Capítulo 7 - Alvo Marcado

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O cenário ao redor estava em completo contraste com a tempestade de emoções que havia se desenrolado. As árvores ao lado do ginásio se moviam suavemente com a brisa leve, o ambiente tranquilo, enquanto o céu, tingido de um azul escuro, parecia alheio ao turbilhão que Minjeong e Jimin haviam enfrentado.

Aeri, conhecendo bem a amiga, não deu tempo para Jimin revidar. Com um puxão firme, começou a arrastá-la em direção à enfermaria.

— Me solta, Aeri! — Jimin reclamava, pressionando o nariz que já estava sangrando. — Eu preciso acabar com aquela loira desgraçada!

Aeri, segurando Jimin com força, bufava, claramente irritada.

— Você não vai acabar com ninguém, Yu Jimin! — rebateu ela, com o tom de voz afiado. — Toma vergonha nessa cara e vai se recuperar pro resto do jogo. Esquece a Minjeong, você tem coisas mais importantes pra se preocupar no momento.

Jimin ficou em silêncio, absorvendo as palavras da amiga. Por mais que seu orgulho gritasse para não concordar, ela sabia que Aeri estava certa. A raiva, no entanto, pulsava com força dentro dela, e o desejo de revidar ainda fervia.

Chegando na enfermaria, a enfermeira as recebeu com uma expressão de leve desconfiança. Sem que ela precisasse perguntar, Aeri se adiantou:

— Com todo respeito, é melhor você não saber — disse, tentando desviar a situação.

A enfermeira apenas balançou a cabeça em sinal de reprovação, como quem pensa que os jovens de hoje em dia só sabiam se meter em confusão. Ela então indicou a maca para Jimin e começou a examinar seu nariz. A dor que Jimin sentia era palpável, mas o que mais a irritava era o fato de estar fora de controle.

A enfermeira tocava o nariz com cuidado, pressionando levemente aqui e ali, enquanto Jimin se remexia desconfortavelmente.

— Não parece quebrado — disse a enfermeira, finalmente, com uma expressão séria. — Mas está inflamando, e qualquer movimento brusco pode fazer sangrar novamente.

Aeri, ansiosa, interrompeu:

— Ela vai poder voltar pro jogo?

A enfermeira lançou um olhar de tédio para Aeri, como se a pergunta fosse absurdamente óbvia.

— O que você acha? — respondeu, secamente. — Claro que não. Ela precisa de pelo menos uma semana sem fazer esforço físico, até que o nariz desinflame.

Aeri soltou um suspiro frustrado, enquanto Jimin, resignada, apenas fechou os olhos, aceitando o que parecia ser seu destino naquele momento. A enfermeira, contudo, continuou:

— Se eu fosse você, faria um raio-x, só pra garantir que não tem nada mais sério. Não parece quebrado, mas pode ter causado algo que não consigo ver com clareza.

Jimin abriu os olhos e trocou um olhar com Aeri, a frustração estampada em seu rosto.

— Volta pro jogo — disse Jimin, tentando soar confiante apesar da dor e do desânimo. — Eu confio que você dá conta. Fala pra treinadora que eu bati a cabeça numa árvore, sei lá, inventa algo... mas volta lá e acaba com elas.

Aeri suspirou e assentiu com a cabeça. Antes de sair, ela segurou a mão de Jimin, apertando-a com firmeza.

— Por favor, se cuida. Você precisa estar bem pros próximos jogos... se é que vamos passar pras oitavas.

Jimin ergueu as sobrancelhas, forçando um sorriso.

— Ei, não diz isso. Nós vamos passar, e vamos ganhar esse troço. Você confia em mim, não confia?

No Ritmo do Jogo - WinrinaOnde histórias criam vida. Descubra agora