Bônus - Adam

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Bônus

Adam

Eu amo ser advogado, sempre sonhei em exercer essa profissão desde muito pequeno. Meu pai queria que eu seguisse a carreira de administrador e assumisse seu cargo como presidente da empresa têxtil de nossa família. Mas fui contra a sua vontade e cursei direito. Formei-me com louvor e hoje trabalho no escritório de advocacia do senhor Francisco Ranieri e sou muito grato por ele me dar uma oportunidade assim que saí da universidade.

Minha relação com todos no escritório é muito boa, apesar de sermos advogados e muitos dizerem que advogados são egocêntricos, prepotentes e arrogantes, nós do Ranieri Advocacia somos boas pessoas e nos damos bem com todos. Mas ultimamente uma pessoa em especial tem me tirado do sério, ela tem o dom de me irritar só com sua presença.

Maria, a filha do chefe, tem me dado nos nervos. Ela é mimada, arrogante, prepotente, linda, gostosa, com um nariz empinado e ar de superior que me desperta uma vontade insana de colocá-la sobre meus joelhos e espalmar aquela bunda grande e redonda que ela tem.

Arrr! Bufo irritado com esses pensamentos contraditórios que insistem em povoar minha mente.

— Algum problema, Adanzinho? — a pessoa que nasceu única e exclusivamente para me irritar adentra minha sala com sua área petulante

— Sim, um problema e dos grandes. — respondo rude.

— Algo que posso ajudar? — pergunta sarcástica.

— Acho que não, mas pode tentar. — me aproximo dela sorrateiramente.

Ela respira, fundo, e tenta manter a postura altiva.

— É com relação a algum cliente?

— Não, está mais para algo relacionado a um colega de trabalho. — fico cara a cara com ela.

— Com quem andou brigando, Adanzinho?

— Aqui não tem nada de pequeno, Maria, mas você pode conferir se quiser. — Sorrio malicioso.

Ela ri sarcástica e revira os olhos.

— Acho que a única coisa grande em você é seu ego. — Retruca.

Fecho os olhos e clamo aos céus para me controlar e impedir que eu agarre seu pescoço e a esgane agora mesmo.

— O que você quer, Maria? — pergunto tentando me recompor.

— Nada, só te encher o saco mesmo. — ela ri e eu juro por tudo que é mais sagrado que se ela fosse homem eu tiraria seu sorriso no soco.

— Na verdade, eu vim saber se está tudo certo para a festa anual do escritório, eu pai me disse que você ficou de falar com nossos clientes importantes.

— Sim, já tenho tudo certo com os clientes e boa parte deles confirmou a presença.

— Muito bem, até que você sabe fazer seu trabalho direito.

— Não só é meu trabalho que eu faço direito, linda. Mas isso é uma conversa para a qual você não foi convidada. — pisco para ela que bufa e se vira indo embora.

Jogo-me na cadeira respirando fundo para acalmar meu coração que bate forte.

Eu não sou um cara rude e nem babaca, mas com ela eu não consigo ser diferente. Ela parece uma bruxa feiticeira com dom de me tirar do sério, mas isso é falta de umas boas palmadas e quem vai dar sou eu assim que tiver a oportunidade. Vou mostrar a ela quem é pequeno.

[...]

Hoje é sexta-feira e eu marquei um happy hour com os meninos e a Raquel em uma balada no centro. Já está quase se aproximando a hora e como eu vou me encontrar lá com eles, irei de taxi, pois vou beber hoje à noite.

Meu melhor amigoOnde histórias criam vida. Descubra agora