O Início de uma Nova Aventura

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9 anos depois       

O sol se erguia lentamente no horizonte, iluminando a Vila Foosha com um brilho dourado. Yuri, agora com 17 anos, olhava ao redor, sentindo um misto de excitação e apreensão. Era o dia da partida. Ele e Monkey D. Luffy estavam prestes a deixar a vila que conheciam, prontos para enfrentar o desconhecido.

Luffy estava a seu lado, com o mesmo sorriso de sempre, pronto para partir e desbravar o mundo. Era tudo que eles sonhavam desde crianças. Mas, antes de embarcarem, faltava uma última coisa: a despedida de Dadan.

— Então, vocês dois vão mesmo se mandar, hein? — Dadan resmungou, os braços cruzados e o cenho franzido.

Ela estava encostada na porta da cabana, tentando parecer despreocupada, mas Yuri conhecia aquele jeitão. Sabia que, por trás da expressão dura e da voz resmungona, Dadan estava se segurando para não demonstrar que se importava.

— É, estamos indo. — Luffy respondeu casualmente, colocando o chapéu de palha na cabeça.

— Finalmente vou me livrar de vocês dois. — Ela bufou, como se a ideia fosse um alívio. — Só espero que não façam nenhuma idiotice por aí...

Sem aviso, Luffy passou o braço pela cintura de Yuri e o puxou para perto, como se fosse a coisa mais natural do mundo.

— Vamos ficar bem. Eu cuido dele, e ele cuida de mim. — Luffy falou, encarando Dadan com aquele mesmo sorriso confiante que fazia Yuri corar.

— Hmph. Não faço questão. Só não morram por aí, pirralhos — ela resmungou, virando o rosto como se a despedida não a afetasse. Mas Yuri pôde perceber a forma sutil como seus lábios tremeram por um momento.

Luffy sorriu e acenou com a mão, sem se deixar abalar pela fachada da mulher que os havia criado. — Valeu, Dadan! A gente se vê por aí!

—Obrigado por cuidar da gente, velha Dandan. — Yuri sorri, ele vai sentir saudade da Vila Foosha, por mais que não tenha nascido lá, foi a infância dele inteira com Luffy.

Ela apenas resmungou algo incompreensível e fez um gesto de desdém com a mão, como quem enxota moscas. Mas, quando Yuri olhou para ela uma última vez, percebeu o canto da boca dela tremendo ligeiramente — um sinal pequeno e quase invisível de que, por dentro, estava orgulhosa deles.

POV YURI:

Nós saímos da casa dos bandidos da montanhas, eu consigo escutar o choro da Dadan vindo de dentro da casa, no fundo ela é uma boa pessoa.

Chegamos no porto, que só tem um barco pequeno que não levaria nem um porco pelo tamanho, bem, foi o melhor que consegui, até por que Luffy queria um barril, então vai servir.

Luffy puxou a vela com toda a empolgação do mundo, como se não houvesse nada além de liberdade à frente. Do meu lugar, ao lado dele, eu sentia o balanço suave das ondas. O cheiro salgado do mar e o som do barco cortando a água me traziam uma paz estranha, como se finalmente estivéssemos onde deveríamos estar.

Olhei para Luffy. Seus olhos brilhavam com a mesma energia de sempre, como se ele estivesse vendo um futuro que só ele conseguia imaginar.

— E aí, pronto pra conquistar o mundo? — ele perguntou, com aquele sorriso bobo que sempre fazia meu coração disparar.

Eu senti meu peito se aquecer. Por mais incerto que o mundo lá fora fosse, uma coisa eu sabia: enquanto estivesse com ele, eu estaria bem.

— Desde que seja com você, estou pronto pra qualquer coisa — respondi, deixando um sorriso escapar.

Luffy riu — aquela risada que sempre me fazia esquecer qualquer medo. Antes que eu pudesse reagir, ele se inclinou e me deu um beijo rápido na testa, sem hesitar.

— Vamos viver a maior aventura de todas! — ele disse, cheio de entusiasmo, como se o mundo inteiro já fosse nosso.

Enquanto o vento inflava a vela e o barco deslizava pelas águas, senti uma sensação de liberdade tão intensa quanto o mar ao nosso redor. 

Depois de navegarmos por um tempo, sentimos uma tempestade, claro que esse barco nunca sobreviveria a uma chuva, muito menos uma tempestade, principalmente com dois usuários de Akuma no Mi

O mar estava revolto, e a tempestade os havia pegado de surpresa. O pequeno barco que eles usavam não resistira às ondas violentas e, agora, tudo o que restava eram pedaços de madeira e barris amarrados às pressas.

Eu respirava com dificuldade, agarrado ao barril mais próximo. O sal queimava minha garganta, já sentindo a fraqueza da oceanite , e as ondas ainda nos jogavam de um lado para o outro. Mas, mesmo ali, em meio ao caos, eu sabia que não estávamos sozinhos.

— Tá tudo bem aí, Yuri? — a voz de Luffy atravessou o som das ondas, alta e animada, como se não estivéssemos à beira de nos afogar.

— Já estive melhor — resmunguei, apertando o nó que segurava os barris.

Luffy só riu, como se estivéssemos numa brincadeira. Ele se posicionou melhor em um dos barris flutuantes e, mesmo molhado até os ossos, parecia tão despreocupado quanto sempre.

— Quando a tempestade acabar, a gente vai achar um jeito! — ele disse, a confiança dele sempre inabalável.

De alguma forma, essa confiança sempre me acalmava. Se Luffy dizia que íamos dar um jeito, então eu acreditava.

As ondas começaram a ceder com o tempo, e, quando a manhã chegou, fomos arrastados pela correnteza até um grande navio ancorado. Era uma embarcação velha, com bandeiras negras e cordas gastas. Pelo jeito das coisas, parecia um navio pirata.

O lugar é escuro, parece uma dispensa, espero que não tenha ninguém aqui.

— Oi! Tem alguém aí? — Luffy gritou, como se isso fosse a coisa mais normal do mundo.

—Luffy! — sussurrei, apavorado. — Você não pode sair gritando assim!

Bem, não sei quem estava mais assustado, eu ou o garoto de cabelos rosa que acabamos de encontrar.

ᴏ ꜰᴀɴᴛᴀꜱᴍᴀ ᴅᴏ ᴍᴀʀ - 𝙊𝙣𝙚 𝙋𝙞𝙚𝙘𝙚Onde histórias criam vida. Descubra agora