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7 anos atrás

                                                                                           Sofia

Entrei em meu quarto ainda em êxtase, ele era lindo. Parecia um Deus grego, senti uma quentura entre minhas pernas, nenhum homem tinha feito eu me sentir dessa forma antes.

Rapidamente fui até a banheira e coloquei a água mais gelada possível e após me despir entrei nela. 

Seu olhar sobre o meu, a forma que ele me olhou confuso após eu primeiramente recusar o convite, como se aquilo nunca tivesse acontecido antes. O rosto dele me pareceu tão familiar, até mesmo seu nome, Matteo. Parece que eu já o ouvi e o vi em algum momento em minha vida. 

Fiquei pensativa sobre a forma que ele falou sobre me sequestrar, eu ri pra aliviar o clima, mal sabe ele que se tentasse algo contra mim, meu pai chegaria nele antes que ele pronunciasse meu nome novamente. 

Meu pai era Don da Camorra, máfia italiana, ele me ofereceu de vir para os Estados Unidos fazer faculdade ou até mesmo um intercâmbio apenas, isso para me manter longe de futuros casamentos arranjados dentro da máfia. Eu sem pensar duas vezes aceitei, sei como é difícil a vida para mulheres dentro da máfia, ainda mais em casamentos desse jeito, eu sei que não fugiria disso pra sempre, mas iria viver enquanto tivesse tempo.

Fui tirada de meus pensamentos quando pensei no italiano novamente, seus olhos eram tão intensos e parecia que ele via minha alma quando olhava pra mim. 

Eu era de fato intocada, nunca havia feito sexo antes e nem mesmo chego nas preliminares, beijei apenas 2 caras da faculdade desde que cheguei aqui, mas nenhum fez eu sentir vontade de algo a mais, enquanto vivia com meu pai eu quase não tinha vida social, comecei a de fato ver e ouvir coisas sexuais há exatos 3 meses, que foi quando vim para os Estados Unidos e fiz amigos por aqui, mas tudo que sei são coisas que ouvi minhas amigas falando, nunca fui além. 

Decidi testar algo novo enquanto encostava meus dedos em minha vagina, rapidamente encontrei meu ponto e comecei a fazer movimentos circulares, após alguns minutos eu cheguei ao meu ápice enquanto pronunciava o nome dele. Matteo. Imaginei ele me tocando em todas as partes possíveis do meu corpo, e aquilo foi incrível. 

Me retirei da banheira, coloquei um roupão e peguei no sono sem ao menos me vestir, ansiosa pela noite do dia seguinte.

Acordei num susto, e olhei ao celular do meu lado, eram 4:15 da manhã, eu poderia jurar que vi uma sombra dentro de meu quarto e fiquei me sentindo observada, o que era praticamente impossível, pois fiz um acordo com meu pai de que não queria seguranças nem guarda costas aqui comigo, meu pai sabia que não teríamos inimigos por aqui e no final de contas ninguém sabia a minha identidade, acredito que as máfias rivais nem sabiam que eu existia, e isso era um ponto pra mim.

Peguei dentro do frigobar uma água gelada pra tentar afastar aquele pensamento, sei que era apenas impressão minha, me certifiquei novamente de que a porta estava trancada e deitei pegando no sono novamente.

Acordei no dia seguinte por volta das 8h da manhã, era sábado e não teria aula na faculdade. Recebi uma mensagem de minha amiga Marcella que estava comigo ontem, ela estava ficando com meu amigo Juan também da faculdade e eles acabaram se encontrando por lá e por esse motivo ela disse que me deixou sozinha no bar. Eu não era muito apegada a amizades, sempre fui acostumada a ser sozinha, então não fiquei chateada nem nada.

Passei a minha manhã inteira assistindo filmes e almocei dentro do quarto mesmo, estava um dia chuvoso e eu só queria ficar quietinha. Após o almoço eu acabei pegando no sono e quando acordei já eram quase 6h da tarde, me levantei com uma preguiça gigante e fui tomar um banho, fiz uma maquiagem leve, deixei meus cabelos ondulados com o baby liss e optei por um vestido vermelho justo ao corpo, um pouco acima dos joelhos e tomara que caia, passei um batom também vermelho, e pasmem, acabei exatamente as 20h em ponto, e neste momento ouvi o toque na porta do quarto, meu coração errou as batidas. Era ele? 

Dei uma última olhada no espelho e admirei a imagem, eu nunca fui muito vaidosa, mas desde que comecei a ver mais pessoas decidi que eu queria me sentir bonita, me sentir uma mulher de verdade, afinal, eu já tinha 18 anos.

Andei até a porta e a abri. Tentei controlar minha respiração. Ele estava com um smoking preto, perfeitamente alinhado. Sua barba cerrada e com um buquê de violetas em suas mãos. Como ele sabia as minhas flores preferidas? Desviei meu olhar do dele rapidamente e vi as flores acima da mesinha de centro do meu quarto, exatamente iguais. Meu pai havia me enviado elas no início dessa semana. Não tinha como ele ter visto, aparentemente ele tem uma boa intuição.

- Descobriu minhas flores preferidas? - eu perguntei sorrindo enquanto ele me olhava de cima a baixo.

- Acho que te conheço de outras vidas mesmo - ele disse com seu sotaque italiano perfeito me arrancando uma risada. 

- Pode entrar, vou apenas colocar meu salto - eu disse me virando enquanto ele fechava a porta atrás dele e colocava as flores exatamente ao lado das que meu pai havia me enviado. Vi que ele deu um sorriso de lado ao fazer esse movimento.

Me sentei na cama enquanto pegava um dos saltos para colocar em meu pé. Mas rapidamente Matteo se aproximou, se ajoelhou em minha frente, pegou o salto de minha mão, deu um beijo em meu pé e o colocou, encaixando perfeitamente. De onde esse homem saiu? 

Assim ele fez no segundo pé e segurou em minha mão para me levantar da cama. Fiquei de frente pra ele, nossos olhares se cruzaram mais uma vez e ele umedeceu os lábios, eu daria pra ele agora mesmo. O que estou fazendo Dio Mio?

- Vamos? - ele perguntou como se estivesse se repreendendo por aquela atitude.

- Agora - eu sorri e saímos do quarto, descemos em silêncio e saímos do hotel. Havia um carro luxuoso nos aguardando e um homem todo de preto abriu a porta para a gente.

- O restaurante está limpo senhor - Ouvi o homem que abriu a porta do carro cochichar para Matteo, não entendi o que aquilo quis dizer e resolvi ignorar. 

Após quase 10 minutos de viagem em silêncio chegamos ao restaurante japonês, ele era luxuoso mas pude perceber que ele estava vazio, eu já havia passado por ele outras vezes e sempre estava cheio esse horário, principalmente no sábado, fiquei com uma interrogação no rosto. E vi que ele percebeu isso assim que nos sentamos a mesa.

- Eu reservei o restaurante pra nós - ele disse sorrindo enquanto um garçom vinha até a gente trazendo um espumante.

- O restaurante? - Eu perguntei incrédula, sério? 

- Gosto de privacidade - ele disse simples enquanto nos servia - Além de tudo, não gostaria de ver algum homem olhando pra você em nossa noite, você está linda e isso poderia ser um problema - ele disse aquilo com uma normalidade que chegou a me assustar, mas deu um sorriso aberto logo após falar aquilo. 

O que ele falava me deixava com dúvidas em alguns momentos, mas desde que nos conhecemos ele tem se mostrado um verdadeiro cavalheiro, na maior parte do tempo, acredito que as coisas que ele diz, são brincadeiras, por isso não levo tão a sério.

- Que bom, porque eu também não queria nenhuma mulher olhando pra você, está um gato - eu disse entrando na brincadeira enquanto o via dar uma gargalhada. Lindo. 

- Está fazendo faculdade de que? - Ele perguntou e eu não me lembro de ter mencionado sobre isso.

- Moda - eu disse e dei um sorriso - Sempre fui apaixonada por esse tipo de coisa, desenhos, modelos, me encaixo perfeitamente no que eu quero pro meu futuro - Ele me olhou admirado - E você, trabalha com o que? - eu perguntei enquanto molhava meu hot holl no molho agridoce.

- Minha família tem muitas empresas, eu as administro em alguns países e meu irmão em outros -  ele disse simples - Resolvo mais a parte burocrática - disse, e pela primeira vez vi seu olhar vacilar. Aquilo era mentira? 

- Sofia o que mesmo? - ele perguntou após responder minha pergunta anterior.

- Matarazzo - menti. Eu não poderia dizer meu sobrenome, ele não era muito comum na itália e ainda que ele não fosse desse meio, ele já poderia ter ouvido falar. E eu só queria uma vida normal, longe de tudo relacionado a máfia. 

Ele olhou no fundo dos meus olhos e eu corei, como se tivesse sido pega na mentira. 

- Muito bonito - ele disse e me encarou, resolvi que era o momento de mudar de assunto.

Começamos a conversar sobre histórias passadas, momentos engraçados e ele me falou muito sobre o carinho que tinha com seu irmão mais velho, que aparentava ser um pouco difícil de lidar mas que o amava incondicionalmente. Vi seu olho brilhar quando falou do irmão, e achei incrível.

- Você vai conhecê-lo em breve - Ele disse e eu sorri.

- Vou, é? - Eu perguntei enquanto o olhava.  

- Sim, nós vamos casar, não esquece disso - e então eu soltei uma gargalhada e ele segurou em minha mão - Sabe que é verdade - ele disse e se sentou na cadeira mais próxima de mim. Tentei controlar minha respiração - Você linda - eu corei na mesma hora - Não fique com vergonha de mim - aquilo pareceu uma ordem e eu o olhei nos olhos.

- Não estou com vergon.. - Não consegui terminar a frase, seus lábios invadiram os meus, com posse e intensidade. Deus como eu queria aquilo. Sua língua pediu passagem e rapidamente eu cedi, o melhor beijo da minha vida. Tudo bem que ele era o terceiro cara que eu beijava, mas estava sendo muito bom.

Ele pegou com força em minha cintura e me colocou sentada em seu colo, eu me remexi sentindo seu membro duro embaixo de meu vestido e ele grunhiu.

- Não faça isso - ele disse segurando com força em minha cintura.

- O que? - me fiz de desentendida e me ajeitei novamente em seu colo. Ele pegou em minha nuca me puxando com mais força pra ele.

- Eu sei que você é virgem - ele disse e eu corei abaixando a cabeça, mas ele a levantou gentilmente com a mão - Isso não é um problema. Saber que eu vou ser o primeiro e espero que o único a te tocar, faz eu te desejar mil vezes mais - ele disse e acariciou meu rosto - Mas acredito que não vá querer que sua primeira vez seja aqui - ele deduziu.

E por um momento, entorpecida com seu perfume e a forma que estava sendo carinhoso, eu me rendi.

- Eu quero - eu disse firme e me sentindo a maior depravada do mundo - Eu quero agora Matteo, e quero com você. - Ele fixou seus olhos nos meus e os vi brilhar.


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SOFIA MULHER, O QUE VOCÊ ESTÁ FAZENDOOO????? HAHAHAHAHA

amores não gosto muito de enrolação, então no próximo capítulo será o nosso primeiro hot dessa históriaaaa

vamo que vamoo

votem e comentem, eu amo ver os comentários <3 

Nas Mãos do Capo - (Irmãos Ricci)Onde histórias criam vida. Descubra agora