Capítulo 06.

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João Romania.
Segunda-Feira, 22 de junho.

Cheguei às 6h00, conferi se tudo estava em ordem e abri o "Mania", as coisas ainda não estavam caóticas, ainda bem, porque Pedro ainda não havia chegado.

Por volta das 6h45 ele chega, entra direto sem falar comigo, se troca e volta, vindo em minha direção.

— Bom dia — diz e me puxa pra um abraço, não sou muito de toque físico, fiquei meio... constrangido? mas retribuo. — Por que abriu antes da hora?

— Bom dia, cheguei mais cedo e aproveitei pra ir agilizando as coisas.

— Toma, vai ajudar. — Pedro me entrega um engov pra curar ressaca, um remédio de dor de cabeça e um copo d'água.

— Obrigado, como adivinhou?

— Bebi com um homem muito divertido ontem e imaginei que você tinha feito o mesmo, me diverti bastante e queria muito que se repetisse — diz de uma vez e sai de perto, sem me dar chance de responder, indo atender algumas mesas.

Vou precisar de todo meu autocontrole esses dias, se não ele vai me enlouquecer.

[...]

— Ufa, última mesa! — Pedro suspira e parece cansado, o horário de pico hoje foi pesadíssimo.

— Pode ir tomar café — digo gentil.

— Você não vem também?

— Não, não tô com fome. — soo indiferente, mexendo em alguns documentos.

— João... — chama me repreendendo, como se não acreditasse no que estou falando.

— Vai logo Pedro, antes que eu te faça ficar aqui comigo. — digo rindo tentando o fazer sair de perto o mais rápido possível.

— Tá bom, tá bom. Mas não pense que você me engana não, eu sei muito bem! — o moreno se rende e se dirige para o interior do estabelecimento.

Fico indignado, como ele consegue entender tão bem as coisas? Na realidade, isso me irrita um pouco.

Pedro Tófani.

João fechou o café mais cedo, pois tinha remarcado a reunião de ontem pra hoje, agora ele está sentado em uma das mesas com seu notebook aberto conversando com seus pais.

Eu já estava de saída pra faculdade e não queria atrapalhar, então quando João me olhou eu acenei, me despedindo.

— Pera aí, um minuto mãe — João diz vindo em minha direção. — Já vai?

— Sim, tenho que passar em casa pra pegar a moto e ir pra aula. — explico.

— Eu te dou carona, vai comigo. — oferece.

— Não João, não precisa se incomodar.

— Não é incomodo nenhum, espera rapidinho, já tô acabando.

— Okay. – me dou por vencido, afinal, uma carona não cairia mal e me sento em uma das cadeiras que ficam no balcão.

— Oi, mãe, voltei — João diz se sentando à mesa novamente. Eles conversam sobre algumas pendências e não demora muito para que a reunião acabe. — Então fica combinado, vou colocar em prática e vou te dando retorno.

— Okay meu filho, até mais!

— Beijos, manda um abraço pra todo mundo aí. — desliga o computador, o guardando na bolsa logo em seguida — Vamos?

O caminho pra faculdade não foi repleto de conversas, mas cantamos as músicas que passavam da playlist de música nacional de João, ouvimos Rita Lee, Cazuza, Charlie Brown Jr e muitos outros, gosto do estilo musical dele.

Mania | pejãoOnde histórias criam vida. Descubra agora