Capítulo 41 - Conversas

86 17 44
                                    



Nos abraçamos ali por mais alguns segundos, deixando a realidade se infiltrar em nossos corações. O mundo ao nosso redor parecia ter parado, e só nós duas e aquele resultado existíamos. Juliette me olhou com tanto amor e felicidade que meu coração derreteu.

— Eu sabia que ia dar certo, amor! — ela disse, beijando minha testa com ternura. — Desde o início, eu senti que nosso bebezinho já estava a caminho.

— Eu também tinha esse pressentimento... — respondi, enxugando uma lágrima que teimava em cair. — Mas ver isso no papel, saber que está realmente acontecendo... é surreal.

Segurando a minha mão com carinho, Juliette me levou para fora da clínica, e ao sairmos para o ar fresco da manhã, o peso da ansiedade que carregávamos finalmente desapareceu. No lugar dela, restava apenas a felicidade pura.

— Vamos para casa? — ela perguntou, ainda sorrindo, mas seus olhos me observavam atentamente, como se quisesse ter certeza de que eu estava bem.

— Sim, quero só... aproveitar esse momento com você — respondi, sentindo a necessidade de ficarmos em nosso cantinho, só nós duas, saboreando essa notícia.

Voltamos para o carro, e o trajeto até em casa foi tranquilo, cada uma perdida nos próprios pensamentos sobre como seria a vida dali em diante. Juliette, sempre tão carinhosa e protetora, manteve sua mão na minha, acariciando meus dedos suavemente.

Quando chegamos em casa, o ambiente parecia ter se transformado. Era como se o ar estivesse mais leve, mais cheio de amor e possibilidades. Entramos, e Juliette logo me puxou para o sofá, sem perder tempo.

— Sabe o que isso significa? — ela perguntou, com aquele sorriso travesso que eu tanto amava.

— O quê? — perguntei de volta, já sabendo que viria algo cheio de carinho.

— Que a nossa família começou, de verdade. Você, eu e o nosso bebê... — disse, colocando a mão na minha barriga. — E eu não poderia estar mais feliz por isso.

Me inclinei para um beijo, e dessa vez foi mais calmo, mas repleto de emoção. Era como se cada toque de nossos lábios carregasse toda a alegria e o amor que sentíamos naquele momento. Quando nos separamos, Juliette me olhou profundamente, os olhos brilhando com as lágrimas que ela tentava conter.

— Eu te amo tanto... — sussurrei.

— Eu também te amo, minha futura esposa e mãe do meu bebê. — Juliette disse, com a voz embargada, enquanto nos abraçávamos mais uma vez. Eu já estava amando ouvi-la me chamar assim.

Ali, no nosso mundinho, sentíamos que nada poderia ser mais perfeito.

Ficamos o dia todo desfrutando do nosso momento. Como era sábado, eu podia me permitir ficar ali, sentada no sofá, apenas recebendo o carinho de Juliette, que não desgrudava a mão da minha barriga. Cada vez que ela me beijava nos lábios, eu sentia uma onda de paz e felicidade tomando conta de mim.

— Você acha que ele já está ouvindo a gente? — Juliette perguntou, com uma curiosidade divertida, seus olhos fixos na minha barriga enquanto acariciava levemente.

— Não sei, mas acho que ele sente. — Respondi, com um sorriso. — Sente todo o amor que estamos enviando para ele.

Juliette sorriu, aquele sorriso encantador que eu tanto amava, e se inclinou para dar um beijo suave na minha barriga.

— Nosso bebezinho... — ela sussurrou, com a voz tão doce. — Nós te amamos tanto, mal podemos esperar para te conhecer.

Ficamos ali, conversando com o bebê. Contávamos nossas histórias, nossos sonhos para o futuro, e falávamos sobre como a nossa vida estava prestes a mudar de uma forma tão linda. Eu sabia que, mesmo que ele ainda não pudesse nos ouvir de verdade, com certeza sentia todo o amor e carinho que estávamos dedicando a ele.

Férias no Rio de JaneiroOnde histórias criam vida. Descubra agora