Um sorriso doce

148 10 3
                                    

Sinto um vento frio vindo de tras de mim quando estou voltando da escola. Um arrepio passa em todo o meu corpo. Olho para trás e vejo um homem alto, com um guarda-chuva em uma de suas mãos e na outra uma faca ensanguentada. Eu fico paralisada. Não sei o que fazer. Não sei corro, se finjo que não tem nada ali e continuo a andar normalmente ou se entro em pânico. Então ele começa a vir em minha direção com os olhos cravados em mim. Meu celular toca me dizendo que era meio-dia, me acordando do transe e sai correndo para casa. Dei graças a deus que minha casa ficava duas ruas depois de onde estava e trazia minha chave desta vez. Entro em casa, e escoro no portão, caindo no chão de alívio por aquilo ter passado. Achei que fosse minha imaginação, pois quando corri, eu não ouvi passos. Mas então, ele aparece na minha frente. Ele levanta a sua mão com o guarda-chuva e me acerta.
Imagino que ele tenha me arrastado para fora de casa e me levado para algum outro lugar, pois quando acordo, não estou mais em casa e minha barriga, pernas, rosto e braços estavam arranhados, com muita sujeira e um pouco de sangue escorrendo.

Finalmente percebo que meus braços, pernas e cabeça estão amarrados, presos junto a uma cama com uma luz muito forte em meus olhos, que começa a arder. Olho para o lado e o vejo. Estava sério, tentando escolher entre uma faca comum ou um alicate.
Sabia que não adiantaria gritar ou fazer escândalo pois iria piorar minha situação. Então, falo:
- Acho que preferiria uma faca comum. Parece melhor para mim, não acha?
- Não sei. Geralmente uso a faca, abro a pessoa e mexo em seu corpo aberto. Fecho de novo e arranco seus olhos. Começo a arrancar suas unhas e finalmente as abro de novo e tiro as partes que quero comer.
Por onde quer começar querida? - Ele diz com um sorriso tão doce que se não tivesse nesta situação, acharia que era uma pessoa muito boa e simpática.
- Que tal começar com um copo de suco bem gelado e uma anestesia? - Eu digo em tom de brincadeira, para adiar minha dor e tentar distrai-lo, enquanto penso em sair dali.
- Hahahaha !!! Você é a melhor de todas que já trouxe aqui. Mas que tal começarmos com a retirada dos olhos? Adoraria ouvir seus gritos enquanto se contorce ficando em uma escuridão absurda, pensando que queria morrer ao passar por isso.
- Irmão ? - Ouço alguém o chamar. - Irmão ?

- Me espere que já volto para você. - Ele diz com uma voz calorosa, enquanto sobe as escadas que agora eu reparei.

"Ótimo, agora pense Gally. Pense"..
Ele não prendeu direito minha cabeça, então a solto, vou até a faca que estava em uma mesa muito próxima á minha boca. Ao tentar pegá-la, ela cai. Em cima, a garotinha que parece ter ouvido, pergunta ao pai o que foi isso e abre a porta. Ela sai correndo e gritando, mas seu irmão a pega no colo e a traz para baixo a força. A amarra e coloca fita em sua boca. Coloca ela ao meu lado enquanto eu digo que vai ficar tudo bem.

- Não precisa a iludir. Sabemos o que vai acontece aqui.
Eu consigo pegar a faca que ele tinha pegado do chão e colocado em meu peito e o coloco na minha boca, enquanto ele se vira para sua irmã. Quando ele volta para mim, o esfaqueio em sua barriga e ele cai ao chão. Ele tira rapidamente a faca e a coloca em minha perna. Sinto que ela atravessa minha perna e eu grito de dor e a menina grita de medo com a fita abafando seus gritos. Ele volta para mim, pega uma pinça e começa a arrancar meu olho. Eu começo a me debater, começando a sentir ele puxando meu olho e algo sendo arrancado de mim como se tivesse tirando minha pele. Grito como nunca gritei antes em minha vida. O olho pula para fora e eu começo a urrar de dor. Vejo o prazer que ele sente com um dos meus olhos que agora descia tanta lágrima como uma cachoeira de tanta dor que sentia. Ele começa o mesmo processo com o meu olho esquerdo. A menina fica paralisada igual uma pedra sem conseguir se mover, vendo a cena e em seguida desmaia.
Ele abre minha barriga e pega um alicate e o aperta em minha carne me fazendo desmaiar.

Acordo de novo e ele está tirando os olhos de sua irmã enquanto ela da seus gritos, ficando rouca de tanto gritar de dor e perdir para seu irmão parar. Volta para mim, começa a arrancar minhas unhas. Decido não mais fazer barulho de dor. Ele não acha mais graça, me abre e começa a arrancar meu órgãos. Começo a perder os sentidos e percebo que estou morrendo, entrando em um lugar frio, mas perigoso e assustador.

Acordo em pânico de meu sonho, com muitas lágrimas em meu olhos e então o vejo do meu lado escolhendo entre um alicate ou uma faca comum.

Creepy-pastasOnde histórias criam vida. Descubra agora