Nossa Noite
Zyan
Horas antes...
Há dias eu estou com a cabeça um limbo só. No dia da corrida, eu fiquei observando a interação da Raquel com nossos amigos e os seus. Ela está mais linda que nunca, sua felicidade a deixou com um brilho especial.
Raquel está leve, feliz, mais solta. Ela deixou de ser aquela menina retraída, tímida, que vivia com a cara enfurnada nos livros e só saía para ir trabalhar ou participar das nossas corridas. Hoje ela tem amigos, quis fazer faculdade para ter uma profissão, profissão essa que passou a amar assim que teve contato com ela e começou a trabalhar na ONG.
Eu estou feliz por ela, mas minha felicidade só será completa quando ela me aceitar como o único homem de sua vida. Eu lhe dei tempo para pensar. A deixei curtir com outros caras, pois eu estava confuso e sem saber o que verdadeiramente sentia por ela. Contudo, já faz um mês que eu voltei das minhas férias e sei o que quero.
Eu quero a Raquel para mim.
Quero-a como minha namorada.
Minha esposa. Minha mulher!
Quero que construamos uma vida juntos, quero vê-la de noiva caminhando até mim, que estarei esperando-a no altar com um sorriso estampado no meu rosto.
Quero ver sua barriga grande com nosso filho se desenvolvendo dentro dela e envelhecermos juntos e felizes.
Eu quero tudo com ela.
Quero viver para ela e a fazer feliz até o último dia de nossas vidas.
E é com esse pensamento que eu decidi ir até ela na boate onde ela foi com sua mãe, a minha e as outras meninas e a tomar para mim. Hoje a paçoquinha não me escapa e eu vou me fartar em seu corpo como venho desejando desde a nossa primeira vez.
Entro na casa do tio Vitor onde ele está tomando uma cerveja com meu pai e assistindo ao jogo de futebol.
— Boa noite, tio Vitor, pai.
— Boa noite, garoto. Boa noite, filho. — eles respondem juntos.
— Quer dizer que enquanto suas esposas estão rebolando a bunda em uma boate, vocês estão aqui bebendo cerveja. — comento rindo.
Sento-me no sofá ao lado do meu pai.
— Somos maridos delas, não donos, meu filho. Elas também têm o direito de curtirem com as amigas sem que fiquemos a noite toda em cima delas.
— Sei que sim. Elas se deram bem com as amigas da Quel e estão felizes.
— Sim, a chegada dessas meninas deu uma rejuvenescida nelas, sem falar que minha princesa está mais feliz que nunca. — tio Vitor fala sorrindo.
— Ela está feliz, não é? — sorri, mas meu sorriso não alcançou os olhos.
— Sim, ela está, mas e você Zyan? Notei que desde sua volta das férias não tem a mesma alegria de antes. Minha filha tem a ver com isso?
— Eu amo a Raquel, tio Vitor. Fui um babaca com ela e reconheço isso e já pedi perdão a ela e continuarei a pedir. Minha vida não tem sentido sem ela. — sou sincero. — Sinto sua falta na empresa, pois passávamos o dia juntos praticamente. Embora eu esteja feliz por ela, sinto falta de quando ela era só minha, quando passávamos o dia só nós. Sinto falta do antes.
— Você a ama como mulher filho? — meu pai pergunta. — A ama para ser sua mulher, para construir uma vida com ela?
— Sim, pai. Eu a amo com tudo que há em mim. Tudo o que eu mais quero é ter a Quel como minha esposa e mãe dos meus filhos.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Meu melhor amigo
FanficO que se faz quando se apaixona pelo seu melhor amigo? É o que Raquel, uma jovem tímida, que ama ler, e fora dos padrões, se pergunta diariamente após ser recebida ao chegar na empresa onde trabalha por Zyan, seu melhor amigo. Eles cresceram juntos...