Sorriso assassino.

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Acordo e vejo alguém. Há uma pequena luz fraca no canto do local e está muito frio. Mexo meu corpo, mas não o sinto, parecendo dormente. Tem um cheiro estranho a minha volta e quando coloco minha mão no chão, sinto uma água, uma grande poça a minha volta. Ao cheirar, vejo é que sangue e entro em pânico. Começo a me apalpar todo para ver se tem algo de estranho em meu corpo, e sinto muitos furos, como orifícios em cada parte que toco. Vejo que logo vou morrer, pois percebo que perdi muito sangue. Para piorar, aquele alguém que provavelmente estaria se divertido e me observando em meu desespero, vem em minha direção para me machucar ainda mais. Ele começa a me furar exatamente onde havia sido machucado e começo a urrar e berrar de dor. Assim, as últimas coisas que vejo é aquele sorriso esbranquiçado,enorme, e de dar arrepios se divertindo com tudo aquilo.

Acordo novamente em uma maca, quase todo infaixado e com algo em meu braço direito, que acho que seja uma agulha. Então, me lembro do que aconteceu, e fico indignado por ainda estar vivo.
"Isso não é verdade. Estou morto. Isso só acontece em filme, não é vida real, estou morto" -penso comigo mesmo inutilmente tentando me enganar, sem resultados.

Ouço a porta ranger e com ela, aquele sorriso de novo. Aquele homem que agora pudia ver como era. Era alto, meio corcunda, com uma enorme capa verde escuro, com um chapéu mas sem conseguir ver sua face. Desta vez, puder ver que o homem estava com uma ferramenta, ao qual não sei qual é, mas que podia ser descrito. Parecia com uma agulha, mas muito maior. Com um lugar de por a mão, que parecia confortável e todo manchado de sangue. O MEU sangue.

- Quem é você? Oque quer de mim?- digo, ficando sem ar e apavorado mais uma vez.

-Eu? Não sou ninguém importante. Apenas alguém que gosta de te ver assim. Alguém sempre escondido nas sombras, sempre a espreita para quando menos esperar, aparecer em seus piores medos, pesadelos. -Ele diz, de novo com aquele sorriso de quem realmente gosta disso.

Ele vem em minha direção, levanta suas mãos e então, a enfermeira aparece.

Alguns dias depois, fui internado em um hospício. A Polícia havia me investigado e ido em minha casa, onde achara um lugar secreto, escuro, com a penas uma luz fraca no canto, e o local havia muitas poças de sangue e um cadáver cheio de furos em seu corpo.
Fui para o hospício, pois descobriram que na verdade, tinha alucinações com um homem alto, de capa verde escuro, meio corcunda e um chapéu.
ERA EU.
Na verdade, eu matava as pessoas com furos e depois fazia em mim.

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