O sonho

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A noite estava tranquila, e a casa de Dogday estava envolto em silêncio, exceto pelo som suave da sua respiração enquanto ele se debatia levemente em sua cama. O dia tinha sido estranho, com provocações que ele não esperava e, é claro, o selinho acidental com Catnap. Ele ainda não sabia o que pensar sobre aquilo.

Deitado, seus pensamentos giravam em torno do sorriso confiante de Catnap, das provocações constantes e da forma como tudo parecia mudar ultimamente. Ele fechou os olhos, tentando afastar esses pensamentos, mas eles o seguiram para seus sonhos.

No sonho, Dogday se encontrava novamente na casa de Catnap. Mas algo estava diferente. O ambiente estava iluminado pela luz suave do fim da tarde, e Catnap estava ali, à sua frente. Só que desta vez, ele não estava vestido como de costume. Estava sem camisa, e o brilho da luz destacava seu peitoral definido.

Dogday se sentiu desconcertado, mas ao mesmo tempo, havia algo naquele momento que o fazia sentir uma atração inexplicável. Ele tentou desviar o olhar, mas era difícil. Havia algo na maneira casual com que Catnap se movia, uma confiança que sempre esteve ali, mas que agora parecia mais provocante.

- Está me olhando assim por quê? - perguntou Catnap, sorrindo de maneira tranquila, quase como se estivesse esperando por aquilo.

Dogday abriu a boca para responder, mas não sabia o que dizer. Tudo parecia confuso. Catnap se aproximou lentamente, cada passo reduzindo o espaço entre eles, até que seus rostos ficaram a centímetros de distância.

- Você está esquisito hoje, Dogday - provocou Catnap, sua voz baixa e suave.

Dogday sentiu o rosto esquentar, seu coração acelerado. Ele tentou se afastar, mas algo o prendia ali, a proximidade de Catnap era eletrizante. E antes que pudesse entender o que estava acontecendo, sentiu os lábios de Catnap se aproximarem dos seus, e então, de repente, eles se encontraram.

O beijo foi inesperado, mas não apressado. Foi suave, quase hesitante no início, mas logo se tornou mais firme, como se ambos estivessem se entregando a um sentimento que haviam reprimido por tempo demais. A respiração de Dogday ficou presa na garganta enquanto ele correspondia ao beijo, o toque dos lábios de Catnap era quente e familiar.

Por um momento, o tempo pareceu parar. Tudo ao redor deles desapareceu, e só existia aquele momento, aquele toque suave que parecia real demais para ser um sonho.

Mas então, lentamente, Dogday começou a perceber que algo estava errado. O calor, o beijo, a presença de Catnap - tudo isso estava longe da realidade. Ele estava sonhando.

Quando o beijo terminou, Dogday se afastou, confuso. Ele olhou para Catnap, que parecia completamente à vontade, como se estivesse esperando por isso o tempo todo.

- Isso... isso é só um sonho, não é? - Dogday murmurou, mais para si mesmo do que para Catnap.

Catnap apenas sorriu suavemente, sem responder, como se soubesse algo que Dogday ainda não tinha descoberto.

E antes que pudesse reagir, o sonho começou a se desfazer. A casa ao redor desapareceu, e Dogday acordou com um sobressalto em sua cama. O quarto estava escuro, iluminado apenas pela luz fraca da lua que entrava pela janela. Seu coração ainda batia acelerado, e ele levou a mão aos lábios, sentindo o toque fantasma do beijo.

Por mais que fosse apenas um sonho, a intensidade daquele momento o abalou. Algo estava mudando entre ele e Catnap, e Dogday não sabia se estava pronto para lidar com isso. Mas uma coisa era certa: aquele selinho acidental de mais cedo havia sido o ponto de partida para algo muito maior.

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Esse provavelmente é o capítulo mais pequeno que eu já fiz nessa história, peço perdão.

Entre o Silêncio e o Caos (Catnap x Dogday)Onde histórias criam vida. Descubra agora