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                                                                                           Matteo

Sofia era forte pra caralho, e eu sabia que mandar ela fazer as tarefas de casa não iria a derrubar. Seu sorriso debochado antes de eu sair do quarto. Puta que pariu.

O que me deixa puto e saber o poder que ela ainda tem sobre mim, a forma que eu reajo quando estou perto dela. Que porra de mulher. 

Fiquei muito pensativo sobre o que ela havia falado, sobre ter perdido meu filho. Eu não imaginei que ela tinha me visto matar aquele merda, e eu nunca me perdoaria por ter deixado a segurança dela tão fraca. Se ela não tivesse fugido, ela teria perdido meu filho? Ou então eu teria algum outro surto e a faria perder?

Tantas perguntas, mas afastei todas elas de mim. Ela foi embora porque quis, agora ela vai lidar com toda essa merda.

Fui para a sala e pedi que Marco, meu chefe de segurança mandasse minha acompanhante entrar. Assim que eu descobri que eu me casaria com Sofia a algumas horas atrás, eu já pensei em muitas formas de fazê-la se sentir mal, de acabar com o pouco da paz que ela conquistou durante esses anos. 

Vi a morena entrar na sala, com um vestido marcando suas curvas e seu salto estalando pelo piso. 

Eu já havia tido uma ou 2 noites com ela, era a que mais conseguia me satisfazer. Desde que tive Sofia em minha vida, nenhuma delas era o suficiente. Mas essa dava para o gasto.

Se fosse em qualquer outro dia ela não viria até minha casa, mas hoje eu tenho uma plateia.

Ela se aproximou de mim e tentou encostar em minha boca. Mas eu apenas fiz que não com a cabeça. Não era isso que eu queria ali.

Me sentei no sofá, sem dar permissão para ela falar qualquer coisa. Quem se envolvia comigo sabia que era daquela forma, não tem conversa, elas estão ali para apenas uma função.

Peguei meu copo de whisky e o deixei cair no chão, o barulho foi proposital.

A morena abriu o zíper de minha calça colocando meu pau pra fora, começou a fazer movimentos de vai e vem e finalmente ele ficou duro, isso tudo é culpa daquela diabinha que estava no quarto ao lado. 

Rapidamente ela colocou a boca e começou a fazer movimentos de vai e vem, segurei em seu cabelo com força a obrigando a ir mais forte, mais fundo.

- Que porra é essa? - Ouvi a voz da ruiva do outro lado da sala e sorri satisfeito. Eu estava sentado no sofá, de costas para a porta da cozinha.

A morena ao meu lado se levantou assustada, sem entender o que estava acontecendo. Mas ainda assim sem falar uma palavra. Foi então que me levantei do sofá, enquanto fechava o zíper de minha calça e me virei para encará-la, pela primeira vez desde que ouvi sua voz aqui. 

Vi seu olhar queimar sobre mim, seus olhos passavam de mim para a morena.

- Eu te fiz uma pergunta - ela disse enquanto se aproximava - Que porra é essa aqui? - ela perguntou apontando o dedo pra mulher que se mantinha imóvel.

- Não estamos casados ainda, amore mio - eu disse enquanto sorria - Ainda estou solteiro - eu disse e pude ver fúria em seus olhos.

Vi que ela pensou por um momento, mas então seus olhos ficaram suaves. Linda.

- Nós estamos então, certo? - ela perguntou e pude ver seu sorriso debochado - Aproveitem a noite - ela disse enquanto ia em direção a porta de saída. Mas que porra. 

A morena, que eu já nem me lembrava o nome permanecia imóvel.

Dei algumas notas de 100 em sua mão e pedi que ela se retirasse pelos fundos, pela mesma entrada que ela veio. Meu segurança a levou até a saída.

Marco entrou na sala 2 minutos depois.

- Senhor, a sua esposa está pedindo que abram os portões para ela sair, podemos liberar? - ele perguntou e eu não pude acreditar. Que caralho de mulher.

Sai em direção a porta sem nem ao menos o responder, e pude ver enquanto Sofia tentava discutir com um de meus seguranças, que apenas a ignorava. Eu deixei claro que não queria que nenhum deles nem se quer pusessem os olhos nela.

- Você não vai sair - eu disse enquanto me aproximava dela, que apenas me ignorou e continuou tentando falar com o segurança - Ele não vai olhar pra você, nenhum homem que trabalhe pra mim irá colocar os olhos em você, então esquece - eu disse e a vi virar pra mim.

- Matteo - ela disse enquanto se aproximava - Se ainda não nos casamos, você não tem nenhum poder sobre mim, e eu não sou obrigada a ficar aqui, nós ainda estamos solteiros - ela disse e pude notar raiva em sua voz. 

- Nós? - eu perguntei enquanto quebrava o pouco de espaço que tinha entre nós, e vi meu segurança se afastar - Eu ainda estou solteiro - eu disse enquanto segurava em seu braço - Isso não se aplica pra você.

Nas Mãos do Capo - (Irmãos Ricci)Onde histórias criam vida. Descubra agora