Mania | pejão

Capítulo 03.

João Romania.
Sábado, 20 de junho.

Faz 30 minutos que eu, Renan e Giovana chegamos na festa, o pessoal tá animado e nós estamos começando a ficar também. Não vou me prender hoje, eu saio poucas vezes e das vezes que saio sempre me permito ser eu mesmo e curtir o máximo possível, porém me lembrando que o amanhã existe e está mais próximo do que eu imagino, pois sei que a próxima oportunidade vai demorar.

Dito isso, eu e meus melhores amigos fizemos nosso ritual de toda festa: a primeira bebida sempre é uma dose de tequila, ótima pra começar a noite.

Já estou na metade do meu primeiro copo de algum drink que Gio escolheu pra mim, estou bastante solto e dançando no meio das pessoas que estão na mesma animação que a gente.

Aproveito esse momento e troco olhares com algumas das pessoas que estavam naquele ambiente, talvez role algo mais tarde.

Após dançar horrores e acabar com minha bebida, me direciono ao bar para pegar outra

— Eai, tudo bem? — digo ao barman me escorando no balcão.

— Tudo bem cara, o que cê manda?

— Quero algo forte e refrescante, tem alguma recomendação? Algo que você ache que faça meu estilo... Me surpreenda. — o pergunto flertando, sim, essa é minha tentativa de flerte.

Acho que estou um pouco enferrujado nisso.

— Quer ficar louco sem sentir né!? — diz rindo e balançando a cabeça desacreditado — Vou fazer um que você vai curtir, um minuto.

Nesse tempo em que ele prepara o meu drink aproveito para analisar o ambiente, mas assim que viro de costas pro balcão vejo um rosto ultimamente bem conhecido por mim, Pedro.

— João, oi! — diz simpático me puxando pra um abraço — Não esperava te ver por aqui. — consigo perceber que ele está um pouco bêbado, ou melhor, altinho e eu também estou começando a ficar.

— Ah, oi Pedro! Te disse que tinha um compromisso hoje, você que eu não imaginava ver por aqui.

— Não sabia que fazia faculdade, você nunca disse... — faz uma expressão confusa — E é claro que eu estaria aqui, não perco uma festa por nada quando posso.

— Mas você não me pediu folga, se eu não tivesse te falado você ia ficar sem vir? — questiono tirando o assunto 'eu fazer faculdade' de foco.

— É, eu não viria. — dá de ombros simplista.

— Quando precisar é só falar, te dou sempre que quiser — digo inocente e vejo Pedro arregalar os olhos e rir — Ai essa frase ficou estranha! — me junto a sua risada.

— Eai Romania, tá aqui o que você pediu — O barman interrompe nossa conversa — Espero que goste! — me entrega o copo e pisca pra mim.

Não é que meu flerte deu certo!?

— Obrigado, eu amei! — pisco de volta assim que provo da bebida e volto minha atenção para Pedro.

— O que é? — ele pergunta, se referindo ao drink.

— Não sei, mas é bem bom! Quer provar?

— Quero! — entrego o copo para ele, que bebe pelo mesmo canudo que eu bebia a alguns instantes atrás. — Nossa, adorei!

— A gente pode dividir se quiser — ofereço.

— Quero! — exclama animado.

— Okay, vamos sair daqui — pego em sua mão o guiando para uma sala onde tinham lugares para sentar, ainda é cedo e preciso descansar minhas pernas para aproveitar o resto da noite.