A Gatuna

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A base da Marinha era um labirinto de corredores frios e escadas que pareciam não levar a lugar nenhum. Enquanto Luffy estava fora, causando alvoroço, eu me vi em um corredor escuro, com a adrenalina pulsando nas veias. Cada passo que eu dava ecoava, e a sensação de estar sozinho em um lugar como aquele me deixava inquieto. Era agora ou nunca; eu precisava cumprir minha missão.

Entrei em uma sala mal iluminada, cheia de caixas e baús empilhados. Enquanto tentava vasculhar, um movimento no canto me chamou a atenção. Uma garota estava agachada ao lado de um baú aberto, revirando o conteúdo com uma destreza surpreendente.

Ela se virou rapidamente, me encarando com olhos desconfiados.

— Quem é você? — perguntou, segurando um punhado de jóias, pronta para reagir a qualquer momento.

Fiquei paralisado por um instante. Ela tinha cabelos curtos alaranjados e uma expressão astuta, como se estivesse sempre um passo à frente de quem quer que fosse.

— Eu... sou Yuri — respondi, hesitante. — E você?

— Nami — disse ela, voltando sua atenção para o baú. — Estou aqui... coletando algumas coisas preciosas.

Nami não parecia estar interessada em esconder suas intenções. A forma como ela agia me intrigava. Não parecia uma pirata comum, mas também não era uma oficial da Marinha. Era como se ela estivesse jogando um jogo que eu ainda não entendia.

— Você não é da Marinha, certo? — arrisquei.

Ela soltou uma risada curta, sem nem se dar ao trabalho de olhar para mim.
— Não, claro que não. Sou só uma... aventureira. — O tom dela era provocativo, mas havia uma sinceridade em seus olhos. — E você? O que faz aqui sozinho?

Balancei a cabeça, nervoso.
— Estou aqui em uma missão... relacionada ao meu namorado.

 Ela arqueou uma sobrancelha, interessada.
— Seu namorado? Ele está aqui para resgatar alguém?

— Sim, ele veio resgatar Zoro. E eu estou aqui para ajudar.

Nami me estudou, como se estivesse avaliando minhas intenções.
— Bem, você não parece como os outros, isso é verdade.

Antes que eu pudesse responder, passos pesados ecoaram pelo corredor. Ouvimos ordens gritando de longe. Era uma clara indicação de que a segurança da base estava prestes a mudar, e Morgan não ficaria feliz em encontrar intrusos.

— Parece que temos que sair daqui — disse Nami, fechando rapidamente o baú e se levantando.

— Concordo — respondi, movendo-me ao lado dela. Algo sobre a confiança dela me fez sentir um pouco mais seguro.

Ela me lançou um olhar astuto.
— Espero que você tenha um plano, porque isso aqui não é um lugar seguro.

— Um plano? — pergunto, claro que não temos um plano.

— Vocês só entraram aqui sem um plano? — a garota olha chocada — Que tipo de loucos vocês são?

— Bem, eu... Hm, você viu algumas espadas? — perguntei, mudando rapidamente de assunto.

Nami olhou para mim, com um leve sorriso no rosto.
— Espadas? Aqui? Não me diga que você está interessado em armamentos também.

— Não exatamente — respondi, nervoso. — É que estou ajudando um amigo, e ele precisa das katanas dele.

Ela parecia considerar a informação.
— Bem, eu vi algumas espadas na sala de armamentos. Mas não é um lugar fácil de acessar, e a segurança está reforçada.

ᴏ ꜰᴀɴᴛᴀꜱᴍᴀ ᴅᴏ ᴍᴀʀ - 𝙊𝙣𝙚 𝙋𝙞𝙚𝙘𝙚Onde histórias criam vida. Descubra agora