. Darei na sua cara por ser tão invasivo.

Reclamo, mas ele não liga e começa a ler a cena em voz alta.

— 'Pode me mostrar o que é capaz hoje! Está disposto, senhor Christopher?' Puxo a palavra senhor na língua e mordo o lóbulo de sua orelha, fazendo-o ofegar e segurar meu braço me puxando para si. Eu queria só provocá-lo, confesso, mas a forma como agarrou minha cintura e tomou minha boca me fez se desmanchar em seus braços. Eu o desejava e não tinha como negar. A máscara só cobria meus olhos, deixando minha boca livre para ser devorada pela sua. Gemi em sua boca e circulei meus braços em seu pescoço, aprofundando o beijo. Ele segurou minha bunda e a apertou me colando a ele e fazendo-me sentir sua ereção. Eu sabia que ele era bem-dotado e meu centro se contraiu com a lembrança dele dentro de mim.

Ele lê o livro com sua voz grossa e de forma sussurrada, me fazendo quase gemer ao visualizar a cena sendo protagonizada por nós dois.

— Qual é o nome do livro? — ele pergunta, mas não espera que eu responda e toca na aba que contém o nome do livro.

— Cedendo ao prazer! Bem sugestivo, Quel. Quer ceder ao prazer dessa forma? — pergunta se inclinando sobre mim e colocando uma mão na minha coxa.

Acho que estou tendo um ataque de tão acelerado que meu coração está.

Ele sorri de lado e seus olhos demonstram desejo. Ou talvez seja o que quero que eles demonstrem.

— Quer ser tomada assim e devorada por um cara que vai foder seus miolos enquanto você se agarra a ele e grita seu nome? — minha respiração estava ofegante e meu centro pulsava forte.

Meu melhor amigoOnde histórias criam vida. Descubra agora